O nascimento de Jesus

Um decreto do imperador César Augusto que ordenava o recenseamento geral na localidade de nascimento, leva de Nazaré até Belém José e Maria, que se encontrava grávida. Procuram alojamento, mas não encontram, e têm de se abrigar num estábulo. É aqui que nasce o Criador do universo! O Natal é um grande apelo à humildade, caminho que nos conduz a Deus; e precisamente porque nos conduz a Deus, leva-nos também ao essencial da vida. O Menino nasce e um anjo foi anunciá-l’O aos pastores, pessoas humildes que no seu íntimo são conscientes da própria insuficiência e, por isso mesmo, confiam em Deus. São eles os primeiros a ver Deus feito homem e este encontro muda-os completamente. Dirigem-se ao presépio também os Magos, representando todos os que na história procuram Deus e se põem a caminho para O encontrar. Os Magos podiam até ser grandes, segundo a lógica do mundo, mas fazem-se pequenos, humildes, e assim conseguiram encontrar Jesus e adorá-l’O, reconhecendo n’Ele o seu Deus.
Queridos irmãos e irmãs, o nascimento de Jesus é um acontecimento universal. Convido todos os homens e mulheres a virem à gruta de Belém, para adorar o Filho de Deus humanado. Os lugares da primeira fila pertencem aos pobres. Porém, há espaço para todos, incluindo os que não têm fé ou são contrários à religião. Ressoa lá o anúncio da paz. (Resumo da Audiência Geral do Papa Francisco, 22 de Dezembro, 2021).

Catequese completa sobre “O nascimento de Jesus”

https://www.vatican.va/content/francesco/pt/audiences/2021/documents/papa-francesco_20211222_udienza-generale.html

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Senhora da Visitação

Senhor, neste 4º Domingo do Advento
já avistamos a grande Luz do Natal!
Os nossos passos seguem o rasto luminoso
da visita de Maria à sua prima Isabel.
Ela, que recebeu o dom mais precioso,
pôs-se imediata e apressadamente
a caminho para te servir e levar a todos.
Que o exemplo luminoso de Maria,
Nossa Senhora da Visitação,
nos guie e ilumine, nestes dias e sempre,
para levarmos a todos a luz do teu amor,
e os contagiarmos com a alegria de Cristo.
Que os nossos familiares e amigos,
possam encontrar-te verdadeiramente,
e tu sejas sempre a luz das suas vidas.
Amén.

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Olhemos para o presépio

O presépio é uma escola de vida, da qual podemos aprender o segredo da verdadeira alegria. Ela não consiste em ter muitas coisas, mas em sentir-se amado pelo Senhor, em fazer-se dom para os outros e em querer-se bem. Olhemos para o presépio: Nossa Senhora e São José não parecem ser uma família coroada de êxito; tiveram o seu primogénito entre grandes indigências; contudo estão repletos de alegria interior, porque se amam, se ajudam e sobretudo porque estão certos de que na sua história é Deus quem age, o Qual se fez presente no pequenino Jesus. E os pastores? Que motivo teriam para se alegrar? Aquele recém-nascido não mudará certamente a sua condição de pobreza nem de marginalização. Mas a fé ajuda-os a reconhecer no “menino envolvido em panos, e colocado numa manjedoura” o “sinal” do cumprir-se das promessas de Deus para todos os homens “que Ele ama” (cf. Lc 2, 12-14), também para eles!

Bento XVI, Angelus, 13 de Dezembro, 2009

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Do Advento ao Natal – Semana 4

Estamos à porta do Natal. Esta é a última etapa do Advento para lá chegarmos. Que esta quarta proposta de preparação nos ajude a receber Jesus, o “Emanuel”, Deus connosco, com muita Alegria e Confiança porque “Não posso temer um Deus que Se fez tão pequeno por mim… Amo-O!” (Santa Teresinha do Menino Jesus).

Domingo, 19 de Dezembro: «Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?» (Lc 1, 43).

