São João da Cruz – 14 de Dezembro

Estas indicações sobre as obras principais do santo ajudam-nos a aproximar-nos dos pontos salientes da sua vasta e profunda doutrina mística, cuja finalidade é descrever um caminho seguro para alcançar a santidade, a condição de perfeição à qual Deus chama todos nós. Segundo João da Cruz, tudo o que existe, criado por Deus, é bom. Através das criaturas, nós conseguimos chegar à descoberta daquele que nelas deixou um vestígio de Si. De qualquer modo, a fé é a única fonte confiada ao homem para conhecer Deus como Ele é em si mesmo, como Deus Uno e Trino. Tudo o que Deus queria comunicar ao homem, disse-o em Jesus Cristo, a sua Palavra que se fez carne. Jesus Cristo é o único e definitivo caminho para o Pai (cf. Jo 14, 6). Qualquer coisa criada nada é em comparação com Deus, e nada vale fora dele: por conseguinte, para alcançar o amor perfeito de Deus, todos os outros amores devem conformar-se em Cristo com o amor divino. Daqui deriva a insistência de São João da Cruz sobre a necessidade da purificação e do esvaziamento interior para se transformar em Deus, que é a única meta da perfeição. Esta «purificação» não consiste na simples falta física das coisas ou do seu uso; o que torna a alma pura e livre, ao contrário, é eliminar toda a dependência desordenada das coisas. Tudo deve ser inserido em Deus como centro e fim da vida. Sem dúvida, o longo e cansativo processo de purificação exige o esforço pessoal, mas o verdadeiro protagonista é Deus: tudo o que o homem pode fazer é «dispor-se», estar aberto à obra divina e não lhe pôr obstáculos. Vivendo as virtudes teologais, o homem eleva-se e valoriza o próprio compromisso. O ritmo de crescimento da fé, da esperança e da caridade caminha a par e passo com a obra de purificação e com a união progressiva com Deus, até se transformar nele. Quando alcança esta meta, a alma imerge-se na própria vida trinitária, e São João afirma que ela consegue amar a Deus com o mesmo amor com que Ele a ama, porque a ama no Espírito Santo. Eis por que motivo o Doutor místico afirma que não existe verdadeira união de amor com Deus, se não culmina na união trinitária. Neste estado supremo a alma santa conhece tudo em Deus e já não deve passar através das criaturas para chegar a Ele. A alma já se sente inundada pelo amor divino e alegra-se completamente nele.

Bento XVI, Audiência Geral, 16 de Fevereiro de 2011

Há muito que aprofundar em Cristo

Por mais mistérios e maravilhas que tenham descoberto os santos Doutores e entendido as almas santas neste estado de vida, o melhor fica-lhes por dizer e até por entender. Efectivamente, há muito que aprofundar em Cristo, porque Ele é como uma mina abundante com muitas cavidades cheias de tesouros, que por mais que afundem nunca lhes encontram fim nem termo, antes em cada cavidade vão encontrando novas veias de novas riquezas.

São João da Cruz

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Temos de recuperar a oração

Há uma realidade muito importante que nos pode salvar do vazio e do desespero, é a comunicação com Deus, a oração. É a oração que temos de recuperar, é uma tragédia que as pessoas ao menos não o tentem. Havendo tantos testemunhos de que a oração é o estar ligado por dentro e que nos salva, como é que há tantas pessoas que insistem em não tentar, em orgulhosamente afirmar não precisarem disso? Quando afinal andam a precisar absolutamente do encontro com o transcendente!

Vasco P. Magalhães, sj

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Acto de veneração à Imaculada Conceição

Oh Maria Imaculada, reunimo-nos mais uma vez junto de ti. Quanto mais caminhamos na vida mais aumenta a nossa gratidão para com Deus, por nos ter dado como mãe a nós que somos pecadores, a ti, que és a Imaculada Conceição.

De entre todos os seres humanos, tu és a única preservada do pecado, enquanto mãe de Jesus Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Mas este teu singular privilégio foi-te dado para o bem de todos nós, teus filhos. Com efeito, olhando para ti, vemos a vitória de Cristo, a vitória do amor de Deus sobre o mal: onde abundava o pecado, isto é no coração humano, superabundou a graça, pelo manso poder do sangue de Jesus.

