Rezar todos os dias do Advento 2022 – 2ª Semana

Domingo, 4 de Dezembro: Está perto o Reino dos Céus

Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas (Jo, 3, 3).

Que valores e prioridades contam na minha vida? 

Oração: Deus omnipotente e misericordioso, concedei que os cuidados deste mundo não sejam obstáculo para caminharmos generosamente ao encontro de Cristo, mas que a sabedoria do alto nos leve a participar no esplendor da sua glória. Ele que é Deus e convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Segunda-feira, 5 de Dezembro: Amar a Deus como Ele quer ser amado

No entardecer examinar-te-ão no amor. Aprende a amar como Deus quer ser amado e não olhes à tua condição. (São João da Cruz, Ditos de Luz e Amor 59).

Quando foi que te vimos com fome, ou com sede, ou peregrino, ou nu, ou doente, ou na prisão, e não te socorremos? (Mt 25, 44).

Abro os olhos para estar atento às ocasiões de dar resposta às necessidades do próximo, mesmo que seja apenas com um sorriso ou uma palavra benévola.

 Terça-feira, 6 de Dezembro: Bem-aventurados os mansos

Se vós, ó bom Jesus, não suavizais a alma no vosso amor, ela continuará sempre na sua rudeza natural. (São João da Cruz, DLA 30).

Porventura me hei de comprazer com a morte do pecador – oráculo do Senhor DEUS – e não com o facto de ele se converter e viver? (Ez 18,23).

Costumo pedir a Deus a graça da mansidão (que não é o mesmo que moleza)?

Quarta-feira, 7 de Dezembro: perscrutar as Escrituras

Procurai lendo e encontrareis meditando. Chamai orando a abrir-se-vos-á contemplando. (São João da Cruz, DLA 157).

Investigai as Escrituras, dado que julgais ter nelas a vida eterna: são elas que dão testemunho a meu favor. (Jo 5,39).

Que tempo consagro à leitura e à meditação da Palavra de Deus?

Quinta-feira, 8 de Dezembro: Imaculada Conceição

Eram assim as [obras] da gloriosíssima Virgem Nossa Senhora, a qual, estando desde o princípio elevada neste estado, nunca teve gravada na sua alma forma alguma de criatura, nem se moveu por ela, mas foi sempre movida pelo Espírito Santo. (São João da Cruz, Subida do Monte Carmelo III, 2,10).

Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo. (Lc 1,28).

Faço minhas as palavras da Virgem: “Faça-se em mim segundo a tua palavra”.

Sexta-feira, 9 de Dezembro: a memória de Deus

Procure andar sempre na presença de Deus e conservar em si a pureza que Ele lhe ensina. (São João da Cruz, DLA 141).

Guarda-te bem de esquecer os factos que os teus olhos viram; que eles nunca se afastem do teu coração em todos os dias da tua vida. (Dt 4,9).

A que ponto vigio eu o meu coração, os pensamentos que o habitam? Reavivo em mim a lembrança de Deus?

Sábado, 10 de Dezembro: o bom alimento

Jesus Cristo, (…) nesta vida, não teve nem quis outro gosto senão o de fazer a vontade de Seu Pai, à qual chamava Sua comida e alimento. (São João da Cruz, 1S 13, 4).

O meu alimento é fazer a vontade d’Aquele que Me enviou e consumar a Sua obra. (Jo 4,34).

Quais são os impulsos interiores que me conduzem a agir? O meu gosto ou o gosto de contentar a Deus?

 

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Oração de bênção da coroa do Advento

Senhor,
nestes dias, a terra alegra-se,
e a tua Igreja transborda de alegria,
diante do teu Filho, nosso Senhor,
que chega como luz esplendorosa,
para iluminar os que jazem nas trevas
da ignorância, da dor e do pecado.
Repletos de esperança pela sua vinda,
fizemos e enfeitamos esta coroa.
Neste tempo de Advento,
de preparação para a vinda de Jesus,
nós te pedimos, Senhor,
que, enquanto cresce em cada dia
o esplendor desta coroa, com novas luzes,
ilumina-nos com o esplendor daquele
que é a Luz do mundo,
e vem para iluminar toda escuridão,
que existe em nós e no nosso mundo.
Ele que vive e reina pelos séculos sem fim.
Amen.