Oração: Infundi, Senhor, a vossa graça em nossas almas, para que nós, que pela anunciação do Anjo conhecemos a encarnação de Cristo, vosso Filho, pela sua paixão e morte na cruz alcancemos a glória da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amen.

Segunda-feira, 20 de Dezembro: dar carne à Palavra. «Vais conceber e dar à luz um Filho» (Lc 1,31).

Respondo ao que a Palavra suscita em mim, concretizando um gesto da Escritura.

Terça-feira, 21 de Dezembro: uma experiência de amor. «O Senhor, teu Deus, está no meio de ti como poderoso salvador! Ele exulta de alegria por tua causa.» (Sof 3,17).

Hoje ofereço-me a Deus na oração e deixo que Ele me ame.

Quarta-feira, 22 de Dezembro: viver com Maria. «Maria ficou com Isabel» (Lc 1,46).

Coloco o meu coração muito próximo do de Maria em todos os mais pequenos gestos do meu dia, para que neles ressoe o louvor.

Quinta-feira, 23 de Dezembro: acolher a obra de Deus. «Não; há-de chamar-se João.» (Lc 1, 60).

Renovo o meu olhar sobre todos os que me rodeiam pedindo a graça de ver Deus a operar em cada um como em mim mesmo, e de rejeitar resolutamente aquilo que O desfigura.

Sexta-feira, 24 de Dezembro: inscrever-me numa filiação divina. «Eu serei para ele um Pai e ele será para mim um filho.» (2S7,14).

Demoro-me a considerar profundamente o meu coração de filho de Deus, e entrego-o com confiança nas mãos de Jesus.

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As dúvidas são “vitaminas da fé”

Katerina, falaste-nos das tuas frequentes dúvidas de fé. Quero dizer a ti e a todos vós: não tenhais medo das dúvidas, porque não são faltas de fé. Não tenhais medo das dúvidas. Antes pelo contrário, as dúvidas são «vitaminas da fé»: ajudam a robustecê-la, tornando-a mais forte, ou seja, mais consciente, fazem-na crescer, tornam-na mais livre, mais madura. Tornam-na mais disposta a pôr-se a caminho, a seguir em frente com humildade, dia após dia. Ora a fé é precisamente isto: um caminho quotidiano com Jesus, que nos leva pela mão, acompanha, encoraja e, quando caímos, levanta-nos. Nunca Se amedronta. É como uma história de amor, onde se avança sempre juntos, dia a dia; e contudo sobrevêm, como numa história de amor, momentos em que há necessidade de se interrogar, de superar as dúvidas. E é útil, faz subir o nível do relacionamento. Isto é muito importante para vós, porque não podeis trilhar o caminho da fé às cegas, mas dialogai com Deus, com a própria consciência e com os outros.

Encontro do Papa Francisco com os  jovens, Atenas, 6 de Dezembro, 2021

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São José, homem do silêncio

São José, homem do silêncio,
vós que no Evangelho não proferistes palavra alguma,
ensinai-nos a jejuar de palavras vãs,
a redescobrir o valor das palavras que edificam,
encorajam, consolam e apoiam.
Estai próximo de quantos sofrem
por causa das palavras que ferem,

como as calúnias e as maledicências,
e ajudai-nos a unir sempre as acções às palavras.
Amen.

Catequese do Papa Francisco sobre São José, 15 de Dezembro, 2021: “São José, homem do silêncio”:

https://www.vatican.va/content/francesco/pt/audiences/2021/documents/papa-francesco_20211215_udienza-generale.html

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São João da Cruz – 14 de Dezembro

