– Subindo ao Céu, Ele abriu de novo o caminho rumo à nossa pátria definitiva, que é o Paraíso. Agora, com o poder do seu Espírito, Ele ampara-nos na peregrinação quotidiana na terra (Bento XVI, Regina Caeli, 8 de Maio de 2005).
– Em primeiro lugar, “elevando-se”, Ele revela de modo inequívoco a sua divindade; volta para lá, de onde veio, isto é, para Deus, depois de ter cumprido a sua missão na terra. Além disso Cristo sobe ao Céu com a humanidade que assumiu e que ressuscitou dos mortos: aquela humanidade é a nossa, transfigurada, divinizada, que se tornou eterna. Portanto, a Ascensão revela a “altíssima vocação” (Gaudium et spes, 22) de cada pessoa humana: ela está chamada à vida eterna no Reino de Deus, Reino de amor, de luz e de paz. (Bento XVI, Regina Caeli, 21 de Maio de 2006).
– Nos seus discursos de despedida dos discípulos, Jesus insistiu muito sobre a importância da sua “ida para o Pai”, coroamento de toda a sua missão: de facto, Ele veio ao mundo para reconduzir o homem para Deus, não a nível ideal como um filósofo ou um mestre de sabedoria mas realmente como pastor que deseja reconduzir as ovelhas ao redil. Este “êxodo” para a pátria celeste, que Jesus viveu em primeira pessoa, Ele enfrentou-o totalmente por nós (Bento XVI, Regina Caeli, 4 de Maio de 2008).
– O Senhor atrai o olhar dos Apóstolos – o nosso olhar – para o Céu a fim de lhes indicar como percorrer o caminho do bem durante a vida terrena. Contudo, Ele permanece na trama da história humana, está próximo a cada um de nós e guia o nosso caminho cristão: é companheiro dos perseguidos por causa da fé, está no coração de todos os que são marginalizados, está presente naqueles aos quais é negado o direito à vida. Podemos ouvir, ver e tocar o Senhor Jesus na Igreja, sobretudo mediante a palavra e os sacramentos.
Queridos irmãos e irmãs, o Senhor, abrindo-nos o caminho do Céu, faz-nos saborear já nesta terra a vida divina. Um autor russo do século XX, no seu testamento espiritual, escreveu: “Observai com maior frequência as estrelas. Quando tiverdes um peso na alma, olhai para as estrelas e para o azul do céu. Quando vos sentirdes tristes, quando vos ofenderem,… entretende-vos… com o céu. Então a vossa alma encontrará a tranquilidade” (N. Valentini L. Zák) (Bento XVI, Regina Caeli, 16 de Maio de 2010).
– Queridos amigos, a Ascensão diz-nos que em Cristo a nossa humanidade é levada à altura de Deus; assim, todas as vezes que rezamos, a terra une-se ao Céu. E assim como o incenso queimado faz subir para o alto o seu fumo, também quando elevamos ao Senhor a nossa oração confiante em Cristo, ela atravessa o céu e alcança o próprio Deus e é por Ele ouvida e atendida. (Bento XVI, Regina Caeli, 20 de Maio de 2012).
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