Tu, Mãe, recorda-nos que somos pecadores, mas já não somos escravos do pecado! O teu Filho, com o seu Sacrifício, quebrou o domínio do mal, venceu o mundo. Isto proclama a todas as gerações o teu límpido coração como o céu onde o vento dissipou todas as nuvens. E assim tu nos lembras que não é a mesma coisa ser pecadores e ser corruptos: é bem diferente. Uma coisa é cair, mas depois arrepender-se, levantar-se com a ajuda da misericórdia de Deus. Outra coisa é a conivência hipócrita com o mal, a corrupção do coração, que por fora se mostra impecável, mas por dentro, está cheio de más intenções e egoísmos mesquinhos. A tua límpida pureza chama-nos à sinceridade, à transparência, à simplicidade. Quanto precisamos de ser libertados da corrupção do coração, que é o perigo mais grave! Isto parece-nos impossível, por tanto nos termos acostumado e no entanto está ao alcance da nossa mão. Basta levantar o olhar para o teu sorriso de Mãe, para a tua beleza incontaminada, para sentir novamente que não somos feitos para o mal, mas para o bem, para o amor, para Deus!

Por isso, ó Virgem Maria, confio-te hoje todos os que, nesta cidade e em todo o mundo, são oprimidos pela desconfiança, pelo desencorajamento por causa do pecado; para quantos pensam que já não há mais esperança para eles, que as suas culpas são muitas e demasiado grandes, e que Deus não tem tempo para perder com eles. Entregos-te a ti, porque tu não só és mãe e, como tal, nunca deixas de amar os teus filhos, mas és também a Imaculada, a cheia de graça, e podes reflectir até nas trevas mais densas um raio da luz de Cristo Ressuscitado. Ele, e só Ele, quebra as correntes do mal, liberta das dependências mais implacáveis, desfaz os laços mais criminosos, enternece os corações mais endurecidos. E se isto acontece dentro das pessoas, como muda a face da cidade! Nos pequenos gestos e nas grandes decisões, os círculos viciosos, pouco a pouco, tornam-se virtuosos, a qualidade de vida melhora e o clima social torna-se mais respirável.

Damos-te graças, Mãe Imaculada, por nos lembrar que, pelo amor de Jesus Cristo, nós não somos mais escravos do pecado, mas livres, livres para amar, para nos querermos bem, para nos ajudarmos como irmãos, ainda que sejamos diferentes entre nós – graças a Deus diferentes entre nós!

Obrigado porque, com a tua candura, encoraja-nos a não nos envergonharmos do bem, mas do mal; ajuda-nos a ter bem longe de nós o maligno, que nos atrai com o engano, arrastando-nos para espirais de morte; dá-nos a doce lembrança de que somos filhos de Deus, Pai de imensa bondade, eterna fonte de vida, de beleza e de amor. Amen.

Papa Francisco, Praça de Espanha, Roma, 8 de Dezembro, 2019

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Só em ti, Senhor, repousa a minha alma

– Há dentro de nós uma espécie de horror ao vazio, que só o amor e Deus afinal podem preencher. Mas, desgraçadamente, tantas vezes fugimos de Deus e tentamos encher esse vazio. Enganamo-nos, enchemo-nos de coisas, de ruído, de vistas, de programas uns atrás dos outros, de compras. Enchemos os sentidos, enchemo-nos de sensações e perdemos o essencial.

– Existe um mistério dentro do homem, que, por um lado, deseja e tem uma imensa saudade de Deus e do amor, e é isso que no fundo nos define, somos esse desejo de infinito. Mas, por outro lado, o envolvimento imediato, a pressa, a ansiedade, o pecado, todas estas coisas desordenadas dentro de nós próprios, parece que afogam a nossa identidade mais essencial.

