Santa Teresa de Lisieux: 1 de Outubro

A minha vocação é o amor

“Procurai com ardor os dons mais perfeitos; eu vou mostrar-vos um caminho mais excelente”. E o Apóstolo explica como todos os dons mais perfeitos não são nada sem o amor e que a caridade é o caminho mais excelente que nos leva com segurança até Deus. Finalmente tinha encontrado a tranquilidade.

Ao considerar o Corpo Místico da Igreja, não conseguira reconhecer-me em nenhum dos membros descritos por São Paulo; melhor, queria identificar-me com todos eles. A caridade ofereceu-me a chave da minha vocação. Compreendi que, se a Igreja apresenta um corpo formado por membros diferentes, não lhe falta o mais necessário e mais nobre de todos; compreendi que a Igreja tem coração, um coração ardente de amor; compreendi que só o amor fazia actuar os membros da Igreja e que, se o amor viesse a extinguir-se, nem os Apóstolos continuariam a anunciar o Evangelho nem os mártires a derramar o seu sangue; compreendi que o amor encerra em si todas as vocações, que o amor é tudo e que abrange todos os tempos e lugares, numa palavra, que o amor é eterno.

Então, com a maior alegria da minha alma arrebatada, exclamei: Ó Jesus, meu amor! Encontrei finalmente a minha vocação. A minha vocação é o amor. Sim, encontrei o meu lugar na Igreja, e este lugar, ó meu Deus, fostes Vós que mo destes: no coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o amor; com o amor serei tudo; e assim será realizado o meu sonho.

Santa Teresinha do Menino Jesus

Oração

Deus de infinita bondade, que abris as portas do vosso reino aos pequeninos e humildes, fazei que sigamos confiadamente o caminho espiritual de Santa Teresa do Menino Jesus, para que, por sua intercessão, cheguemos à revelação da vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

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Santa Teresinha do Menino Jesus

Tríduo das rosas

Ó Santa Teresinha do Menino Jesus, que na vossa curta existência, fostes um espelho de angélica pureza, de forte amor e generoso abandono a Deus, agora que gozais o prémio das vossas virtudes, volvei o vosso olhar para mim que em vós confio. Fazei vossa a minha aflição; dizei por mim uma palavra àquela Virgem Imaculada, de quem fostes a flor predilecta, a Rainha do Céu que vos sorriu na manhã da vida; dizei-lhe que como Senhora do Coração de Jesus, me obtenha com a sua poderosa intercessão a graça que presentemente tanto desejo (expõe-se o pedido mentalmente) e que acompanhe com uma bênção, que me fortifique na vida, me defenda na morte, e me conduza à feliz eternidade. Amen.

Glória ao Pai… (24 vezes)

– Santa Teresinha do Menino Jesus,
Rogai por nós!

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Sede bendito na vossa misericórdia

Senhor, eu tenho muitas quedas, mas todas as minhas faltas servirão para fazer resplandecer toda a Vossa misericórdia. Os povos verão e louvarão o Vosso nome. Eles bendirão as Vossas obras, a Vossa bondade, a Vossa sabedoria, pois sois Vós que dais ao homem a ciência, a inteligência, para Vos louvar e bendizer. Sede louvado! Sede, conhecido, sede amado, sede bendito em todas as vossas obras, mas sobretudo na vossa misericórdia!

Santa Maria de Jesus Crucificado

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26º Domingo do Tempo Comum – Ano B

O Evangelho do 26º Domingo do Tempo Comum, Ano B, (cf. Mc 9, 38-43.45.47-48) refere que os discípulos de Jesus viram um homem, que não fazia parte do grupo dos seus seguidores, a expulsar demónios em nome de Jesus, e por isso queriam impedi-lo. Jesus responde: «Não lho proibais, porque não há ninguém que faça um prodígio em meu nome e em seguida possa falar mal de mim. Pois quem não é contra nós, é por nós».

Santo Agostinho escreve: «Como na Católica — ou seja, na Igreja — é possível encontrar o que não é católico, assim fora da Católica pode existir algo de católico» (Agostinho, Sobre o baptismo contra os donatistas: PL 43, VII, 39, 77). Por isso, os membros da Igreja não devem ter inveja, mas alegrar-se se alguém fora da comunidade realiza o bem em nome de Cristo, contanto que o faça com intenção recta e com respeito (Bento XVI, Angelus, 30 de Setembro de 2012).

Mas também devemos vigiar sobre o fechamento na Igreja…Por vezes também nós, em vez de sermos comunidades humildes e abertas, podemos dar a impressão de sermos “os melhores da classe” e manter os outros à distância… Peçamos a graça de superar a tentação de julgar e de catalogar, e que Deus nos preserve da mentalidade do “ninho”, a de nos preservarmos ciosamente no pequeno grupo daqueles que se consideram bons:  o sacerdote com os seus fidelíssimos, os agentes pastorais fechados entre si para que ninguém se infiltre, os movimentos e as associações no próprio carisma particular, e assim por diante. Fechados. Tudo isto corre o risco de tornar as comunidades cristãs lugares de separação e não de comunhão. O Espírito Santo não quer fechamentos; quer abertura, comunidades acolhedoras onde haja lugar para todos.

