Domingo de Páscoa – Ano C

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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João (Jo 20, 1-9)

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o discípulo predilecto de Jesus e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram». Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte. Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou. Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.

Reflexão

A experiência da ressurreição aconteceu, primeiro, nas mulheres (Mt 28,9-10; Mc 16,9; Lc 24,4-11.23; Jo 20,13-16); depois, nos homens. Ela é a confirmação de que, para Deus, uma vida vivida como Jesus a viveu é uma vida vitoriosa. Deus ressuscita-a! Em torno desta Boa Nova surgiram as comunidades cristãs. Crer na ressurreição o que é? É voltar para Jerusalém, de noite, reunir a comunidade e partilhar as experiências, sem medo das autoridades dos judeus e dos romanos (Lc 24,33-35). É receber a força do Espírito, abrir as portas e anunciar a Boa Nova à multidão (At 2,4). É ter a coragem de dizer: “É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens” (At 5,29). É reconhecer o erro e voltar para a casa do pai: “Teu irmão estava morto e voltou a viver” (Lc 15,32). É sentir a mão de Jesus ressuscitado que, nas horas difíceis, nos diz: “Não tenha medo! Eu sou o Primeiro e o Último. Sou o Vivente. Estive morto, mas eis que estou vivo para sempre. Tenho as chaves da morte e da morada dos mortos” (Ap 1,17s). É crer que Deus é capaz de tirar vida da própria morte (Hb 11,19). É crer que o mesmo poder usado por Deus para tirar Jesus da morte opera também em nós e nas nossas comunidades, através da fé (Ef 1,19-23).

Ainda hoje, a ressurreição acontece. Ela faz-nos experimentar a presença libertadora de Jesus na comunidade, na vida de cada dia (Mt 18,20) e leva-nos a cantar: “Quem nos separará do amor de Cristo? Se ele é por nós, quem será contra nós?” Nada, ninguém, autoridade nenhuma é capaz de neutralizar o impulso criador da ressurreição de Jesus (Rm 8,38-39). A experiência da ressurreição ilumina a cruz e transforma-a em sinal de vida (Lc 24,25-27). Abre os olhos para entender o significado da Sagrada Escritura (Lc 24,25-27.44-48) e ajuda a entender as palavras e os gestos do próprio Jesus (Jo 2,21-22; 5,39; 14,26). Uma comunidade que quiser ser testemunho fiel da Boa Nova da Ressurreição deve ser sinal de vida, lutar pela vida contra as forças da morte.

Palavra para o caminho

Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram”. Não é de estranhar esta cegueira de Maria Madalena. É que o evangelista informa-nos que ela anda ainda no escuro: Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro. No 4º Evangelho, quem anda na noite e no escuro, anda perdido na incompreensão e na cegueira, e nada entende ou dá bom resultado. A oposição luz – trevas atravessa todo o texto do 4º Evangelho. A Luz verdadeira que vem a este mundo para iluminar todos os homens é Jesus (Jo 1,9). Sem esta Luz que é Jesus, andamos às escuras, na noite, na cegueira, na dor, no fracasso, na incompreensão.

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Via Sacra da Misericórdia: 12ª – 14.ª Estações

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12ª ESTAÇÃO: JESUS MORRE NA CRUZ

V. Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Jesus.

R. Que pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.

Leitura bíblica (Jo 19, 30): Quando tomou o vinagre, Jesus disse: “Tudo está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

Meditação: Agora, com a sua morte, Jesus cumpriu radicalmente o mandamento do amor, cumpriu a oferta de Si próprio, e precisamente deste modo Ele é agora a manifestação do verdadeiro Deus, daquele Deus que é Amor. Agora sabemos quem é Deus, que se manifesta precisamente onde parece estar definitivamente derrotado e ausente.

Invocações: “O Senhor é cheio de misericórdia e de piedade” (Sal 102, 8). Por isso, não tenhamos medo de apresentar-lhe as nossas súplicas dizendo: Dá-nos, Senhor, a tua salvação.

– Para que acolhamos o teu amor em todas circunstâncias da vida, oremos ao Senhor.

– Para que nos unamos mais intimamente a ti nos momentos de maior dificuldade, oremos ao Senhor.

– Para que deixemos de te contristar e ao Espírito Santo com os nossos pecados, oremos ao Senhor.

Nesta estação peçamos a graça de dar de beber a quem tem sede: Pedir ao Senhor a capacidade de dar de beber a quem tem sede de verdade, de amor, de paz, de esperança de justiça e de confiança.

Pai nosso…

V. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

R. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

13ª ESTAÇÃO: JESUS É DESCIDO DA CRUZ E ENTREGUE A SUA MÃE

V. Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Jesus.

