Naquele tempo, as multidões interrogavam João: «Que havemos então de fazer?». Respondendo, dizia-lhes: «Quem tiver duas túnicas reparta com quem não tem; e quem tiver comida faça o mesmo». Vieram também publicanos para serem baptizados e disseram-lhe: «Mestre, que havemos de fazer?». Ele respondeu-lhes: «Não exijais mais do que vos foi estabelecido». Interrogavam-no também os soldados, dizendo: «E nós, que havemos de fazer?». Ele respondeu-lhes: «A ninguém exturcais nada ou denuncieis falsamente e contentai-vos com os vossos salários» (Lc 3, 10-14).
O que é preciso para melhorar o mundo?
Certa vez, um jovem jornalista foi entrevistar a Madre Teresa de Calcutá. No meio da conversa, entusiasmado com as respostas dela, ele perguntou: “Madre Teresa, o que é preciso para melhorar o mundo?”
Ela respondeu: “São necessárias duas coisas. A primeira é eu melhorar a mim mesma. A segunda é você melhorar a si mesmo”. Na hora, o jovem ficou meio “perdido” com a inesperada resposta.
Seja apenas uma gota no meio do oceano, mas uma gota limpa
Em 1979, ao voltar da Noruega após receber o Prémio Nobel da Paz, Madre Teresa de Calcutá passou pela casa humilde das Missionárias da Caridade em Roma, onde um jornalista lhe fez uma pergunta provocadora:
– Madre, a senhora tem setenta anos. Quando a senhora morrer, o mundo vai ser como antes. O que mudou depois de tanto esforço?
– Veja, eu nunca pensei que poderia mudar o mundo. Eu só tentei ser uma gota de água limpa em que pudesse brilhar o amor de Deus. Você acha pouco?
O repórter não conseguiu responder. No silêncio de escuta e emoção que tinha surgido, Madre Teresa retomou a palavra e pediu ao repórter:
– Tente ser você também uma gota limpa e, assim, seremos dois.
– Você é casado?
– Sim, Madre.
– Peça também à sua esposa, e assim seremos três. Tem filhos?
– Três filhos, Madre.
– Peça também aos seus três filhos e assim seremos seis.
É uma lição extremamente simples e prática que pode ser uma resposta à pergunta que puseram a João Baptista: “Que devemos fazer?”. Para torná-la realidade, basta querer, isto é, a boa vontade.