Falecimento

Faleceu na Comunidade Carmelita de Beja o nosso confrade Pe. Fr. João do Nascimento Baptista, O. Carm. no dia 20 de Março, este ano dia litúrgico de São José. A sua vida foi toda vivida em união com Cristo sofredor e crucificado. Agora, no céu, para onde foi levado por Nossa Senhora do Carmo e São José (padroeiro da boa morte), participa da glória da Ressurreição de Jesus.

As exéquias fúnebres terão início início às 14h.00 do dia 22 de Março, com a celebração da Eucaristia na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, integrada no Centro Social e Paroquial do Salvador, Beja, a que se segue o cortejo para o cemitério da cidade de Beja onde será sepultado o nosso confrade.

R.I.P., Pe. João Baptista.

 

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São José, Esposo da Virgem Santa Maria

Santíssimo patriarca São José, pai adoptivo de Jesus, esposo virginal de Maria, padroeiro da Igreja universal, chefe da Sagrada Família, providente da grande família cristã, tesoureiro e dispensador das graças do Rei da glória, eu vos escolho como verdadeiro pai e senhor, em todo o perigo e necessidade.
Descobre à minha alma todos os encantos e perfeições do vosso coração paternal: mostra-me todas as suas amarguras para me compadecer, a sua santidade para a imitar, o seu amor para lhe corresponder, agradecido. Ensina-me a rezar, vós que sois mestre de tão soberana virtude e alcança-me de Jesus e Maria, que não sabem negar-nos coisa alguma, a graça de viver e morrer santamente como vós. Amen.

Santo Henrique de Ossó

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“Eu era cego e agora vejo”

Hoje o Evangelho mostra-nos Jesus que restitui a vista a um homem cego de nascença (cf. Jo 9, 1-41). Mas este prodígio é mal recebido por várias pessoas e grupos. Nas reações das pessoas e grupos, emergem corações fechados perante o sinal de Jesus, por vários motivos: porque procuram um culpado, porque não sabem maravilhar-se, porque não querem mudar, porque são impedidos pelo medo. E hoje muitas situações são parecidas com esta.

O único que reage bem é o cego: feliz por ver, ele testemunha do modo mais simples o que lhe aconteceu: «Eu era cego e agora vejo» . Diz a verdade. Antes, era obrigado a pedir esmola para viver e sofria os preconceitos do povo: «É pobre e cego de nascença, deve sofrer, deve pagar pelos seus pecados ou pelos pecados dos seus antepassados». Agora, livre no corpo e no espírito, dá testemunho de Jesus: nada inventa, nada esconde. «Eu era cego e agora vejo». Não tem medo do que os outros dirão: já conheceu o gosto amargo da marginalização, durante a sua vida inteira; já sentiu em si a indiferença, o desprezo dos transeuntes, daqueles que o consideravam um descarte da sociedade, no máximo útil para o pietismo de algumas esmolas. Agora, curado, já não teme essas atitudes de desprezo, porque Jesus lhe deu plena dignidade. E isto é claro, como sempre acontece: quando Jesus nos cura, restitui-nos a dignidade, a dignidade da cura de Jesus, plena dignidade, uma dignidade que vem do fundo do coração, que abrange a vida inteira; e Ele, no sábado, diante de todos, libertou-o e restituiu-lhe a vista, sem lhe pedir nada, nem sequer um agradecimento, e o homem dá testemunho disto. Esta é a dignidade de uma pessoa nobre, de uma pessoa que sabe que foi curada, e restabelece-se, renasce.

Irmãos e irmãs, hoje peçamos a graça de nos maravilharmos todos os dias pelos dons de Deus e de ver as várias circunstâncias da vida, até as mais difíceis de aceitar, como ocasiões para praticar o bem, como Jesus fez com o cego. Que Nossa Senhora nos ajude nisto, com São José, homem justo e fiel.

Papa Francisco, Angelus (resumo), 19 de Março, 2023

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Um pensamento carmelita para cada dia da Quaresma 2023

4º SEMANA

19 de Março: Para um juízo vim Eu a este mundo: para que os que não veem vejam, e os que veem se tornem cegos. (Jo 9, 39).

Senhor, nosso Deus, que pelo vosso Verbo realizais admiravelmente a reconciliação do género humano, concedei ao povo cristão fé viva e espírito generoso, a fim de caminhar alegremente para as próximas solenidades pascais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. (Oração colecta).

20 de Março: José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo. (Mt 1,20).