R. Que pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.

Leitura bíblica (Jo 19, 34): Um dos soldados abriu-lhe o peito com uma lança e logo brotou sangue e água.

Meditação: Jesus morreu, o seu coração é trespassado pela lança do soldado romano e dele brotam sangue e água: misteriosa imagem do rio dos sacramentos, do Baptismo e da Eucaristia, dos quais, em virtude do coração trespassado do Senhor, renasce incessantemente a Igreja.

E agora que tudo suportou, vemos que Ele, apesar de toda a confusão dos corações, apesar do poder do ódio e da cobardia, não ficou sozinho. Os fiéis existem. Junto da cruz, estavam Maria, sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, Maria de Magdala e o discípulo que ele amava. A Igreja de Jesus Cristo, a sua nova família, começa a formar-se.

Invocações: A sabedoria de Deus é pacífica, humilde e cheia de misericórdia. Esta é a sabedoria do – Espírito que Jesus nos deu. Digamos: Dá-nos, Senhor, a verdadeira sabedoria.

– Faz com que acolhamos a tua palavra e a ponhamos em prática sem medo, oremos ao Senhor.

– Faz com que com a ajuda do Espírito te sigamos pelo caminho da cruz, oremos ao Senhor.

– Faz com que não percarmos a esperança de nos reunirmos um dia contigo na pátria celeste, oremos ao Senhor.

Nesta estação peçamos a graça de enterrar os mortos: Pedir ao Senhor o dom de acreditar firmemente que nos encaminhamos para a Casa do Pai cuja porta foi aberta pela morte e ressurreição de Jesus.

Pai nosso…

V. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

R. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

14ª ESTAÇÃO: JESUS É SEPULTADO

V. Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Jesus.

R. Que pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.

Leitura bíblica (Mt 27, 59): José pegou no corpo de Jesus, envolveu-o num lençol limpo e depositou-o no seu túmulo novo, que tinha mandado escavar na rocha.

Meditação: A alegria de viver em família, em comunidade ou em grupo fica turvada de amargura, sobretudo quando um dos membros é arrancado ao carinho do nosso convívio. É a hora da dor crua. A morte do cristão não é uma tragédia quando, ele foi educado para a fé na vida eterna. Em Maria temos o exemplo e a ajuda para viver o mistério da morte. Viu ser escondido pela pedra tumular o Filho muito amado e ficou serena, apesar da sua alma ter sido mortalmente atingida pela mesma lança que trespassou o coração do Filho. Animou-a certamente a esperança de que, pelo poder de Deus, o seu Filho haveria de ressuscitar para a vida eterna.

Invocações: Permaneçamos unidos no amor de Deus e esperando sempre na sua misericórdia e confiando na sua clemência, digamos: Ouvi-nos, Senhor.

– Por todos os que não crêem em ti nem na vida depois da morte, oremos ao Senhor.

– Por todos os que estão na desolação e no desconforto, oremos ao Senhor.

– Por todos os que choram e sofrem a perda de um ente querido, oremos ao Senhor.

Nesta estação peçamos a graça de rogar a Deus pelos vivos e defuntos: Pedir a graça da contemplação da cruz para que cada um de nós perceba cada vez mais e melhor a necessidade de gastar a vida em favor dos outros.

Pai nosso…

V. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

R. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

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Via Sacra da Misericórdia: 9ª – 11ª Estações

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9ª ESTAÇÃO: JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ

V. Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Jesus.

R. Que pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.

Leitura bíblica Heb 5, 8): Apesar de ser Filho, Jesus aprendeu a obediência por aquilo que sofreu.

Meditação: Na caminhada em direcção ao Calvário Jesus cai três vezes, cai sob o peso de uma cruz que aceitou carregar por nós pecadores. O que para nós nos parece incompreensível, para ele é totalmente claro: “Não são os sãos que precisam de médico, mas os doentes”. Os caminhos de Deus não são os nossos por causa da sua misericórdia sem limites, uma misericórdia que quer trazer o que se encontra afastado de si. O Senhor só poderá amar os nossos sacrifícios se procederem da mesma fonte de amor, capaz de partilhar o peso das culpas dos nossos irmãos e das nossas irmãs.

Invocações: “Os gentios glorificam a Deus por causa da sua misericórdia” (Rm 15, 9) e de entre estes gentios estamos nós que elevamos ao Senhor as nossas súplicas, dizendo: Salvai-nos, Senhor, nosso Deus.

– Para que nos abramos ao desígnio da tua misericórdia por todos os homens, oremos ao Senhor.

