Maio, mês de Maria

Perguntai aos enfermos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde; perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios; perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo; perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação; perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres; perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança. Os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; os discordes, para Senhora da Paz; os desencaminhados, para Senhora da Guia; os cativos, para Senhora do Livramento; os cercados, para Senhora da Vitória. Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho; os navegantes, para Senhora da Boa Viagem; os temerosos da sua fortuna, para Senhora do Bom Sucesso; os desconfiados da vida, para Senhora da Boa Morte; os pecadores todos, para Senhora da Graça; e todos os seus devotos, para Senhora da Glória. E se todas estas vozes se unirem em uma só voz, dirão que nasce para ser Maria e Mãe de Jesus.

Padre António Vieira

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“Escutar com o ouvido do coração”

O teólogo protestante Dietrich Bonhöffer lembra que «devemos escutar através do ouvido de Deus, se queremos poder falar através da sua Palavra», sublinhando assim “o primeiro serviço na comunhão que devemos aos outros é prestar-lhes ouvidos. Quem não sabe escutar o irmão, bem depressa deixará de ser capaz de escutar o próprio Deus”.
Na ação pastoral, a obra mais importante é o «apostolado do ouvido». Devemos escutar, antes de falar, como exorta o apóstolo Tiago: «cada um seja pronto para ouvir, lento para falar» (1, 19). (…)

P. João Alberto Correia

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No tempo da provação

Quando não compreendemos Jesus, quando não compreendemos o sofrimento, correr com São João ao lado de Maria, para chorar as nossas amarguras, e buscar n’Ela o nosso refúgio.

São Tito Brandsma

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Solenidade da Ascensão do Senhor – Ano C

Na casa do nosso Pai Celeste

No céu, sim, na casa do nosso Pai Celeste será doce espraiarmo-nos nos prados eternos, recordando os dias escuros daqui de baixo… Cantaremos juntas as divinas misericórdias na maior liberdade, sem sombra de temor, e será doce para nós termos à cabeça dos nossos colóquios o nosso Pai divino. Beberemos da Sua luz eterna e nos Seus olhos descobriremos as Suas eternas verdades. (Beata Elias de S. Clemente).

Oração coleta

Deus todo-poderoso, fazei-nos exultar em santa alegria e em filial ação de graças, porque a ascensão de Cristo, vosso Filho, é a nossa esperança: tendo-nos precedido na glória, como nossa Cabeça, para aí nos chama, como membros do seu Corpo. Ele que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amen.

Prefácio I da Ascensão do Senhor

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente, é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação dar-Vos graças, sempre e em toda a parte. Porque o Senhor Jesus Cristo, Rei da glória, vencedor da morte e do pecado, subiu (hoje) ao mais alto dos céus, ante a admiração dos anjos, e foi constituído Mediador entre Deus e os homens, Juiz do mundo e Senhor dos senhores. Ele não abandonou a nossa condição humana, mas, subindo aos céus, como nossa cabeça e primogénito, deu-nos a esperança de irmos um dia ao seu encontro, como membros do seu Corpo, para nos unir à sua glória imortal. Por isso, na plenitude da alegria pascal, exultam os homens por toda a terra e, com os anjos e todos os coros celestes, proclamam a vossa glória, dizendo (cantando) numa só voz: Santo, Santo, Santo…

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A Ascensão do Senhor

No final do seu Evangelho, são Lucas narra o evento da Ascensão de modo muito sintético. Jesus conduziu os discípulos «para Betânia e, levantando as mãos, abençoou-os. Enquanto os abençoava, separou-se deles e foi arrebatado para o céu. Depois de o terem adorado, voltaram para Jerusalém com grande júbilo. E permaneciam no templo, louvando e bendizendo a Deus» (24, 50-53); assim diz são Lucas. Gostaria de observar dois elementos desta narração. Antes de tudo, durante a Ascensão, Jesus realiza o gesto sacerdotal da bênção e sem dúvida os discípulos manifestam a sua fé com a prostração, ajoelham-se inclinando a cabeça. Este é o primeiro ponto importante: Jesus é o único e eterno Sacerdote que, com a sua paixão, atravessou a morte e o sepulcro, ressuscitou e subiu ao Céu; está sentado à direita de Deus Pai, de onde intercede para sempre a nosso favor (cf. Hb 9, 24). Como afirma são João, na sua primeira Carta, Ele é o nosso advogado: como é bom ouvir isto! Nós temos um, que nos defende sempre, defende-nos das insídias do diabo, defende-nos de nós mesmos e dos nossos pecados! Caríssimos irmãos e irmãs, temos este advogado: não tenhamos medo de o procurar para pedir perdão, para pedir a bênção, para pedir misericórdia! Ele perdoa-nos sempre, é o nosso advogado: defende-nos sempre!

Assim, a Ascensão de Jesus ao Céu leva-nos a conhecer esta realidade tão consoladora para o nosso caminho: em Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, a nossa humanidade foi levada para junto de Deus; Ele abriu-nos a passagem; Ele é como um chefe de grupo, quando se escala uma montanha, que chega ao cimo e nos puxa para junto de si, conduzindo-nos para Deus. Se lhe confiarmos a nossa vida, se nos deixarmos guiar por Ele, temos a certeza de estar em mãos seguras, nas mãos do nosso Salvador, do nosso advogado.

Um segundo elemento: são Lucas afirma que os Apóstolos, depois de terem visto Jesus subir ao Céu, voltaram para Jerusalém «com grande júbilo»… com o olhar da fé, eles compreendem que, não obstante tenha sido subtraído aos seus olhos, Jesus permanece para sempre com eles, não os abandona e, na glória do Pai, sustém-nos, orienta-os e intercede por eles.

Caros irmãos e irmãs, a Ascensão não indica a ausência de Jesus, mas diz-nos que Ele está vivo no meio de nós de modo novo; já não se encontra num lugar específico do mundo, como era antes da Ascensão; agora está no Senhorio de Deus, presente em cada espaço e tempo, próximo de cada um de nós. Na nossa vida nunca estamos sozinhos: temos este advogado que nos espera e nos defende.

Papa Francisco, Audiência geral (resumo), 17 de Abril de 2013

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A vocação contemplativa do Carmelo

Para o Carmelo, a máxima perfeição seria a consagração completa á contemplação, que não se deve interromper senão por necessidade, somente quando é preciso ir aos homens e falar-lhes de Deus. Somente a caridade com o próximo ou a obediência podem ser motivos suficientes para “abandonar Deus por causa de Deus”. 

São Tito Brandsma, O. Carm. 

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Abandonar-se em Deus

Nada há no mundo de mais urgente do que abandonarmo-nos totalmente em Deus e entregar-nos completamente nas suas mãos, no seu infinito e incomensurável amor.

São Tito Brandsma, O. Carm.

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São Tito Brandsma, O. Carm.

Oração de acção de graças pela canonização

Deus, nosso Pai, nós vos damos graças,
pela canonização do Bem-aventurado Tito Brandsma,
filho da Igreja e do Carmelo,
que imbuído do espírito de Elias e
da Virgem Maria, Senhora do Carmo,
foi fiel no vosso serviço e vitorioso no martírio.
Concedei-nos imitá-lo na sua grande fé,
no generoso amor e no ardente zelo,
na construção do vosso Reino,
de verdade, de justiça e de paz.
Pela sua intercessão e por seu intermédio,
concedei-nos sempre a vossa ajuda (nomear…),
e guiai os nossos passos, imitando São Tito Brandsma.
Isto vos pedimos por Jesus Cristo,
Caminho, Verdade e Vida,
vosso Filho e nosso Irmão.
Amen.

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