Dificuldades na oração: distracção, aridez e acédia

Hoje falaremos de três dificuldades que podemos enfrentar na oração: a distracção, a aridez e a acédia. A distracção nasce da dificuldade da mente humana permanecer por muito tempo num único pensamento: sempre nos acompanha um turbilhão de imagens e fantasias. O Evangelho indica-nos uma virtude capital na luta para manter a concentração e a atenção: a vigilância. Trata-se de reconhecer que não sabemos quanto tempo nos resta nesta vida e que cada instante é precioso e não deve ser dispersado com as distracções. Já a aridez, a perda do gosto pelas realidades espirituais, é um desafio que chama a viver somente da fé quando se está desprovido de consolações. Finalmente, a acédia ou preguiça espiritual é a tentação por excelência contra a oração. É uma espécie de depressão que nasce do relaxamento da ascese, muitas vezes alimentada pela presunção, e que pode levar à morte da alma. Tanto a aridez como a tentação da acédia combatem-se com a perseverança, sobretudo quando se atravessa o “vale da escuridão”, depositando diante de Deus, como Jó, as nossas dificuldades e amarguras, na certeza de que Ele, com amor de Pai, as acolherá como um verdadeiro acto de fé, como uma oração. (Papa Francisco, Resumo da Catequese da Audiência Geral, 19 de Maio, 2021).

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http://www.vatican.va/content/francesco/pt/audiences/2021/documents/papa-francesco_20210519_udienza-generale.html