E depois, no Evangelho, há a exortação de Jesus: em vez de julgarmos tudo e todos, prestemos atenção a nós mesmos! Na verdade, o risco é sermos inflexíveis para com os outros e indulgentes com nós próprios. E Jesus exorta-nos a não fazer acordos com o mal, com imagens que impressionam: “Se algo em ti é motivo de escândalo, corta-o”! (cf. vv. 43-48). Se algo te faz mal, corta-o! Ele não diz: “Se algo é motivo de escândalo, pára, reflete, melhora um pouco…”. Não: “Corta-o! Imediatamente!”.  Nisto Jesus é radical, exigente, mas para o nosso bem, como um bom médico. Cada corte, cada poda, é para crescer melhor e dar frutos no amor. Então perguntemo-nos: o que há em mim que contrasta com o Evangelho? O que quer Jesus que eu corte concretamente na minha vida? (Papa Francisco, Angelus, 26 de Setembro, 2021).

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Quem são os que precisam de médico?

Nunca senti tanto a minha miséria, nunca me vi tão miserável, mas esta miséria não me desanima, antes me estimula para aproximar-me mais d’Ele, e penso que é mesmo por causa da minha fraqueza que Ele me ama tanto, que me deu tanto!

Santa Isabel da Trindade 

Oração

Senhor, quantas vezes me assusto com a minha miséria, com o meu pecado, e fico como que estagnado e com medo, com receio de encarar-Vos… ainda não percebi nada… a minha miséria é o íman para a Vossa Infinita Misericórdia… ajudai-me a confiar, ajudai-me a amar a minha pequenez, pois é aí que se releva melhor o Vosso amor. Assim seja. 

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25º Domingo do Tempo Comum – Ano B

No Evangelho deste Domingo, Jesus anuncia pela segunda vez aos discípulos a sua paixão, morte e ressurreição (cf. Mc 9, 30-31). O evangelista Marcos põe em evidência o forte contraste entre a sua mentalidade e a dos doze Apóstolos, que não só não compreendem as palavras do Mestre e rejeitam categoricamente a ideia de que Ele vá ao encontro da morte (cf. Mc 8, 32), mas discutem entre si sobre quem deve ser considerado “o maior” (cf. Mc 9, 34). Jesus explica-lhes com paciência a sua lógica, a lógica do amor que se faz serviço até à entrega de si mesmo: “Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o último de todos e o servo de todos” (Mc 9, 35).

Esta é a lógica do Cristianismo, que corresponde à verdade do homem criado à imagem de Deus, mas ao mesmo tempo contrasta com o seu egoísmo, consequência do pecado original. Cada pessoa humana é atraída pelo amor que afinal é o próprio Deus mas muitas vezes erra nos modos concretos de amar, e assim de uma tendência originalmente positiva mas maculada pelo pecado, podem derivar intenções e acções más. É o que nos recorda, na liturgia hodierna, também a Carta de São Tiago: “Onde há inveja e espírito faccioso também há perturbação e todo o género de obras más. Mas a sabedoria que vem do alto é, em primeiro lugar, pura; depois, é pacífica, indulgente, dócil, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem hipocrisia”. E o Apóstolo conclui: “É com a paz que uma colheita de justiça é semeada pelos obreiros da paz” (3, 16-18).

Estas palavras fazem pensar no testemunho de muitos cristãos que, com humildade e no silêncio, consomem a própria vida ao serviço dos outros, pela causa do Senhor Jesus, trabalhando concretamente como servos do amor e, por isso, “artífices” da paz. (…)

Não há dúvida de que seguir Cristo é difícil, mas como Ele mesmo diz, somente quem perde a sua vida por causa dele e do Evangelho salvá-la-á (cf. Mc 8, 35), dando pleno sentido à sua própria existência. Não existe outro caminho para ser seus discípulos, não há outro caminho para dar testemunho do seu amor e tender para outra perfeição evangélica. (Bento XVI, Angelus, 24 de Setembro de 2006).

Palavra para o caminho

Nós, que somos pequeninos, aspiramos a parecer grandes, a ser os primeiros; enquanto Deus, que é realmente grande, não tem medo de se humilhar e de se fazer último.(Bento XVI, Angelus, 23 de Setembro, 2012).

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15 esquemas de catequeses sobre a Missa

Os 15 documentos contidos no site abaixo indicado têm como conteúdo central as Audiências Gerais das quartas-feiras do Papa Francisco, entre 8 de Novembro de 2017 e 4 de Abril de 2018, dedicadas à celebração da Eucaristia. O Papa fê-lo com o objectivo de nos ajudar a compreender bem o valor e o significado da Santa Missa, a fim de vivermos cada vez mais plenamente a nossa relação com Deus.

o Padre José Henrique Domingues Pedrosa, Director do Serviço Diocesano da Catequese da Diocese de Leiria-Fátima, pegou nas catequeses, deu-lhes um enquadramento pedagógico e enriqueceu a proposta com textos da Palavra de Deus, cânticos, orações e indicações para que as mesmas possam ser vividas como um percurso em grupo.