João da Cruz nasceu em Fontiveros, província de Ávila, na Espanha, pelo ano de 1542. Sendo professo e presbítero na Ordem do Carmo, foi o primeiro que, a partir de 1568, persuadido por Santa Teresa de Jesus, se declarou a favor da reforma da sua Ordem, tendo suportado, por isso, inumeráveis sofrimentos e trabalhos. Como revelam os seus escritos, buscando uma vida escondida em Cristo e deixando-se abrasar na chama do amor de Deus, subiu através da noite escura da alma ao monte de Deus. Morreu em Úbeda, na Andaluzia, região da Espanha, no dia 14 de Dezembro de 1591, com grande fama de santidade e sabedoria. É um dos grandes mestres e testemunhas da experiência mística. As suas obras “Subida do Monte Carmelo”, “Noite Escura”, “Cântico Espiritual” e “Chama de Amor Viva”, valem-lhe o título de Doutor da Igreja universal, conferido por Pio XI em 24 de Agosto de 1926.
A sua doutrina foi uma exegese viva do Evangelho. A Palavra de Deus ilumina a sua experiência mística e os seus ensinamentos constituem uma meditação sobre a Palavra revelada e vivida por um justo sofredor, cujo lema era “sofrer e ser desprezado por Jesus”.

Ladainha de São João da Cruz

Senhor, tende piedade de nós!
Jesus Cristo, tende piedade de nós!
Senhor, tende piedade de nós!

Santa Maria Mãe e Esperança dos Carmelitas, rogai por nós!
São José, Patrono do Carmelo, rogai por nós!
Santo Elias, Patriarca do Carmelo, rogai por nós!
Santa Teresa de Jesus, rogai por nós!
São João da Cruz, rogai por nós!
Doutor Místico, rogai por nós!
Doutor da Fé, rogai por nós!
Cantor do Amor de Deus, rogai por nós!
Modelo de Carmelita, rogai por nós!
Mestre da espiritualidade, rogai por nós!
Imagem de Cristo sofredor, rogai por nós!
Santo da oração e penitência, rogai por nós!
Santo do despojamento, rogai por nós!
Glória da Santa Igreja, rogai por nós!
Inundado pela sabedoria do Espírito Santo, rogai por nós!
Retrato vivo de Cristo, rogai por nós!
Enamorado de Deus, rogai por nós!
Conhecedor dos segredos divinos, rogai por nós!
Trovador de Maria, rogai por nós!
Modelo da Igreja orante, rogai por nós!
Contemplativo ardoroso, rogai por nós!
Apóstolo infatigável, rogai por nós!
Mensageiro do Amor, rogai por nós!
Guia na noite escura, rogai por nós!
Cantor da formosura de Deus, rogai por nós!
Alma inflamada de amor, rogai por nós!
Sedento da fonte divina, rogai por nós!
Caminhante infatigável, rogai por nós!
Consolo dos que sofrem, rogai por nós!
Homem celestial e divino, rogai por nós!
São João da Cruz, glória do Carmelo e da Santa Igreja, rogai por nós!

Oremos: Senhor, que inspirastes a São João da Cruz, a perfeita abnegação de si mesmo e o ardente amor à cruz, concedei que, imitando o seu exemplo, cheguemos à contemplação eterna da vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amen.

 

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Que devemos fazer? (Lc 3, 10)

Naquele tempo, as multidões interrogavam João: «Que havemos então de fazer?». Respondendo, dizia-lhes: «Quem tiver duas túnicas reparta com quem não tem; e quem tiver comida faça o mesmo». Vieram também publicanos para serem baptizados e disseram-lhe: «Mestre, que havemos de fazer?». Ele respondeu-lhes: «Não exijais mais do que vos foi estabelecido». Interrogavam-no também os soldados, dizendo: «E nós, que havemos de fazer?». Ele respondeu-lhes: «A ninguém exturcais nada ou denuncieis falsamente e contentai-vos com os vossos salários» (Lc 3, 10-14).

O que é preciso para melhorar o mundo?

Certa vez, um jovem jornalista foi entrevistar a Madre Teresa de Calcutá. No meio da conversa, entusiasmado com as respostas dela, ele perguntou: “Madre Teresa, o que é preciso para melhorar o mundo?”
Ela respondeu: “São necessárias duas coisas. A primeira é eu melhorar a mim mesma. A segunda é você melhorar a si mesmo”. Na hora, o jovem ficou meio “perdido” com a inesperada resposta.