Quem não encontrar um mestre que lhe ensine o caminho da oração, tome a este glorioso santo por mestre e não se enganará no caminho. (Santa Teresa de Jesus).

21 de Março: Senhor, não tenho ninguém que me meta na piscina quando se agita a água. (Jo 5,7).

– Podemos dizer que os que começam a ter oração são os que tiram a água do poço. É muito penoso (…) Ao princípio ainda penam, pois não acabam de compreender se se arrependem dos pecados; e na verdade fazem-no, visto estarem verdadeiramente determinados em servir a Deus. (Santa Teresa de Jesus).

22 de Março: [Jesus] não só anulava o sábado, mas até chamava a Deus seu próprio Pai, fazendo-Se assim igual a Deus. (Jo 5,18).

Toda a gente dorme. E a Deus, tão cheio de bondade, tão grande, tão digno de louvores, esquecemo-l’O!… Ninguém pensa n’Ele! (Santa Maria de Jesus Crucificado).

23 de Março: São elas [as Escrituras] que dão testemunho a meu favor. Vós, porém, não quereis vir a Mim para terdes a vida! (Jo 5,39-40).

Que bem sei eu a fonte que mana e corre (…) Aquela eterna fonte está escondida neste pão vivo para dar-nos vida, mesmo sendo noite! Aqui está chamando as criaturas. (São João da Cruz).

24 de Março: Ele afirma ter conhecimento de Deus e chama-se a si mesmo filho do Senhor! (…) vejamos, pois, se as suas palavras são verdadeiras (…) Provemo-lo com ultrajes e torturas. (Sb 2,13.17a.19a).

– Ó meu Senhor, (…) não houve sofrimento que não suportasse de bom grado, vendo como Vós estivestes diante dos juízes. Com tão bom amigo presente, com tão destemido capitão, que foi o primeiro no padecer, tudo se pode sofrer. Ajuda e dá força; nunca falta. (Santa Teresa de Jesus).

25 de Março: O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a Sua sombra. Por isso, Aquele que vai nascer é santo e será chamado Filho de Deus. (Lc 1,35).

Cobrir de sombra equivale a amparar, favorecer e conceder mercês. (São João da Cruz).

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Todos somos cristãos ao serviço dos outros

Quem tem mais dignidade, na Igreja: o bispo, o sacerdote? Não… todos somos cristãos ao serviço dos outros. Quem é mais importante, na Igreja: a religiosa ou a pessoa comum, batizada, a criança, o bispo…? Todos são iguais, somos iguais e quando uma das partes se considera mais importante do que os outros e levanta um pouco o nariz, erra. Não é essa a vocação de Jesus. A vocação que Jesus dá, a todos – mas inclusive a quantos parecem estar em postos mais altos – é o serviço, servir os outros, humilhar-te. Se encontrares uma pessoa que na Igreja tem uma vocação mais elevada e tu a vês vaidosa, dirás: “Pobrezinho”; reza por ele porque não entendeu o que é a vocação de Deus. A vocação de Deus é adoração ao Pai, amor à comunidade e serviço. Isto é ser apóstolo, este é o testemunho dos apóstolos.

Papa Francisco, Audiência geral, 15 de Março, 2023

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Tenho sede, dá-me de beber

Neste Domingo o Evangelho apresenta-nos um dos encontros mais formosos e fascinantes de Jesus, o encontro com a mulher samaritana (cf. Jo 4,5-42). A cena mostra-nos Jesus sedento e cansado, que se encontra no poço da samaritana à hora mais quente, o meio-dia, e como um mendigo pede algo fresco. É uma imagem do abaixamento de Deus: Deus abaixa-se em Jesus Cristo pela redenção, vem até cada um de nós. A sede de Jesus, na verdade, não é só física, expressa as sequras mais profundas da nossa vida: é sobretudo a sede do nosso amor. É mais do que um mendigo, está sedento do nosso amor. E emergirá no momento culminante da paixão, na cruz, ali, antes de morrer, Jesus dirá: “Tenho sede” (Jo 19,28).  

Mas o Senhor que pede de beber, é Aquele que dá de beber: ao encontrar-se com a samaritana fala-lhe da água viva do Espírito Santo, e da cruz derrama sangue e água do lado perfurada pela lança do soldado (cf. Jo 19,34). Jesus, sedento de amor, sacia a nossa sede com amor. E faz connosco como fez com a samaritana: aproxima-se de nós na vida diária, compartilha a nossa sede, promete-nos a água viva que faz brotar em nós a vida eterna (cf. Jo 4,14). 