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Discernimento: a consolação autêntica

Continuando a nossa reflexão sobre o discernimento, hoje perguntamo-nos: Como reconhecer a autêntica consolação? Santo Inácio de Loiola dá-nos alguns critérios, convidando-nos a verificar se, nos nossos pensamentos, tudo – princípio, meio e fim – está orientado para o bem. Se isto acontece, é sinal de que vamos por bom caminho. Entretanto, se há algo que nos inquieta ou nos distrai do nosso bom propósito inicial, é indicação de que aquele pensamento não vem de Deus. É muito importante fazer pacientemente este exame sobre a origem e a autenticidade dos próprios pensamentos, pois quanto mais nos conhecemos, mais somos capazes de advertir a chegada de pensamentos que provêm do espírito mau e nos desviam dos nossos bons propósitos. Este exame de consciência quotidiano é fundamental, na medida em que nos ajuda a crescer na liberdade e a dar-nos conta de que a graça de Deus age em nós. A autêntica consolação é, portanto, uma espécie de confirmação de que estamos a cumprir a vontade de Deus nas nossas vidas, de que estamos a trilhar os caminhos d’Ele, que são caminhos de vida, alegria e paz.

Papa Francisco, Resumo da Audiência Geral, 30 de Novembro, 2022

Catequese completa

https://www.vatican.va/content/francesco/pt/audiences/2022/documents/20221130-udienza-generale.html

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Deus vem

No Evangelho da Liturgia de hoje ouvimos uma bonita promessa que nos introduz no Tempo de Advento: «Virá o vosso Senhor» (Mt 24, 42). Este é o fundamento da nossa esperança, é o que nos sustenta até nos momentos mais difíceis e dolorosos da nossa vida: Deus vem, Deus está próximo e vem. Nunca nos esqueçamos disto!

Tenhamos isto em mente: Deus está escondido na nossa vida, Ele está sempre ali, Ele está escondido nas situações mais comuns e ordinárias da nossa vida. Ele não vem em eventos extraordinários, mas nas coisas do dia-a-dia, Ele manifesta-se nas coisas de todos os dias. Ele está ali, no nosso trabalho diário, num encontro casual, no rosto de uma pessoa em necessidade, inclusive quando enfrentamos dias que parecem cinzentos e monótonos, precisamente ali está o Senhor, que nos chama, fala-nos e inspira as nossas acções.

Como reconhecer e acolher o Senhor? Devemos permanecer acordados, alerta, vigilantes. Jesus avisa-nos: há o perigo de não perceber a sua vinda e de não estar preparado para a sua visita.

Que a Virgem Santa, Mulher da espera, que soube captar a passagem de Deus na vida humilde e escondida de Nazaré e o acolheu no seu ventre, nos ajude neste caminho a estar atentos para esperar o Senhor que está entre nós e passa.

Papa Francisco, Angelus, 27 de Novembro, 2022

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Rezar todos os dias do Advento 2022 – 1ª Semana

Domingo, 27 de Novembro: Estar preparado

Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia o vosso Senhor vem. (Mt 24, 42).

O que significa para mim “estar vigilante”, “atento” e “preparado” para acolher o Senhor que vem? O que é que na minha vida me distrai do essencial e me impede de o fazer? Que força me anima a resistir e ter esperança?

Oração: Despertai, Senhor, nos vossos fiéis a vontade firme de se prepararem pela prática das boas obras para ir ao encontro de Cristo, de modo que, chamados um dia à sua direita, mereçam alcançar o reino dos Céus. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Segunda-feira, 28 de Novembro: Solidão diante de Deus

Fiquei desejosa de solidão, amiga de conversar e falar de Deus. Se encontrava com quem o fazer, isso dava-me mais alegria e satisfação do que toda a cortesia (…) da conversação do mundo. Desejava comungar e confessar-me muito mais amiúde. (Santa Teresa de Jesus, Livro da Vida 6,4).

É assim que a vou seduzir: ao deserto a conduzirei, para lhe falar ao coração. (Oseias 2,16).

Como poderei entrar no essencial neste Advento? Que meios vou empregar para o fazer?