Vasco P. Magalhães, sj

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Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria – 8 de Dezembro

– Celebramos hoje uma das festas mais bonitas e populares da Bem-Aventurada Virgem: a Imaculada Conceição. Maria não só não cometeu pecado algum, mas foi preservada até da herança comum do género humano que é o pecado original. E isto devido à missão para a qual Deus a destinou desde o início: ser a Mãe do Redentor. Tudo isto está contido na verdade da fé da “Imaculada Conceição”. O fundamento bíblico deste dogma encontra-se nas palavras que o Anjo dirigiu à jovem de Nazaré: “Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo” (Lc 1, 28).

“Cheia de graça” no original grego kecharitoméne é o nome mais bonito de Maria, nome que lhe foi conferido pelo próprio Deus, para indicar que ela é desde sempre e para sempre a amada, a eleita, a predestinada para acolher o dom mais precioso, Jesus, “o amor encarnado de Deus” (Enc. Deus caritas est, 12).

Podemos perguntar: por que, entre todas as mulheres, Deus escolheu precisamente Maria de Nazaré? A resposta está escondida no mistério insondável da vontade divina. Contudo há uma razão que o Evangelho ressalta: a sua humildade (Bento XVI, Angelus, 8 de Dezembro, 2006)

– O Evangelho de São Lucas apresenta-nos Maria, uma jovem de Nazaré, pequena localidade da Galileia, nos arrabaldes do império romano e também na periferia de Israel. Um pequeno povoado. E no entanto, sobre ela, uma jovem daquela aldeia pequena e longínqua, sobre ela pousou-se o olhar do Senhor, que a escolheu para ser a Mãe do seu Filho. Em vista desta maternidade, Maria foi preservada do pecado original, ou seja, daquela ruptura na comunhão com Deus, com os outros e com a criação que fere cada ser humano em profundidade. Mas esta ruptura foi curada antecipadamente na Mãe daquele que veio para nos libertar da escravidão do pecado. A Imaculada está inscrita no desígnio de Deus; é fruto do amor de Deus que salva o mundo. E Nossa Senhora nunca se afastou daquele amor: a sua vida inteira, todo o seu ser constitui um «sim» àquele amor, é um «sim» a Deus. …

Então na festa hodierna, contemplando a nossa bela Mãe Imaculada, reconhecemos inclusive o nosso destino mais autêntico, a nossa vocação mais profunda: sermos amados, sermos transformados pelo amor, sermos transformados pela beleza de Deus (Papa Francisco, Angelus, 8 de Dezembro de 2013).

– Hoje celebramos a solenidade de Maria Imaculada, que se enquadra no contexto do Advento, um tempo de espera: Deus cumprirá o que prometeu. Mas na festa de hoje é-nos dito que algo  foi feito, na pessoa e na vida da Virgem Maria. Hoje consideramos o início deste cumprimento, que existe ainda antes do nascimento da Mãe do Senhor. De facto, a sua imaculada conceição leva-nos àquele preciso momento em que a vida de Maria começou a palpitar no seio materno: já existia o amor santificador de Deus, preservando-a do contágio do mal que é a herança comum da família humana.

No Evangelho de hoje ressoa a saudação do Anjo a Maria: «Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo» (Lc 1, 28). Deus sempre a pensou  e a quis, no seu desígnio inescrutável, como uma criatura cheia de graça, isto é, cheia do seu amor. Mas para estar repleto, é preciso encontrar espaço, esvaziar-se, pôr-se de lado. Precisamente como fez Maria, que soube pôr-se à escuta da Palavra de Deus e confiar totalmente na sua vontade, aceitando-a sem reservas na sua vida. A ponto que nela o Verbo se fez carne. Isto foi possível graças ao seu “sim”. Ao Anjo que lhe pede para estar pronta para se tornar Mãe de Jesus, Maria responde: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra» (v. 38) (Papa Francisco, Angelus, 8 de Dezembro, 2019).

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Advento. Orar em cada dia da semana 2

Domingo, 8 de Dezembro: Imaculada Conceição.

– «Nascer num mundo nascente, visto que o Pai continua a gerar o Seu Filho com todos os Seus membros, todos os prolongamentos cósmicos do Seu Corpo».

– «Salvé, ó cheia de graça, o Senhor está contigo» (Lc 1, 28 ).

– Faço minha a palavra da Virgem: ‘Faça-se em mim segundo a tua palavra’.

Segunda-feira, 9 de Dezembro: receber a alegria de Deus.

