Deus dá a graça aos humildes

Vi que o orgulho é a fonte de todos os pecados e a humildade a fonte, o fundamento de todas as virtudes. O orgulho fez com que se perdesse o Anjo mais belo: ele caiu por orgulho… Se se tivesse humilhado, tudo aquilo que tinha ter-se-ia tornado ainda mais belo; o orgulho fez dele um demónio. Se Adão e Eva depois de terem pecado se tivessem humilhado, teriam obtido o perdão. O orgulho perde-nos a todos; pelo orgulho a vontade do homem revolta-se contra Deus.

A alma humilde torna-se luz; assim vive na verdade, alcança a Deus e Deus abaixa-se até ela. A humildade é o caminho para chegar às outras virtudes… Oh! Quanto desejo a humildade…! Deus está sempre pronto a perdoar a um pecador que se humilha; olha com mais amor a alma que volta para Ele com humildade, do que para a alma fiel que se compraz nas suas próprias virtudes. Esta última corre o perigo de se perder por orgulho enquanto o pecador obtém a misericórdia humilhando-se.

Santa Maria de Jesus Crucificado

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Deus de toda a consolação

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Não podemos ser mensageiros do consolo de Deus se não experimentarmos primeiro a alegria de ser consolados e amados por Ele. Isto acontece sobretudo quando ouvimos a sua Palavra, o Evangelho, que devemos levar no bolso: não esqueçais isto! O Evangelho no bolso ou na bolsa, para o ler continuamente. E isto dá-nos consolo: quando estamos em oração silenciosa na sua presença, quando nos encontramos com Ele na Eucaristia ou no sacramento do Perdão. Tudo isto nos conforta.

É curioso, mas muitas vezes temos medo do conforto, de ser consolados. Aliás, sentimo-nos mais seguros na tristeza e na desolação. Sabeis porquê? Porque na tristeza quase nos sentimos protagonistas. Na consolação o protagonista é o Espírito Santo! É Ele quem nos consola, é Ele que nos infunde a coragem de sair de nós mesmos. É Ele quem nos leva à fonte de qualquer consolação verdadeira, ou seja, o Pai. Esta é a conversão. Por favor, deixai-vos consolar pelo Senhor! Deixai-vos confortar pelo Senhor!

Papa Francisco

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Vá a Jesus

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Vá a Jesus como ao amigo mais íntimo e conte-lhe tudo o que se passa na sua alma. Ninguém como Ele penetra o seu coração. Ninguém como Ele saberá curar as feridas da sua alma, porque vê com luz e poder infinitos e dá o remédio. Além do mais, ninguém como Jesus o ama tanto, uma vez que deu a Sua vida para dar-lhe o Céu. 

Santa Teresa dos Andes

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Advento

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A palavra Advento vem do latim e significa “chegada”, “aproximação”, “vinda”. No Ano Litúrgico, o Advento é um tempo de preparação para a celebração da segunda maior festa cristã: o Natal do Senhor. Neste tempo, celebramos duas verdades da nossa fé: a primeira vinda (o nascimento de Jesus em Belém) e a segunda vinda de Jesus (a Parusia). Assim, a Igreja comemora a vinda do Filho de Deus entre os homens (aspecto histórico) e vive a alegre expectativa da sua segunda vinda, em poder e glória, em dia e hora desconhecidos para nós.

O Advento é constituído por quatro semanas e, por isso, quatro Domingos celebrativos. O terceiro Domingo do Advento é chamado Domingo da alegria (gaudete, em latim) por causa da antífona da entrada da Missa (Alegrai-vos sempre no Senhor), mostrando a alegria da proximidade da celebração do Natal.

Duas personagens bíblicas ganham destaque na celebração do Advento: Maria e João Baptista. Ela porque foi escolhida por Deus para ser a Mãe do Salvador, e ele porque foi chamado para ser o precursor do Messias. Ela torna-se modelo do coração que sabe acolher a Palavra de Deus e gerar Jesus. Ele torna-se modelo de uma vida que sabe esperar nas promessas de Deus e agir anunciando e preparando a chegada da salvação.

