10º Domingo do Tempo Comum – Ano B

Quem é a minha Mãe e quem são os meus irmãos?

Estamos de novo em Cafarnaum, onde Jesus continua a anunciar o Reino de Deus por palavras e obras. Entretanto, vai crescendo a contestação relativamente a Ele.
Perante opiniões tão contraditórias sobre Jesus, tido por uns como profeta, por outros como um herético ou um louco que está “fora de si”, os parentes de Jesus, receando que a má fama pudesse recair sobre a sua terra, até então ignorada, e sobre a sua pobre, mas honrada, família, bem como uma deturpação política do caso, percorrem 43 km até Cafarnaum para O deter, chamar à razão e fazer regressar à “sua casa”, em Nazaré. Para isso, levam Maria, sua Mãe, na esperança de Ele, em atenção a ela, lhes dar ouvidos.
Segue-se o conflito com os escribas. Os “escribas” eram juristas, especialistas na Lei, que se tinham dedicado a estudar as Escrituras, que agora liam, traduziam e interpretavam nas sinagogas, criando normas para todas as situações, ensinando o povo a observar a Lei escrita e oral. Estes escribas vêm de Jerusalém e fizeram 180 km para vigiar Jesus. Começam por caluniar Jesus, afirmando que está “possesso de um espírito impuro” ou, pior, do chefe dos demónios, Beelzebul (“senhor das moscas”, o nome depreciativo com que os judeus mencionavam Satanás:), em cujo nome Jesus expulsava os demónios. Dizer que Jesus o faz com a ajuda de Satanás é uma blasfémia, porque equivale a afirmar que Satanás tem mais poder do que Deus, visto que só Deus pode expulsar os demónios com uma palavra. É também um absurdo, porque se nega a própria evidência, pois significa que Satanás se teria posto contra si mesmo e recorrido a um mais fraco que ele para se destruir a si próprio. Satanás é o autor da divisão, o sedutor e instigador da calúnia e do mal, ao passo que Jesus é a verdade, a fonte da salvação que cria a comunhão.
Jesus descreve Satanás como “um forte”, a quem ninguém, a não ser um mais forte, lhe pode roubar a casa. Jesus é este “forte”, melhor, “o mais forte” que chegou e venceu Satanás e agora expulsa demónios, libertando os que estão sob o seu domínio. Todos os pecados têm perdão, excepto o pecado contra o Espírito Santo. Este consiste em negar a evidência da verdade, afirmando, como aconteceu, que Jesus fazia milagres «por artes mágicas, seduzindo e desencaminhando Israel». Quem o afirma não é perdoado, não porque Deus o não queira perdoar, mas porque rejeita logo à partida o Espírito Santo, que é o perdão e a remissão dos pecados.
Por último, Jesus apresenta a sua nova família. Para os judeus os laços de sangue são sagrados. Mas há um laço ainda mais sagrado do que eles, o amor e a obediência a Deus, como ilustra o sacrifício de Isaac por Abraão que “fez a vontade de Deus”, tornando-se “pai de muitos povos”. Para Jesus, mais importante do que os seus laços de sangue é a vontade do Pai que nele quer estabelecer novos laços com a humanidade, alargando a sua família a todos os homens. Todos podem entrar nela e dela fazer parte. “Quem é a minha Mãe e os meus irmãos? E, olhando em redor para os que estavam sentados à sua volta, diz: «Eis a minha Mãe e os meus irmãos. Pois quem fizer a vontade de Deus esse é meu irmão, minha irmã e minha Mãe»”.

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Senhor, dá-me…

Uma antiga oração, de muitos conhecida, diz: “Senhor, dá-me coragem para mudar aquilo que pode ser mudado, dá-me humildade, fortaleza e serenidade para aceitar o que não se pode mudar e dá-me sabedoria para distinguir uma coisa da outra!” Assim seja. Quem vive assim, repetindo estes três desejos, encontra o caminho da liberdade e da paz num mundo sem sabedoria para saber o que é bom e em que a ganância de possuir justifica tudo.

Vasco P. Magalhães, sj

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Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo

– A Eucaristia é escola de caridade e de solidariedade. Quem se alimenta do Pão de Cristo não pode permanecer indiferente perante quem, também nos nossos dias, não tem o pão quotidiano. Muitos pais têm grande dificuldade de obtê-lo para si e para os próprios filhos. É um problema cada vez mais grave, que a comunidade internacional tem grande dificuldade de resolver. A Igreja não só reza “o pão nosso de cada dia nos dai hoje”, mas, a exemplo do seu Senhor, compromete-se de todas as formas para “multiplicar os cinco pães e os dois peixes” com numerosas iniciativas de promoção humana e de partilha, a fim de que a ninguém falte o necessário para viver. (Bento XVI, Angelus, 25 de Maio de 2008).