Terça-feira, 29 de Novembro: Agir por amor

Não queirais beneficiar a todos, mas às que vivem convosco; (…) o Senhor não olha tanto à grandeza das obras quanto ao amor com que se fazem. (Santa Teresa de Jesus, 7 Moradas 4,14-15).

Jesus foi para a Galileia e proclamava o Evangelho de Deus, dizendo: “Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo: arrependei-vos e acreditai no Evangelho”.(Marcos 1,15).

Hoje reflicto sobre o que poderia fazer por amor durante o Advento, para que a minha vida se torne mais evangélica.

Quarta-feira, 30 de Novembro: Na escola de São José

Escolhi como advogado e protector o glorioso S. José, e encomendei-me muito a ele. (…) este glorioso Santo socorre em todas [as necessidades]. O Senhor quer, desta maneira, dar-nos a entender o seguinte: assim como Ele lhe obedeceu na terra – se lhe chama pai, embora adoptivo, é porque S. José podia mandar nele –, assim também no Céu faz tudo quanto lhe pede. (Santa Teresa de Jesus Vida 6,6).

Ele, que é de condição divina (…) esvaziou-se a Si mesmo, (…) tomando a condição de servo rebaixou-se a Si mesmo, tornando-Se obediente… (Filipenses 2,6-7).

Peço a São José que nos ensine a viver na obediência à vontade de Deus.

Quinta-feira, 1 de Dezembro: Atravessar águas tumultuosas

Na verdade, reconheço que por mim seria incapaz de, em tão pouco tempo, sair de tão maus costumes e acções. Louvado seja o Senhor, que me libertou de mim mesma. (Santa Teresa de Jesus, Vida 23,1).

Eis o que diz o Senhor (…): “Nada temas, (…) Eu te chamei pelo teu nome; tu és Meu. Se tiveres de atravessar as águas, estarei contigo” (Isaías 43,1-2).

Faço memória das graças de libertação experimentadas por mim e confio ao Senhor a salvação dos meus próximos.

Sexta-feira, 2 de Dezembro: Servir com o coração livre

Mas agradeçamos ao Senhor por nos manter o desejo de O contentar, ainda que as obras sejam fracas. Este modo de trazer Cristo connosco adianta em todos os estados: no primeiro, é um meio muitíssimo seguro para ir aproveitando. (Santa Teresa de Jesus, Vida 12,3).

Assim, também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: ‘Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer’. (Lucas 17,10).

A bondade das nossas acções depende da bondade dos outros para connosco? Até que ponto sou livre para perdoar o meu próximo?

Sábado, 3 de Dezembro: Buscar a Deus mesmo quando Ele parece estar longe

Oh, lembro-me muitas vezes daquela água viva, da qual o Senhor falou à Samaritana! (…) Suplicava muitas vezes ao Senhor que me desse daquela água. (Santa Teresa de Jesus, Vida 30, 19).

Quem beber da água que Eu lhe der, nunca mais terá sede: a água que Eu lhe der há de tornar-se nele em fonte de água que dá a vida eterna. (João 4,14).

Na nossa oração, nunca deixemos de O buscar ardentemente mesmo que Ele pareça ausente.

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Discernimento: a consolação

Outro elemento do discernimento é a consolação; trata-se de uma experiência profunda de alegria interior, tão suave e delicada como uma gota de água que cai numa esponja, mas tão audaz que não se rende às dificuldades, porque faz sentir uma paz mais forte do que a prova. A pessoa sente-se de tal modo envolvida pela presença de Deus, que até a dor dos próprios pecados pode tornar-se motivo de consolação. E, porque a consolação está unida à esperança, faz-nos pôr em ação iniciativas continuamente adiadas ou nem sequer vislumbradas. É, de facto, um dom do Espírito Santo, que nos permite gozar duma profunda familiaridade com Deus, como se vivêssemos em sua casa. Santa Teresa do Menino Jesus, quando visitou Roma aos 14 anos, ao ver um dos cravos da Paixão do Senhor, queria tocá-lo; depois, dando-se conta da audácia, desculpava-se dizendo: «comportava-me como uma criança que pensa que tudo lhe é permitido, considerando os tesouros do Pai como seus». Mas, há também consolações que podem ser falsas; por isso, é importante o discernimento para distinguir as verdadeiras consolações daquelas que nos fecham em nós mesmos, levando-nos a ser indiferentes para com o próximo e afastando-nos de Deus. Não esqueçamos que para encontrar as consolações de Deus, é preciso procurar primeiro o Deus das consolações.