15 esquemas de catequese: http://l-f.pt/9wvk

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Santo Alberto de Jerusalém – 17 de Setembro

Hino

Deus nos chamou à santidade,/ A ser louvor da Sua glória, / Em Jesus, o Verbo Incarnado, / Que se inseriu na nossa história.

Aspiramos seguir a Cristo, / Deixemos n’Ele o homem velho; / Que o seu Espírito nos guie / Para vivermos o Evangelho.

A Deus unidos p’lo Amor / E servindo a Humanidade, /Seguiremos nossa Regra, / Chegaremos à santidade.

Que Santo Alberto por nós rogue / P’ra que na santa solidão, / Fiéis ao Espírito de Cristo, /Sempre nos mova a sua acção.

Assim louvaremos ao Pai, / Por Seu Filho, Nosso Senhor, / Com o Espírito Paráclito, / Que em nós derrama o seu Amor.

Santo Alberto e a Regra Carmelita

Hoje, 17 de Setembro, o Carmelo celebra a festa de Santo Alberto de Jerusalém. Santo Alberto de Jerusalém escreveu a Regra que até aos nossos dias inspira a vida de toda a Família Carmelita (religiosos, religiosas, leigos). A Regra carmelita é a mais pequena de todas as Regras religiosas existentes na Igreja. Consiste, quase exclusivamente, numa sábia concatenação de citações da Bíblia. A Regra centra-se mais na justificação espiritual da vocação carmelita e nos meios necessários para a realizar, do que em normas legais que devem regular as relações de um grupo concreto.

A Regra sublinha os valores fundamentais da vida cristã. Entre eles, destacam-se: o seguimento de Cristo, a escuta orante da Palavra, a Eucaristia e a oração litúrgica, o amor que conduz à fraternidade, o trabalho, a abnegação evangélica, o silêncio como meio de encontro com Deus e com os outros. Neles, o Carmelo encontra um núcleo essencial que lhe permite enfrentar os desafios de cada época.

Oração

Senhor, que por intermédio de Santo Alberto nos destes uma forma de vida evangélica, concedei-nos, por sua intercessão, viver sempre na contemplação de Jesus Cristo e servi-lo com fidelidade até à morte. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amen.

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Confissão, sacramento da alegria

Qual é o centro: os pecados ou o Pai que perdoa todos os pecados? O Pai. Não vamos confessar-nos como pessoas castigadas que se devem humilhar, mas como filhos que correm para receber o abraço do Pai. E o Pai levanta-nos em qualquer situação, perdoa-nos todos os pecados. Fixai-o bem: Deus perdoa sempre! Entendestes? Deus perdoa sempre!

(…) Neste momento, tenho vontade de dar um conselho aos padres. Digo, aos padres que se sentam no lugar de Deus Pai, que Ele sempre perdoa, abraça e acolhe. Demos a Deus o primeiro lugar na Confissão. Se o protagonista for Ele, tudo se torna belo e confessar-se torna-se o sacramento da alegria. Sim, da alegria: não do medo e do julgamento, mas da alegria. E é importante que os padres sejam misericordiosos. Nunca sejam curiosos, nunca inquisidores, por favor, mas sejam irmãos que dão o perdão do Pai, sejam irmãos que acompanham neste abraço do Pai.

Papa Francisco,  Košice – Eslováquia, 14 de Setembro, 2021

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Festa da exaltação da santa cruz

«Nós – declara São Paulo – pregamos Cristo crucificado (…), poder e sabedoria de Deus». Entretanto o Apóstolo não esconde que a cruz, aos olhos da sabedoria humana, aparece diversa: é «escândalo», «loucura» (1 Cor 1, 23-24). A cruz era instrumento de morte, e contudo dela veio a vida; era algo que ninguém queria contemplar, e todavia revelou-nos a beleza do amor de Deus. Por isso, o santo povo de Deus a venera; e a Liturgia celebra-a na festa de hoje…

Como podemos aprender a ver a glória na cruz? Alguns santos ensinaram que a cruz é como um livro que, para o conhecer, é preciso abri-lo e ler. Não basta comprar um livro, dar-lhe uma vista de olhos e expô-lo em casa. O mesmo vale para a cruz: está pintada ou esculpida em cada canto das nossas igrejas. Incontáveis são os crucifixos: ao pescoço, em casa, no carro, no bolso. Mas isso de nada nos aproveita, se não nos detivermos a olhar o Crucificado e não Lhe abrirmos o coração, se não nos deixarmos impressionar pelas suas chagas abertas por nós, se o coração não se comover e chorarmos diante de Deus ferido de amor por nós. Se não fizermos assim, a cruz permanece um livro não lido, cujo título e autor são bem conhecidos, mas que não influencia a vida.

Papa Francisco, Presov – Eslováquia, 14 de Setembro, 2021

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