Criaste-nos para Ti, Senhor

A tradição Carmelita reconhece que há no coração humano uma fome muito profunda de Deus. Este desejo e esta ânsia impulsionam-nos ao longo de toda a nossa vida a procurar a realização das aspirações do nosso coração. Esta corrente profunda de desejo na nossa vida é devida ao facto de que Deus nos desejou primeiro. Deus, o primeiro contemplativo, ao contemplar-nos viu que éramos atractivos e encantadores para Si. A tradição Carmelita não fala do aniquilamento do desejo mas da transformação dos desejos, para que desejemos cada vez mais o que Deus deseja em consonância de desejo. Como Teresa de Ávila dizia em simples palavras: “Quero o que Tu queres”.

John Welch, O. Carm.

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A força transformante da contemplação

Os aspectos da nossa vocação carmelita evidentemente que são muitos, mas estou convencido de que a dimensão contemplativa é crucial. Se a levarmos a sério, as outras dimensões também serão muito mais fecundas. O Carmelo é sinónimo de oração e contemplação. Levamos a cabo a nossa vocação não quando fazemos muitas coisas por Deus, mas quando deixamos que Deus nos transforme. Os nossos modos humanos de pensar, amar e agir converter-se-ão em modos divinos. Veremos a realidade como se fora através dos olhos de Deus e, amaremos, por conseguinte, toda a realidade como se tivéssemos o coração de Deus.

Joseph Chalmers, O. Carm.

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