– Hoje (…) celebra-se o Corpus Domini, a festa da Eucaristia, o Sacramento do Corpo e Sangue do Senhor, que Ele instituiu na Última Ceia e que constitui o tesouro mais precioso da Igreja… Sem a Eucaristia a Igreja simplesmente não existiria. De facto, é a Eucaristia que faz de uma comunidade humana um mistério de comunhão, capaz de levar Deus ao mundo e o mundo a Deus.
Numa cultura cada vez mais individualista, como é aquela na qual estamos imersos nas sociedades ocidentais, e que tende a difundir-se em todo o mundo, a Eucaristia constitui uma espécie de «antídoto», que age nas mentes e nos corações dos crentes e semeia continuamente neles a lógica da comunhão, do serviço, da partilha, em síntese, a lógica do Evangelho. (Papa Bento XVI, Angelus, 26 de Junho de 2011).

– Jesus, na Eucaristia, como fez com os discípulos de Emaús, põe-se ao nosso lado, peregrino na história, para alimentar em nós a fé, a esperança e a caridade; para nos confortar nas provas; para nos amparar no compromisso pela justiça e a paz. (…) E na Eucaristia Ele oferece-se a si mesmo como força espiritual para nos ajudar a pôr em prática o seu mandamento — amar-nos como Ele nos amou — construindo comunidades acolhedoras e abertas às necessidades de todos, sobretudo das pessoas mais frágeis, pobres e carenciadas. (Papa Francisco, Angelus, 18 de Junho de 2017).

Oração

Senhor Jesus Cristo, que neste admirável sacramento nos deixastes o memorial da vossa paixão, concedei-nos a graça de venerar de tal modo os mistérios do vosso Corpo e Sangue que sintamos continuamente os frutos da vossa redenção. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo. Amen.

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Jesus modelo e alma de cada oração

A oração foi um elemento fundamental na relação de Jesus com os seus discípulos. São Lucas narra como a escolha dos Doze nasce da oração de Jesus, do seu diálogo com o Pai. Frequentemente vemos o Senhor a rezar em favor dos seus amigos, esperando com paciência que se convertam. Há pouco ouvimos como Jesus, com a sua oração, cria amorosamente uma defesa em torno de Pedro, contra as ameaças do Maligno. Consola-nos saber que, nos momentos em que cedemos às tentações, não cessa o amor de Jesus por nós, pelo contrário, na realidade faz-se mais intenso e coloca-nos no centro da Sua oração! Os grandes eventos na missão de Jesus são precedidos de oração intensa, prolongada. É depois de um desses momentos de oração que Jesus pede a confissão de fé dos seus discípulos e lhes anuncia a sua paixão, morte e ressurreição. Igualmente num momento de oração, acontece o episódio da Transfiguração, sinal antecipado da glória da ressurreição. Assim, mesmo que as nossas tentativas de oração fossem ineficazes, podemos sempre contar com a oração de Jesus, que faz da oração cristã uma petição eficaz, pois Ele ora por nós, em nosso lugar e em nosso favor. Todos os nossos pedidos foram reunidos, de uma vez por todas, no seu brado sobre a cruz e atendidos pelo Pai na sua ressurreição; e é por isso que Ele não cessa de interceder por nós junto do Pai. (Papa Francisco, Resumo da Catequese da Audiência Geral, 2 de Junho de 2021).

Catequese completa

https://www.vatican.va/content/francesco/pt/audiences/2021/documents/papa-francesco_20210602_udienza-generale.html

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Visitação da Virgem Santa Maria

O estreito caminho do Céu, tornaste-o visível
Praticando sempre as mais humildes virtudes.
Junto de Ti, Maria, gosto de permanecer pequena,
Das grandezas da terra vejo toda a vaidade
Em casa de Santa Isabel, recebendo a Tua visita,
Aprendo a praticar a ardente caridade.

Lá escuto encantada, Doce Rainha dos anjos,
O cântico sagrado que brota do Teu coração
Ensinas-me a cantar os divinos louvores
A glorificar-me em Jesus meu Salvador.
As tuas palavras de amor são místicas rosas
Que hão-de aromatizar os séculos futuros.
Em ti o Omnipotente fez grandes coisas
Quero meditá-las, para O bendizer.

Santa Teresa do Menino Jesus 

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Domingo da Santíssima Trindade – Ano B

– Ó meus Três, meu Tudo, minha Beatitude, Solidão infinita, Imensidade em que me perco, entrego-me a Vós como uma presa. Sepultai-Vos em mim, para que eu me sepulte em Vós, esperando ir contemplar na Vossa luz o abismo das Vossas grandezas. (Santa Isabel da Trindade, OCD).

