A tradição Carmelita reconhece que há no coração humano uma fome muito profunda de Deus. Este desejo e esta ânsia impulsionam-nos ao longo de toda a nossa vida a procurar a realização das aspirações do nosso coração. Esta corrente profunda de desejo na nossa vida é devida ao facto de que Deus nos desejou primeiro. Deus, o primeiro contemplativo, ao contemplar-nos viu que éramos atractivos e encantadores para Si. A tradição Carmelita não fala do aniquilamento do desejo mas da transformação dos desejos, para que desejemos cada vez mais o que Deus deseja em consonância de desejo. Como Teresa de Ávila dizia em simples palavras: “Quero o que Tu queres”.
John Welch, O. Carm.