– «O verdadeiro apaixonado por Deus continua a caminhar por montes e vales sem medo de se arranhar nos picos ou nas rochas».

– «Aí está o vosso Deus!» (Is 40, 8).

– Decido viver o sacramento da reconciliação para dar a Deus alegria de me acolher.

Terça-feira, 10 de Dezembro: partilhar o jugo.

– «Cristo traduziu a fragilidade física da criança pela humildade do coração».

– «Sou manso e humilde de coração» (Mt 11, 29).

– Deponho o meu fardo entre as mãos de Cristo que o leva comigo, Ele que já o pôs às costas e me espera.

Quarta-feira, 11 de Dezembro: na mão de Jesus.

– «Jesus, Filho por natureza, veio procurar-nos na terra para nos conduzir ao Pai».

– «Tomo-te pela mão e digo-te : ‘Não tenhas medo. Eu mesmo te ajudarei» (Is 41, 13).

– Seja qual for a violência que te habita, deixa-te tomar pela mão do Senhor. Ele prepara o teu coração para acolher a Sua vinda.

Quinta-feira, 12 de Dezembro: entrar no projecto do Senhor.

– «O Verbo espera o nosso sim, um pouco como esperou o sim da Virgem Maria antes de Se incarnar no seu seio».

– «Quanto a Maria, conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração» (Lc 2, 19).

– Concentro toda a minha atenção em acolher com boas-vindas aqueles que encontro.

Sexta-feira, 13 de Dezembro: com São João da Cruz

– «Pela incarnação, rompeu-se um dique e as vagas do amor de Deus passaram sobre nós».

– «É assim que a vou seduzir : ao deserto a conduzirei, para lhe falar ao coração…» (Oseias 2, 16).

– Com Elias, São João da Cruz e todos os grandes orantes, escuta Deus que te fala ao coração… com João Baptista e todos os santos, assinala a tua vida.

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Advento. Orar em cada dia da semana 1

Domingo, 1 de Dezembro: viver em estado de vigilância

Vigiar não significa ter materialmente os olhos abertos, mas ter o coração livre e voltado para a direcção justa, isto é, disposto à doação e ao serviço. O sono do qual devemos despertar é constituído pela indiferença, pela vaidade, pela incapacidade de instaurar relações genuinamente humanas, de cuidar do irmão sozinho, abandonado ou doente. A espera de Jesus que vem, portanto, deve se traduzir num compromisso de vigilância. Trata-se, antes de tudo, de maravilhar-se diante da acção de Deus, das suas surpresas, e de lhe dar a primazia. Vigilância significa também, concretamente, estar atentos ao nosso próximo em dificuldade, deixar-se interpelar pelas suas necessidades, sem esperar que ele ou ela nos peçam ajuda, mas aprender a prevenir, a antecipar, como faz sempre Deus connosco (Papa Francisco, Angelus, 1 de Dezembro, 2019).

Segunda-feira, 2 de Dezembro: ousar ter confiança

«Maria, dois mil anos depois continua a inclinar-se do alto sobre todas as misérias da terra para nos consolar e para nos curar.»

«Senhor, eu creio! Aumenta a minha pouca fé!» (Mc 9, 2).

Como eco à fé do centurião faço um acto de fé, de confiança, de abandono à infinita ternura de Deus.

Terça-feira, 3 de Dezembro: abrir-se à acção da graça

«A Virgem apreciará a nossa oração apresentando-a ela mesma a Deus… Ela nos ensinará a orar como ela própria rezava ao Pai, com muito silêncio.»

«E Deus viu que isto era bom.» (Gn 1,10).

Dou graças pelo que foi bom e belo neste meu dia.

Quarta-feira, 4 de Dezembro: abrir a Fonte

«Todo o esforço humano deve consistir em se dispor a receber sempre essas natividades que vêm do Alto e nos transformam, de luz em luz.»

«A minha alma tem sede de ti, todo o meu ser anela por ti, como terra árida, exausta e sem água.» (Sal 62, 2).

Na oração deixo que venha ao de cima a profunda espera que me habita.