– Nesta festa celebramos Deus: o mistério de um único Deus. E este Deus é o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Três Pessoas, mas Deus é um só! O Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito é Deus. Mas não são três deuses: é um Deus em três Pessoas.
Este mistério da Trindade foi-nos revelado pelo próprio Jesus. Ele fez-nos conhecer a face de Deus como um Pai misericordioso; apresentou-se, verdadeiro homem, como Filho de Deus e Verbo do Pai, Salvador que dá a vida por nós; e ele falou do Espírito Santo que procede do Pai e do Filho, Espírito da Verdade, Espírito Paráclito – falamos no Domingo passado desta palavra “Paráclito” – isto é, Consolador e Advogado. E quando Jesus apareceu aos Apóstolos depois da sua ressurreição, Jesus enviou-os para evangelizar «todos os povos, baptizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo» ( Mt 28,19). A festa de hoje, portanto, faz-nos contemplar este maravilhoso mistério de amor e de luz, de onde viemos e para o qual se orienta o nosso caminho terrestre. (Papa Francisco, Angelus, 30 de Maio de 2021).

Oração

Ó Santíssima Trindade que quereis o meu coração todo vazio de mim, de tudo o que não é santo e puro, de tudo o que me distrai e afasta de Vós… Não permitais que alguma vez saia da Vossa presença para procurar outros deuses! Sou Vossa morada, sou Vosso filho que quer permanecer sempre na Casa Paterna, no Lar onde mora a Vossa Santíssima Presença. Então essa será a maior alegria que Vos posso dar, Trindade Santa… e a minha alegria será perfeita! Assim seja.

 

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Solenidade da Santíssima Trindade – 2

– A Santíssima Trindade não é o produto de raciocínios humanos; é o rosto com o qual o próprio Deus se revelou, não do alto de uma cátedra, mas caminhando com a humanidade. Foi precisamente Jesus quem nos revelou o Pai e nos prometeu o Espírito Santo. Deus caminhou com o seu povo na história do povo de Israel e Jesus caminhou sempre connosco e prometeu-nos o Espírito Santo que é fogo, que nos ensina tudo o que sabemos, que dentro de nós nos guia, nos dá boas ideias e inspirações… Louvemo-lo e agradeçamos-lhe porque é Amor, e porque nos chama a entrar no abraço da sua comunhão, que é a vida eterna.(Papa Francisco, Angelus, 26 de Maio de 2013).

– Mas o mistério da Trindade fala-nos hoje novamente da nossa relação com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Com efeito, mediante o Baptismo, o Espírito Santo inseriu-nos no coração e na própria vida de Deus, que é comunhão de amor. Deus é uma «família» de três Pessoas que se amam tanto a ponto de formar uma só. Esta «família divina» não está fechada em si mesma, mas está aberta, comunica-se na criação e na história e entrou no mundo dos homens para chamar todos a fazer parte dele. O horizonte trinitário de comunhão envolve-nos todos e estimula-nos a viver no amor e na partilha fraterna, na certeza de que onde há amor, há Deus. .(Papa Francisco, Angelus, 22 de Maio de 2016).

– Deus criou o mundo bom e belo, mas depois do pecado, o mundo está marcado pelo mal e pela corrupção. Nós, homens e mulheres somos pecadores, todos, por isso Deus poderia intervir para julgar o mundo, para destruir o mal e castigar os pecadores. Em vez disso, Ele ama o mundo, apesar dos seus pecados; Deus ama cada um de nós, mesmo quando cometemos erros e nos afastamos d’Ele. Deus Pai ama tanto o mundo que, para o salvar, doa o que tem de mais precioso: o seu Filho único, o qual dá a sua vida pela humanidade, ressuscita, volta para o Pai e, juntamente com Ele, envia o Espírito Santo. Por conseguinte, a Trindade é Amor, totalmente ao serviço do mundo, que deseja salvar e recriar. Hoje, pensando em Deus Pai e Filho e Espírito Santo, reflictamos no amor de Deus! E seria bom que nos sentíssemos amados. “Deus ama-me”: este é o sentimento de hoje.
Estimados irmãos e irmãs, a festa de hoje convida-nos a deixarmo-nos fascinar mais uma vez pela beleza de Deus; beleza, bondade e verdade inesgotável. (Papa Francisco, Angelus, 7 de Junho de 2020).

 

 

 

 

 

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Solenidade da Santíssima Trindade – 1

– A palavra que resume toda a revelação é esta:  “Deus é amor” (1 Jo 4, 8.16); e o amor é sempre um mistério, uma realidade que supera a razão sem a contradizer, aliás, exaltando as suas potencialidades. Jesus revelou-nos o mistério de Deus:  Ele, o Filho, fez-nos conhecer o Pai que está nos Céus, e deu-nos o Espírito Santo, o Amor do Pai e do Filho. A teologia cristã sintetiza a verdade acerca de Deus com esta expressão:  uma única substância em três pessoas. Deus não é solidão, mas comunhão perfeita. Por isso a pessoa humana, imagem de Deus, realiza-se no amor, que é dom sincero de si. (Bento XVI, Angelus, 22 de Maio de 2005).

