– Há dentro de nós uma espécie de horror ao vazio, que só o amor e Deus afinal podem preencher. Mas, desgraçadamente, tantas vezes fugimos de Deus e tentamos encher esse vazio. Enganamo-nos, enchemo-nos de coisas, de ruído, de vistas, de programas uns atrás dos outros, de compras. Enchemos os sentidos, enchemo-nos de sensações e perdemos o essencial.
– Existe um mistério dentro do homem, que, por um lado, deseja e tem uma imensa saudade de Deus e do amor, e é isso que no fundo nos define, somos esse desejo de infinito. Mas, por outro lado, o envolvimento imediato, a pressa, a ansiedade, o pecado, todas estas coisas desordenadas dentro de nós próprios, parece que afogam a nossa identidade mais essencial.
Vasco P. Magalhães, sj