– Para que alcancemos a graça de termos consciência bem viva de que também nós temos necessidade do médico celeste, oremos ao Senhor.

– Para que não condenemos ninguém e entreguemos a ti todo o juízo, oremos ao Senhor.

Nesta estação peçamos a graça de perdoar as injúrias: Pedir ao Senhor a graça de ser sempre testemunha da caridade, da misericórdia e do perdão.

Pai nosso…

V. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

R. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

10ª ESTAÇÃO: JESUS É DESPOJADO DAS SUAS VESTES

V. Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Jesus.

R. Que pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.

Leitura bíblica  (Jo 19, 23): Os soldados, depois de terem crucificado Jesus, pegaram na roupa dele e fizeram quatro partes.

Meditação: Jesus é despojado das suas vestes. A roupa confere ao homem a sua posição social; dá-lhe o seu lugar na sociedade, fá-lo sentir alguém. Ser despojado em público significa que Jesus já não é ninguém, nada mais é do que um marginalizado, desprezado por todos. O momento do despojamento recorda-nos também a expulsão do paraíso: o homem rompeu a Amizade com Deus. Jesus despojado recorda-nos o facto de que todos nós perdemos a “primeira veste”, isto é, o esplendor de Deus. Jesus aceita mais esta humilhação porque para o seu divino coração nada é pesada e só isto é importante: a nossa salvação.

Invocações: A nossa salvação não vem de nós mas de Deus que tem misericórdia (cf. Rm 9, 16). Abrasados por esta confiança elevemos ao Senhor as nossas preces e digamos: Senhor Jesus, tem piedade de nós.

– Para que compreendamos que amar significa aceitar o sacrifício, oremos ao Senhor.

– Para que a tua humilhação nos ensine a ser verdadeiramente humildes, oremos ao Senhor.

– Para que nunca nos cansemos de te apresentar o nosso sofrimento, oremos ao Senhor.

Nesta estação peçamos a graça de saber corrigir os que erram: Pedir ao Senhor a graça de participar no desagravo às ofensa que, ainda hoje, Ele é insultado injustamente.

Pai nosso…

V. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

R. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

11ª ESTAÇÃO: JESUS É PREGADO NA CRUZ

V. Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Jesus.

R. Que pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.

Leitura bíblica  (Lc 23, 33): Quando chegaram ao lugar chamado Calvário crucificaram Jesus e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.

Meditação: Jesus deita-se na cruz e os soldados pregam-lhe as mãos e os pés ao madeiro. Depois repartem entre si as suas roupas. Parece que tudo termina em tragédia. Será que uma pessoa, que passou a vida apenas a fazer o bem, pode terminar assim de uma forma tão trágica?

Quantas vezes, no meio de uma provação, pensamos que fomos esquecidos ou abandonados por Deus. Ou somos tentados a concluir que Deus não existe. O Filho de Deus, que bebeu até ao fundo o seu cálice amargo e, depois, ressuscitou dos mortos, diz-nos, ao invés, com todo o seu ser, com a sua vida e a sua morte, que devemos confiar em Deus. N’Ele podemos crer.

Invocações: Caríssimos, o Senhor é “rico de misericórdia” e é pela sua graça que somos salvos (cf. Ef 2, 5). Com fé e amor invoquemos o Senhor, dizendo: Mostra-nos, Senhor, a tua misericórdia.

– Para que a tua palavra de perdão nos liberte da dureza do nosso coração e nos leve também à prática do perdão, oremos ao Senhor.

– Para que o mistério da cruz nos faça conhecer cada vez melhor o teu mistério de amor, oremos ao Senhor.

– Para que nunca nos cansemos de pedir perdão, oremos ao Senhor.

Nesta estação peçamos a graça de dar bom conselho: Pedir ao Senhor a graça de dar bons conselhos, inspirados, sobretudo, na Palavra de Deus.

Pai nosso…

V. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

R. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

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Via Sacra da Misericórdia: 6ª – 8ª Estações

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6ª ESTAÇÃO: A VERÓNICA ENXUGA O ROSTO DE JESUS

V. Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Jesus.

R. Que pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.

Leitura bíblica (Sal 26, 8): Diz-me o coração: “Procurai a sua face!”. A vossa face, Senhor, eu procuro: não escondais de mim o vosso rosto.

Meditação: Uma mulher acusada de adultério é colocada diante de Jesus para que ele a julgue. Jesus escreve no pó do chão as nossas acusações. O vento forte do seu Espírito varrerá tudo, de modo que não se faça mais memória do que aconteceu: permanecerá a sua misericórdia que perscruta os corações e perdoa as culpas. Quem sabe se as mãos piedosas e compassivas da Verónica não são, de qualquer modo, as daquela mulher perdoada, prostrada em atitude de gratidão?!… Um gesto de reconhecimento que deveria ser também o nosso, pecadores sempre perdoados pelo coração misericordioso do Pai.