Seja apenas uma gota no meio do oceano, mas uma gota limpa

Em 1979, ao voltar da Noruega após receber o Prémio Nobel da Paz, Madre Teresa de Calcutá passou pela casa humilde das Missionárias da Caridade em Roma, onde um jornalista lhe fez uma pergunta provocadora:
– Madre, a senhora tem setenta anos. Quando a senhora morrer, o mundo vai ser como antes. O que mudou depois de tanto esforço?
– Veja, eu nunca pensei que poderia mudar o mundo. Eu só tentei ser uma gota de água limpa em que pudesse brilhar o amor de Deus. Você acha pouco?
O repórter não conseguiu responder. No silêncio de escuta e emoção que tinha surgido, Madre Teresa retomou a palavra e pediu ao repórter:
– Tente ser você também uma gota limpa e, assim, seremos dois.
– Você é casado?
– Sim, Madre.
– Peça também à sua esposa, e assim seremos três. Tem filhos?
– Três filhos, Madre.
– Peça também aos seus três filhos e assim seremos seis.
É uma lição extremamente simples e prática que pode ser uma resposta à pergunta que puseram a João Baptista: “Que devemos fazer?”. Para torná-la realidade, basta querer, isto é, a boa vontade.

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Hino de Laudes do III Domingo do Advento

Hino

Não demoreis, ó Salvador do mundo,
Erguei-vos, ó divina Claridade;
Ó Sol do novo dia, Luz, Verdade,
Vencei da noite o sono tão profundo.

O vosso nascimento em nossa história
Transforme em alegria o sofrimento;
Chegue depressa o tão feliz momento
De contemplar a luz da vossa glória!

Olhai a humanidade pecadora,
Olhai as suas dores, seus pecados;
De tantos males somos esmagados!
Abri a vossa mão libertadora!

Oração

Deus de infinita bondade, que vedes o vosso povo esperar fielmente o Natal do Senhor, fazei-nos chegar às solenidades da nossa salvação e celebrá-las com renovada alegria. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amen.

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Do Advento ao Natal – Semana 3

Apresentamos a proposta de itinerário “Do Advento ao Natal” relativa à 3ª semana do Advento. Feliz caminhada!

Domingo, 12 de Dezembro: Que devemos fazer? «Eu baptizo-vos com água, mas está a chegar quem é mais forte do que eu, e eu não sou digno de desatar as correias das suas sandálias. Ele baptizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo».

Oração: Deus de infinita bondade, que vedes o vosso povo esperar fielmente o Natal do Senhor, fazei-nos chegar às solenidades da nossa salvação e celebrá-las com renovada alegria. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amen.

Segunda-feira, 13 de Dezembro: Abandonar-se como uma criança. «O Senhor é bom e recto; ensina o caminho aos pecadores, guia os humildes na justiça e dá-lhes a conhecer o seu caminho». (Sl 25).

Contemplo Deus feito criança, presente num bebé que conheço.

Terça-feira, 14 de Dezembro: (Solenidade de S. João da Cruz) Saborear a Misericórdia do Senhor. «Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes». (Sl 34).

Hoje marco na agenda um dia para receber o sacramento da Misericórdia de Deus.

Quarta-feira, 15 de Dezembro: Dar graças. «Os cegos vêem, os coxos andam». (Lc 7, 22).

Que milagres se operam todos os dias na minha vida com Cristo?

Quinta-feira, 16 de Dezembro: consentir na minha fraqueza. «O mais pequeno do Reino de Deus é maior do que ele». (Lc 7, 28).

Sob a acção do Espírito Santo, abro mão de uma situação específica que habitualmente controlo.

Sexta-feira, 17 de Dezembro: Enraizar-se em Cristo. «Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo». (Mt 1,16).

Donde venho?

Sábado, 18 de Dezembro: Obedecer à maneira de Cristo. «Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor». (Mt 1, 24).

Escuto em mim o Espírito e revejo os momentos em que interiormente obedeci ou não.

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