Dá-me de beber. Estas palavras não são só o pedido de Jesus feito à samaritana, mas um chamamento –  às vezes silencioso – que em cada dia nos é dirigido e nos pede que prestemos atenção à sede alheia. Somos capazes de entender a sede dos outros? A sede das pessoas, a sede de tantos dos meus familiares, no meu bairro? Hoje podemos perguntar-nos: Tenho sede de Deus, dou-me conta de que necessito do seu amor como a água para viver? E depois, eu que estou sedento, preocupo-me com a sede dos outros, a sede espiritual, a sede material? 

Papa Francisco, Angelus (resumo), 12 de Março, 2023 

 

 

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Um pensamento carmelita para cada dia da Quaresma 2023

3ª SEMANA

12 de Março: Naquele tempo, chegou Jesus a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, junto da propriedade que Jacob tinha dado a seu filho José, onde estava o poço de Jacob. Jesus, cansado da caminhada, sentou-Se à beira do poço. Era por volta do meio-dia. Veio uma mulher da Samaria para tirar água. Disse-lhe Jesus: “Dá-Me de beber”. (Jo 4, 5-6). 

– Senhor nosso Deus, autor de todas as misericórdias e de toda a bondade, que nos fizestes encontrar no jejum, na oração e no amor fraterno os remédios do pecado, olhai benigno para a confissão da nossa humildade, de modo que, abatidos pela consciência da culpa, sejamos confortados pela vossa misericórdia. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. (Oração colecta). 

13 de Março: Veio para o que era seu e os seus não O receberam. (Jo 1,11-12a). 

– Cristo é tudo. Um cristão é alguém que viu Cristo. Há poucos cristãos porque poucas almas viram Cristo. (P. Jacques de Jésus). 

14 de Março: Amai-vos uns aos outros. (Jo 15,12).  

– Para vos amar como Vós me amais, preciso de me servir do vosso próprio amor, só então encontro repouso. (Santa Teresinha do Menino Jesus). 

15 de Março: O amor não faz mal ao próximo. Assim, é no amor que está o pleno cumprimento da Lei. (Rm 13,10). 

– O meu caminho é todo confiança e amor. (…) Vejo que basta reconhecer o próprio nada e abandonar-se como uma criança nos braços de Deus. (Santa Teresa do Menino Jesus). 

16 de Março: Pai, quero que onde Eu estiver estejam também comigo aqueles que Tu Me confiaste, para que contemplem a minha glória, a glória que Me deste por Me teres amado antes da criação do mundo. (Jo17,24). 

– Alegra-te, minha alma, porque há quem ame ao teu Deus como Ele merece (…) Dá-Lhe graças porque nos deu na terra quem assim O conhece, como seu Filho único que é. (Santa Teresa de Jesus). 

17 de Março: Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças. O segundo é este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. (Mc 12,30-31a). 

– Amar é tão simples, é entregar-se a todas as suas vontades como Ele se entregou às do Pai; é permanecer n’Ele pois o coração que ama já não vive mais em si, mas naquele que constitui o objeto do seu amor. (Santa Isabel da Trindade). 

18 de Março: Se alguém julga ser alguma coisa, nada sendo, engana-se a si mesmo. (Gl 6,3). 

– Tenho de suportar-me tal como sou, com todas as minhas imperfeições (…) O ascensor que me há de elevar até ao Céu, são os Vossos braços, ó Jesus! (Santa Teresa do Menino Jesus). 

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Nada temo

Se me envolve a noite escura
E caminho sobre abismos de amargura,
Nada temo, porque a Luz está comigo.

Se me colhe a tempestade
E Jesus vai a dormir na minha barca,
Nada temo, porque a Paz está comigo.

Se me perco no deserto
E de sede me consumo e desfaleço,
Nada temo, porque a Fonte está comigo.

Se os descrentes me insultarem
E se os ímpios mortalmente me odiarem,
Nada temo, porque a Vida está comigo.

Se os amigos me deixarem
Em caminhos de miséria e orfandade,
Nada temo, porque o Pai está comigo.

Se me envolve a noite escura
E caminho sobre abismos de amargura,
Nada temo, porque a Luz está comigo.