Invocações: O Senhor ao ter misericórdia de nós mostrou-nos toda a sua magnanimidade (cf. 1Tm 1, 16). Agradecidos, apresentemos-lhe as nossas súplicas, dizendo: Senhor, dá-nos o teu perdão.

– Por todos os que se sentem culpados e abatidos, e sobrecarregados não conseguem levantar-se do abismo em que se encontram, oremos ao Senhor.

– Por todos aqueles que esperam o perdão de quem ofenderam, oremos ao Senhor.

– Por todos os que ainda não conseguem confiar na tua misericórdia, oremos ao Senhor.

Nesta estação peçamos a graça de sofrer com paciência as fraquezas do próximo: Pedir ao Senhor a capacidade de saber perdoar sem reservas, sobretudo a quem me possa ter ofendido ou agravado mais.

Pai nosso…

V. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

R. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

7ª ESTAÇÃO: JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ

V. Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Jesus.

R. Que pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.

Leitura bíblica (Col 1, 24): Agora, alegro-me nos sofrimentos que suporto por vós e completo na minha carne o que falta às tribulações de Cristo, pelo seu Corpo, que é a Igreja.

Meditação: Quantas quedas nos passam despercebidas e deixamos os nossos irmãos no chão sem amparo e proteção!… Às vezes, são os nossos vizinhos, ou os nossos irmãos, mas como a correria do dia-a-dia não nos deixa parar, nem estar atentos, seguimos em frente e deixamos os outros pelo caminho. São João da Cruz afirma que o “olhar de Deus é amar”. Assim é também o olhar de Jesus, o Filho. É este olhar misericordioso que nos salva e nos abre para a compreensão de que não nos salvamos a nós próprios, mas é puro dom de Deus.

Invocações: Se houve um tempo em que estávamos “excluídos da misericórdia, agora alcançamos misericórdia” (1Pe 2, 10). Oremos com toda a confiança e digamos: Salvai-nos, Senhor.

– Para que nunca nos cansemos de pedir a tua ajuda, oremos ao Senhor.

– Para que saibamos anunciar a todos a tua misericórdia, oremos ao Senhor.

– Para que não julguemos os que se encontram em qualquer tipo de dificuldade, oremos ao Senhor.

Nesta estação peçamos a graça de visitar os presos: Pedir ao Senhor a capacidade de compreender as limitações de quem sofre pela sua má conduta pessoal, familiar ou social.

Pai nosso…

V. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

R. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

8ª ESTAÇÃO: JESUS ENCONTRA AS MULHERES DE JERUSALÉM

V. Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Jesus.

R. Que pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.

Leitura bíblica (Lc 23, 38): Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim; chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos.

Meditação: Um dia, uma mulher derramou sobre os pés de Jesus lágrimas de amor e de arrependimento. Ainda uma mulher – Maria – durante uma ceia derramou sobre a cabeça de Jesus perfume de nardo puríssimo… E agora são as “filhas de Jerusalém”, que, a chorar, vêm ao Teu encontro para lançar sobre Ti a amarga lamentação. Sim é muito justo que Tu sejas chorado como um filho primogénito, o mais querido, destinado à morte. Mas Tu as convidas a chorar sobre a sua sorte de mães aflitas. São uma multidão, estas mulheres, sobre a terra… Choram, sim, são mulheres que no Teu seio e no seio de Tua Mãe derramam o rio das suas lágrimas, para que cada dor tenha a sua compaixão, a graça do amor que redime.

Invocações: O Senhor “salvou-nos, não em virtude de obras de justiça que tivéssemos praticado, mas pela sua misericórdia” (Tt 3, 5). Cheios de fé apresentemos ao Senhor as nossas súplicas, dizendo: Senhor, tem piedade de nós.

– Por todos os que esperam há muito tempo uma graça de ti, oremos ao Senhor.

– Por todos os que sentem faltar-lhes as forças, oremos ao Senhor.

– Por todos os que desejam recomeçar uma vida nova no teu amor, oremos ao Senhor.

Nesta estação peçamos a graça de vestir os nus: Pedir ao Senhor a graça do abandono à Providência e de estar atento aos que me rodeiam e saber vestir a sua nudez mais profunda, percebendo os apelos que emitem mesmo sem serem ouvidos.