– Graças ao Espírito Santo, que ajuda a compreender as palavras de Jesus e orienta para a Verdade completa (cf. Jo 14, 26; 16, 13), os fiéis podem conhecer, por assim dizer, a intimidade do próprio Deus, descobrindo que Ele não é solidão infinita, mas comunhão de luz e de amor, vida doada e recebida num eterno diálogo entre o Pai e o Filho, no Espírito Santo Amante, Amado e Amor, para citar Santo Agostinho. Neste mundo, ninguém pode ver Deus, mas foi Ele mesmo quem se fez conhecer a fim de que, com o Apóstolo João, possamos afirmar: “Deus é amor” (1 Jo 4, 8.16), “nós conhecemos e cremos no amor que Deus nos tem” (Encíclica Deus caritas est, 1; cf. 1 Jo 4, 16). Quem encontra Cristo e estabelece com Ele um relacionamento de amizade, acolhe a própria Comunhão trinitária na sua alma, segundo a promessa de Jesus aos discípulos: “Se alguém me tem amor, há-de guardar a minha palavra; e o meu Pai o amará e Nós viremos a ele e nele faremos morada” (Jo 14, 23). (Bento XVI, Angelus, 11 de Junho de 2006).

– No dia de hoje contemplamos a Santíssima Trindade, do modo como Jesus no-la fez conhecer. Ele revelou-nos que Deus é amor, “não na unidade de uma única pessoa, mas na Trindade de uma só substância” (Prefácio):  é Criador e Pai misericordioso; é Filho Unigénito, eterna Sabedoria encarnada, morto e ressuscitado por nós; é, finalmente, Espírito Santo que tudo move, cosmos e história, rumo à plena recapitulação final. Três Pessoas que são um só Deus, porque o Pai é amor, o Filho é amor e o Espírito é amor. Deus é tudo e somente amor, amor puríssimo, infinito e eterno. Não vive numa solidão maravilhosa, mas é sobretudo fonte inesgotável de vida que se doa e se comunica incessantemente. (Bento XVI, Angelus, 7 de Junho de 2009).

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O que atrai o olhar de Deus

Deus, para se enamorar da alma, não olha à sua grandeza, mas à grandeza da sua humildade.

São João da Cruz

Oração

Ó Jesus, cuja principal lição foi esta: “Aprendei de mim que sou doce e humilde de coração”, ensinai-me a ser humilde de coração, como Vós. Amen.

 

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A certeza de ser escutados

Acontece às vezes que a nossa oração não é atendida por Deus; pelo menos assim nos parece, pois o que pedimos não se realiza. Mas, se Deus é Pai, por que não nos escuta? Também a oração que Jesus faz ao Pai no Jardim das Oliveiras parece que não foi atendida: o Filho teve de beber até ao fundo o cálice da Paixão. O capítulo final, porém, não foi a sepultura, mas a ressurreição ao terceiro dia. O Mal pode ser senhor do penúltimo dia; nunca do último. Este, o último, pertence só a Deus, e é o dia em que se realizam todos os anseios humanos de salvação. Por isso, como escreve o apóstolo Paulo, não sabemos sequer o que mais nos convém pedir. Quando rezamos, corremos o perigo de não servir a Deus, mas de pretender que Deus nos sirva a nós: não admitimos outra alternativa, senão a dos nossos desejos. É fácil erguer uma bandeira com a escrita «Deus está connosco»; ansiosos por assegurar que Deus está connosco, pouco nos preocupa verificar se nós efectivamente estamos com Deus. Enfim, não sabemos o que pedir, para rezar como convém. Que fazer então? Deixar de rezar, porque afinal Deus não nos ouve? Para responder a esta pergunta, é preciso meditar com calma os Evangelhos: lá vemos que a resposta de Jesus aos inúmeros pedidos que Lhe fazem às vezes é imediata, outras vezes não. Na leitura inicial, ouvimos a súplica de Jairo pela cura de sua filha; Jesus acolhe a súplica, mas iam ainda a caminho quando lhes chega a notícia de que a filha morreu. Parece o fim! Mas Jesus diz ao pai: «Não tenhas receio; crê somente». É a fé que sustenta a oração. De facto, depois Jesus ressuscita a menina. Mas, por um certo tempo, Jairo teve de caminhar na escuridão, só com a luz da fé. Na oração, lembremo-nos sempre disto: é Deus que nos deve converter a nós; não somos nós que devemos converter Deus. (Papa Francisco, Resumo da Catequese da Audiência Geral, 26 de Maio, 2021).

Catequese completa

https://www.vatican.va/content/francesco/pt/audiences/2021/documents/papa-francesco_20210526_udienza-generale.html

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