Hino da Liturgia das Horas – Completas de Domingo

 

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A transfiguração de Jesus

Neste segundo domingo de Quaresma, é proclamado o Evangelho da Transfiguração: Jesus leva consigo a um monte Pedro, Tiago e João e revela-se a eles em toda a sua beleza de Filho de Deus (cf. Mt 17, 1-9). Eles veem a luz da santidade de Deus a brilhar no rosto e nas vestes de Jesus, imagem perfeita do Pai. Revela-se a majestade de Deus, a beleza de Deus. Mas Deus é Amor e, por conseguinte, os discípulos viram com os próprios olhos a beleza e o esplendor do Amor divino encarnado em Cristo. Tiveram uma antecipação do paraíso!  

Jesus, na realidade, com esta experiência está a formá-los, está a prepará-los para um passo ainda mais importante. De facto, em breve terão de saber reconhecer n’Ele a mesma beleza, quando Ele subir à cruz e o seu rosto estiver desfigurado. A beleza de Jesus não aliena os discípulos da realidade da vida, mas dá-lhes a força para O seguirem até Jerusalém, até à cruz.  

Este Evangelho traça um caminho também para nós: ensina-nos como é importante estar com Jesus, até quando não é fácil compreender tudo o que Ele diz e faz por nós. Com efeito, é estando com ele que aprendemos a reconhecer no seu rosto a beleza radiante do amor que se doa, inclusive quando traz os sinais da cruz. E é na sua escola que aprendemos a captar a mesma beleza no rosto das pessoas que caminham ao nosso lado todos os dias: os familiares, os amigos, os colegas, aqueles que, das mais variadas formas, cuidam de nós. Quantos rostos lumiosos, quantos sorrisos, quantas rugas, quantas lágrimas e cicatrizes falam de amor à nossa volta! Aprendamos a reconhecê-los e a encher os nossos corações com eles. 

Papa Francisco, Angelus (resumo), 5 de Março, 2023 

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Um pensamento carmelita para cada dia da Quaresma 2023

2ª SEMANA DA QUARESMA – ANO A

II Domingo da Quaresma: 5 de Março: Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e levou-os, em particular, a um alto monte e transfigurou-Se diante deles: o seu rosto ficou resplandecente como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E apareceram Moisés e Elias a falar com Ele. (Mt 17, 1-3).

– Senhor nosso Deus, que nos mandais ouvir o vosso amado Filho, fortalecei-nos com o alimento interior da vossa palavra, de modo que, purificado o nosso olhar espiritual, possamos alegrar-nos um dia na visão da vossa glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. (Oração colecta).

6 de Março: Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso. (Lc 6,36-38).

– Jesus, o Artista das almas, fica contente quando não nos detemos no exterior, mas, penetrando até ao santuário que escolheu para sua morada, lhe admiramos a beleza. (Santa Teresa do Menino Jesus).

7 de Março: Um só é o vosso Pai, Aquele que está no Céu. (Mt 23,1-12).

– Já te disse tudo na minha Palavra, que é o meu Filho (…) se fixares n’Ele o teu olhar, acharás tudo (…) Irmão, Companheiro, Mestre. (São João da Cruz).

8 de Março: Bebereis o meu cálice; mas sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não Me pertence a Mim concedê-lo: é para quem meu Pai o tem reservado. (Mt 2, 17-28).

Meu Deus, não me ireis roubar o que me destes um dia no vosso único Filho, Jesus Cristo, no qual me destes tudo quanto quero; (…) Não te rebaixes nem olhes às migalhas que caem da mesa do teu Pai. (São João da Cruz).

9 de Março: Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas , tão-pouco se deixarão convencer se alguém ressuscitar de entre os mortos. (Lc 16,19-31).

Maria, sê mãe, mãe até ao fim, mãe da Vida, mãe da Misericórdia, mãe desta vida que desce mesmo sobre a miséria, para repará-la, para ressuscitá-la. (Beato Eugénio-Maria do Menino Jesus).

10 de Março: Nunca lestes nas Escrituras: “A pedra que os construtores rejeitaram transformou-se em pedra angular? Isto é obra do Senhor e é admirável aos nossos olhos!”? (Mt 21,33- 43.45-46).

– Os braços do Crucificado estão inteiramente abertos para te atrair ao seu Coração. Ele reclama a tua vida para te dar a sua. (Santa Teresa Benedita da Cruz).

11 de Março: O filho disse-lhe: “Pai, (…) já não mereço ser chamado teu filho.” Mas o Pai disse aos seus servos: “Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha”… (Lc 15, 1-3.11-32).

– Ó meu Deus! Excedestes a minha esperança e eu quero cantar as vossas misericórdias! (Santa Teresa do Menino Jesus).

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