A espiritualidade do Advento é marcada por algumas atitudes básicas: a preparação para receber Jesus, a oração e a vivência da esperança cristã. A preparação para receber o Senhor dá-se através da vivência da conversão e da ascese. Precisamos de ter um olhar atento sobre nós próprios e a realidade que nos cerca e empenhar-nos para correspondermos e estar em sintonia com a acção do Espírito de Deus que renova todas as coisas.

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Permanecei em mim

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Permanecei em mim.” É o próprio Verbo de Deus que dá esta ordem, e que exprime esta vontade. Morai em mim, não por alguns instantes, algumas horas que têm de passar, mas “morai…” num modo permanente, habitual. Permanecei em mim, orai em mim, adorai em mim, amai em mim, sofrei em mim, trabalhai, agi em mim. Permanecei em mim quando vos apresentardes a qualquer pessoa ou fizerdes qualquer coisa, penetrai sempre cada vez mais nesta profundidade. Esta é, então, verdadeiramente, a “solidão, a que Deus quer atrair a alma para lhe falar”, como o cantava o profeta.

Santa Isabel da Trindade

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Os evangelhos

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Os quatro Evangelhos são o álbum de fotografias do novo povo de Deus. Neles os primeiros cristãos conservaram para nós as fotos mais bonitas de Jesus. Eles conservavam as palavras de Jesus não como palavras de alguém do passado. Para eles, Jesus não era uma pessoa falecida de saudosa memória, mas alguém bem vivo no meio deles. Quando liam ou ouviam as palavras do Evangelho, não as escutavam como se fossem palavras de 20 ou 30 anos atrás, gravadas numa fita, porém, como palavras que este Jesus, vivo e presente, se dirigia a eles naquele momento.

Carlos Mesters, O. Carm.

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Não nos deixeis cair em tentação

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Sabemos bem como somos fracos de vontade e quanto necessitamos da força da graça para conseguirmos vencer as tentações que nos assaltam, os perigos que nos cercam e as tendências que nos inclinam para o mal. Por isso, Jesus Cristo nos ensinou a pedir ao Pai: “Não nos deixeis cair em tentação”. 

Serva de Deus Irmã Lúcia de Jesus

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Festa de todos os santos carmelitas – 14 de Novembro

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Os Santos do Carmelo são uma grande multidão de irmãos que consagraram a sua vida a Deus, seguindo o caminho de Cristo, nos braços da Virgem Maria em oração constante e amor aos irmãos, a ponto de muitos terem bordado com o vermelho do seu sangue a branca capa do hábito da Mãe do Carmo, entregando a sua vida como mártires do Evangelho.

Eremitas no Monte Carmelo, mendicantes na Idade Média, missionários e evangelizadores nas Descobertas, mestres e pregadores nas universidades, religiosas que enriqueceram o povo com a misteriosa fecundidade da sua vida contemplativa, apostólica e orante, leigos que nas suas vidas souberam incarnar com sabedoria a suavidade do espírito do Carmelo. Esta é a grande família do Carmo que, enquanto peregrina, se dedicou à oração constante e à caridade permanente, e, tendo terminado a sua prova, nos deixou o exemplo. Agora, os nossos irmãos, os santos do Carmo, chamam-nos enquanto cantam sem cessar ao Cordeiro Imaculado, vestidos de capas brancas. Contemplamos hoje esta multidão imensa de quantos Deus conduziu à Montanha Santa do Carmo para lhes fazer saborear, já nesta pátria passageira, as delícias da oração, o gozo da vida do Céu e os inumeráveis frutos da árvore da Vida.

Que o exemplo de todos estes santos seja para nós um estímulo a vivermos inebriados pelo espírito do Carmo no seguimento de Cristo e na imitação da nossa Rainha, Mãe e Irmã, a Flor do Carmelo. Padroeira, Esperança e Estrela dos Carmelitas que já reinam no Céu e dos que ainda peregrinamos na terra.

Oração

Nós vos pedimos, Senhor, que nos assistam com a sua protecção a Virgem Maria, Mãe e Rainha do Carmelo e todos os Santos da família do Carmo, para que, seguindo fielmente os seus exemplos sirvamos a vossa Igreja com a oração e com obras dignas de Vós. Por Cristo Nosso Senhor.

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