Papa Francisco, Resumo da Audiência Geral, 23 de Novembro, 2023

Catequese completa

https://www.vatican.va/content/francesco/pt/audiences/2022/documents/20221123-udienza-generale.html

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Para chegar à meta

Digo que importa muito, ter uma grande e muito determinada determinação de não parar enquanto não alcançar a meta, surja o que surgir, aconteça o que acontecer, sofra-se o que sofrer, murmure quem murmurar, mesmo que não se tenham forças para prosseguir, mesmo que se morra no caminho ou não suporte os padecimentos que nele há, ainda que o mundo venha abaixo…

Santa Teresa de Jesus

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“Hoje estarás comigo no Paraíso”

Este ladrão roubou o paraíso. Ninguém antes dele ouviu uma promessa semelhante: nem Abraão nem Isaac nem Jacob nem Moisés nem os profetas nem os apóstolos. O ladrão entrou à frente deles todos. Mas também a sua fé ultrapassou a deles. Ele viu Jesus atormentado, e adorou-o como se estivesse na glória. Viu-o pregado a uma cruz, e suplicou-lhe como se o tivesse visto no trono. Viu-o condenado, e pediu-lhe uma graça como se faz a um rei. Ó admirável malfeitor! Viste um homem crucificado, e proclamaste-o Deus!

São João Crisóstomo

 

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Discernimento: por que estamos desolados?

Continuando com o tema do discernimento, deixai que vos fale hoje da desolação, daquele estado de espírito que traz consigo um pouco de insatisfação, uma tristeza salutar, uma sadia capacidade de estar na solidão, de estar connosco mesmos sem fugir. Pois a desolação sacode a alma, mantém-na desperta, favorece a vigilância, convida-nos à gratuidade, a não agir sempre e só para viver consolados. Dá-nos a possibilidade de crescer, iniciar uma relação mais madura e bela com o Senhor e com as pessoas queridas, uma relação que não fique reduzida à mera troca «dou-te para que me dês». Na infância, com frequência íamos procurar os pais para conseguir deles um brinquedo, um doce, uma coisa qualquer; isto é, íamos ter come eles por interesse nosso, e não por eles mesmos. E, no entanto, a prenda maior eram eles, os pais, mas isto só aos poucos é que o compreendemos, ou seja, à medida que fomos crescendo ou mesmo só quando nos faltaram. Passando agora à nossa relação com Deus, o Evangelho mostra-nos muitas vezes Jesus circundado de pessoas que O procuram para conseguirem curas, ajudas materiais, e não simplesmente pelo desejo de estarem com Ele; apesar de circundado pela multidão, estava só. Faz-nos muito bem estar com Jesus, sem outro desejo que não Ele mesmo, exatamente como procedemos com as pessoas que amamos: queremos conhecê-las cada vez melhor, porque é bom estar com elas. Este anseio, esta inquietação interior foi um impulso decisivo para a viragem nas vidas de muitos santos e santas, como Santo Agostinho, Edite Stein, José Cotolengo, Carlos de Foucauld… As decisões importantes têm um preço a pagar; mas um preço que está ao alcance de todos.

Papa Francisco, Resumo da Audiência Geral, 16 de Novembro, 2022

Catequese completa:

https://www.vatican.va/content/francesco/pt/audiences/2022/documents/20221116-udienza-generale.html

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Todos os Fiéis Defuntos da Família Carmelita – 15 de Novembro

Acima de tudo e mais que tudo, pede a Deus, por intercessão do Santo Patriarca São José, a graça da boa morte, porque é a graça das graças, e todas as outras graças sem ela, seriam para ti desgraças. Para alcançar este fim que se torne familiar para ti a jaculatória: “Jesus, José e Maria, expire em paz convosco a alma minha”.

Santo Henrique de Ossó

Oração

Senhor, glória dos fiéis, concedei o descanso eterno aos nossos irmãos e irmãs defuntos, a quem nos une o mesmo Baptismo e a mesma vocação no Carmelo, para que, tendo seguido a Cristo e sua Mãe, possam contemplar-Vos para sempre como seu Criador e Salvador Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amen.

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