Hoje, no Evangelho (cf. Mt 16, 13-20), Jesus faz uma boa pergunta aos discípulos: «Quem dizeis que é o Filho do homem?».
Cristo, irmãos e irmãs, não é uma memória do passado, mas o Deus do presente. Jesus está vivo: recordemo-lo, Jesus está vivo, Jesus vive na Igreja, vive no mundo, Jesus acompanha-nos, Jesus está ao nosso lado, oferece-nos a sua Palavra, oferece-nos a sua graça, que iluminam e restabelecem no caminho: Ele, guia experiente e sábio, está feliz por nos acompanhar nos caminhos mais difíceis e nas subidas mais árduas.
No caminho da vida não estamos sozinhos, porque Cristo está connosco, Cristo ajuda-nos a caminhar, como fez com Pedro e com os outros discípulos. É precisamente Pedro, no Evangelho de hoje, que compreende isto e, por graça, reconhece em Jesus «o Cristo, o Filho de Deus vivo»: «Tu és o Cristo, Tu és o Filho de Deus vivo», diz Pedro; não é um personagem do passado, mas o Cristo, isto é, o Messias, aquele que é esperado; não um herói morto, mas o Filho de Deus vivo, feito homem e vindo partilhar as alegrias e as fadigas do nosso caminho.
Hoje, far-nos-á bem repetir a pergunta decisiva que sai da sua boca: «Quem dizeis que eu sou?». Tu – diz-te Jesus – tu, quem dizes que eu sou? Um grande personagem, um ponto de referência, um modelo inatingível? Ou é o Filho de Deus, que caminha ao meu lado, que me pode levar ao cume da santidade, onde não posso chegar sozinho? Jesus está realmente vivo na minha vida, Jesus vive comigo? É o meu Senhor? Confio-me a Ele nos momentos de dificuldade? Cultivo a sua presença através da Palavra, através dos Sacramentos? Deixo-me guiar por Ele, juntamente com os meus irmãos e irmãs, na comunidade?
Papa Francisco, Angelus (resumo), 27 de Agosto, 2023