Domingo, 1 de Dezembro: viver em estado de vigilância
Vigiar não significa ter materialmente os olhos abertos, mas ter o coração livre e voltado para a direcção justa, isto é, disposto à doação e ao serviço. O sono do qual devemos despertar é constituído pela indiferença, pela vaidade, pela incapacidade de instaurar relações genuinamente humanas, de cuidar do irmão sozinho, abandonado ou doente. A espera de Jesus que vem, portanto, deve se traduzir num compromisso de vigilância. Trata-se, antes de tudo, de maravilhar-se diante da acção de Deus, das suas surpresas, e de lhe dar a primazia. Vigilância significa também, concretamente, estar atentos ao nosso próximo em dificuldade, deixar-se interpelar pelas suas necessidades, sem esperar que ele ou ela nos peçam ajuda, mas aprender a prevenir, a antecipar, como faz sempre Deus connosco (Papa Francisco, Angelus, 1 de Dezembro, 2019).
Segunda-feira, 2 de Dezembro: ousar ter confiança
«Maria, dois mil anos depois continua a inclinar-se do alto sobre todas as misérias da terra para nos consolar e para nos curar.»
«Senhor, eu creio! Aumenta a minha pouca fé!» (Mc 9, 2).
Como eco à fé do centurião faço um acto de fé, de confiança, de abandono à infinita ternura de Deus.
Terça-feira, 3 de Dezembro: abrir-se à acção da graça
«A Virgem apreciará a nossa oração apresentando-a ela mesma a Deus… Ela nos ensinará a orar como ela própria rezava ao Pai, com muito silêncio.»
«E Deus viu que isto era bom.» (Gn 1,10).
Dou graças pelo que foi bom e belo neste meu dia.
Quarta-feira, 4 de Dezembro: abrir a Fonte
«Todo o esforço humano deve consistir em se dispor a receber sempre essas natividades que vêm do Alto e nos transformam, de luz em luz.»
«A minha alma tem sede de ti, todo o meu ser anela por ti, como terra árida, exausta e sem água.» (Sal 62, 2).
Na oração deixo que venha ao de cima a profunda espera que me habita.
Quinta-feira, 5 de Dezembro: apoiar-me sobre a rocha
«Maria nutriu-se da Escritura em profundidade.»
«Tu és o meu rochedo e a minha fortaleza!» (Sal 30, 4).
Questiono-me: sobre que rocha construí a minha vida? Que Palavra de Deus é, na minha vida, o sólido fundamento?
Sexta-feira, 6 de Dezembro : invocar o Seu auxílio
«Ela será, até ao fim ‘aquela que crê’, até aos pés da cruz.»
«Na verdade, Ele tomou sobre Si as nossas doenças, carregou as nossas dores.» (Is 53, 4).
De todo o meu coração clamo ao Senhor o medo, a angústia, o sofrimento que me habitam, com simplicidade e confiança.
Sábado, 7 de Dezembro : decidir sob o Seu olhar
«A Virgem pensa mais em ‘deixar que se faça’ através dela – sem deixar que se misture nem que seja um pouco de si mesma – do que em ‘fazer’».
«A lei do Senhor é perfeita, reconforta o espírito; as ordens do Senhor são firmes, dão sabedoria ao homem simples.» (Sal 18B, 8).
Decido habituar-me a orar antes de tomar qualquer decisão importante.