Quinta-feira, 5 de Dezembro: apoiar-me sobre a rocha

«Maria nutriu-se da Escritura em profundidade.»

«Tu és o meu rochedo e a minha fortaleza!» (Sal 30, 4).

Questiono-me: sobre que rocha construí a minha vida? Que Palavra de Deus é, na minha vida, o sólido fundamento?

Sexta-feira, 6 de Dezembro : invocar o Seu auxílio

«Ela será, até ao fim ‘aquela que crê’, até aos pés da cruz.»

«Na verdade, Ele tomou sobre Si as nossas doenças, carregou as nossas dores.» (Is 53, 4).

De todo o meu coração clamo ao Senhor o medo, a angústia, o sofrimento que me habitam, com simplicidade e confiança.

Sábado, 7 de Dezembro : decidir sob o Seu olhar

«A Virgem pensa mais em ‘deixar que se faça’ através dela – sem deixar que se misture nem que seja um pouco de si mesma – do que em ‘fazer’».

«A lei do Senhor é perfeita, reconforta o espírito; as ordens do Senhor são firmes, dão sabedoria ao homem simples.» (Sal 18B, 8).

Decido habituar-me a orar antes de tomar qualquer decisão importante.

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Advento

– No Advento, o povo cristão revive o duplo movimento do espírito: por um lado, eleva o olhar rumo à meta final da sua peregrinação na história, que é a vinda gloriosa do Senhor Jesus; por outro, recordando com emoção o seu nascimento em Belém, inclina-se diante do Presépio. A esperança dos cristãos orienta-se para o futuro, mas permanece sempre bem arraigada num acontecimento do passado. Na plenitude dos tempos, o Filho de Deus nasceu da Virgem Maria: “Nasceu de uma mulher, submetido à lei”, como escreve o Apóstolo Paulo (Gl 4, 4) (Bento XVI, Angelus, 27 de Novembro de 2005 ).

– No Advento a liturgia repete-nos com frequência e garante-nos, quase que a vencer a nossa natural desconfiança, que Deus “vem”: vem para estar connosco, em qualquer situação; vem para habitar no meio de nós, para viver connosco e em nós; vem preencher as distâncias que nos dividem e nos separam; vem para nos reconciliar com Ele e entre nós. Vem à história da humanidade, bater à porta de cada homem e mulher de boa vontade, para dar aos indivíduos, às famílias e aos povos o dom da fraternidade, da concórdia e da paz. Por isso, o Advento é por excelência o tempo da esperança, no qual os crentes em Cristo são convidados a permanecer em expectativa vigilante e laboriosa, alimentada pela oração e pelo compromisso efectivo do amor. Que o aproximar-se do Natal de Cristo encha os corações de todos os cristãos de alegria, de serenidade e de paz! (Bento XVI, Angelus, 3 de Dezembro, 2006).

– Hoje começa o Advento, o tempo litúrgico que nos prepara para o Natal, convidando-nos a elevar o olhar e abrir o coração para receber Jesus. No Advento não vivemos unicamente a expectativa do Natal; somos convidados também a despertar a expectativa da vinda gloriosa de Cristo — quando, no fim dos tempos, Ele há-de voltar — preparando-nos para o encontro final com Ele, mediante escolhas coerentes e corajosas. Recordamos o Natal, esperamos a vinda gloriosa de Cristo e inclusive o nosso encontro pessoal: o dia em que o Senhor chamará. Durante estas quatro semanas, somos chamados a abandonar um modo de viver resignado e habitual, e a sair alimentando esperanças, nutrindo sonhos para um novo futuro (Papa Francisco, Angelus, 2 de Dezembro, 2018).

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Ele está no meio de nós

Vivo tão familiarmente unida a Jesus, que para mim não há diferença alguma entre o tempo em que Ele viveu na terra e a vida do sacrário. Ali o encontro e, como Madalena, escuto as Suas palavras de Vida.

Santa Teresa dos Andes

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Jesus é o Livro vivo

Sua Majestade (Jesus) foi o Livro verdadeiro onde vi as Verdades. Bendito seja tal Livro, que deixa impresso o que se há-de ler e fazer, de maneira que não se pode esquecer.

Santa Teresa de Jesus

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