Pai nosso…

V. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

R. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

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Via Sacra da Misericórdia: 3.ª – 5.ª Estações

18 Jul 2008, Sydney, Australia --- Detail of at Sacred Heart Church --- Image by © Pascal Deloche /Godong/Corbis

3ª ESTAÇÃO: JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ SOB O PESO DA CRUZ

V. Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Jesus.

R. Que pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.

Leitura bíblica (Is 53, 4): Ele tomou sobre si as nossas doenças e carregou as nossas dores.

Meditação: Um servo tem uma dívida enorme. O rei, escuta as suas súplicas e perdoa-lhe tudo. Esse mesmo homem, encontra um servo como ele que lhe devia uma pequena soma de dinheiro, comparada com a grande soma que lhe foi perdoada, e não teve piedade do seu companheiro devedor: quer que lhe pague tudo quanto lhe deve. Jesus ao contar esta história, tão triste como actual, quer-nos ensinar que Deus nosso Pai está sempre a ter misericórdia para connosco, que, talvez, às vezes, não nos recordamos da misericórdia que têm para connosco nem da que devemos ter para com os outros.

Invocações: Irmãos e irmãs, “Deus usou de misericórdia para connosco” apesar das nossas culpas (cf. 1Tm 1, 13). Por isso, peçamos perdão e digamos: Senhor, tem piedade de nós.

– Para que compreendamos o amor através do qual somos sempre perdoados, oremos ao Senhor.

– Para que saibamos perdoar a quem nos faz mal, oremos ao Senhor.

– Para que estejamos sempre abertos a escutar e a acolher as razões dos outros, oremos ao Senhor.

Nesta estação peçamos a graça de assistir os enfermos: Pedir ao Senhor que cure o meu coração e me deixe compadecer com as dores dos outros; para que eu seja capaz de passar das boas intenções para o compromisso, em favor dos que precisam de mim em caridade… a tempo inteiro.

Pai nosso…

V. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

R. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

4ª ESTAÇÃO: JESUS ENCONTRA SUA MÃE

V. Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Jesus.

R. Que pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.

Leitura bíblica (Jo 19, 26-27): Vendo a mãe e o discípulo que ele amava, Jesus disse: “Mulher, eis o teu filho!”.

Meditação: Na sua caminhada de fé, Maria experimentou as mesmas dificuldades que cada um de nós tem: ao contemplar o seu Filho condenado e insultado, talvez terá vacilado diante dos misteriosos planos de Deus, mas não vacilou no amor que tinha por Jesus. No seu coração sofredor ela alcançou a raiz do amor de Deus, a sua misericórdia que se estende de geração em geração, sobre todos os seus filhos. A santidade de Deus não é indiferença nem afastamento das vivências diárias dos seus filhos, mas é íntima participação, proximidade, e misericórdia por quantos se sentem abandonados e que em Maria encontram a guia que os orienta e conduz para a luz.

Invocações: Caríssimos, unidos a Maria, oremos “para alcançar misericórdia e encontrar graça” (Hb 4, 16), para que sejamos ajudados nas nossas necessidades. Digamos: Senhor, tem piedade de nós.

– Para que Maria, nossa Mãe, nos ensine o caminho do verdadeiro amor, oremos ao Senhor.

– Para que não desanimemos e fiquemos abatidos e paralisados nos momentos difíceis, oremos ao Senhor.

– Para que em Maria encontremos a força de reencontrar sempre o verdadeiro caminho da fé, oremos ao Senhor.

Nesta estação peçamos a graça de dar de comer a quem tem fome:  Pedir ao Senhor para que eu esteja sempre disponível e seja companheiro atento para atenuar a fome de quantos precisam d’Ele e de sentido da vida, estando perto ou longe de mim.

Pai nosso…

V. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

R. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

5ª ESTAÇÃO: SIMÃO DE CIRENE AJUDA JESUS A LEVAR A CRUZ

V. Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Jesus.

R. Que pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.

Leitura bíblica (Lc 23, 26): Lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que voltava do campo, e carregaram-no com a cruz, para a levar atrás de Jesus.

Meditação: O Cireneu que ajuda Jesus a levar a cruz faz-nos recordar o bom samaritano que teve piedade de um homem que foi assaltado pelos ladrões, roubado e agredido, ficando às portas da morte. O Senhor ensina-nos que a compaixão espontânea que temos por quem está em dificuldade é na realidade um sinal da misericórdia do próprio Pai que a semeou em nós, é um sinal seguro de que somos a sua imagem. A misericórdia de Jesus para connosco levou com que ele, o Bom Samaritano da Humanidade, não nos deixasse meio mortos nas estradas deste mundo, mas nos tomasse e nos conduzisse para o Reino de Deus nosso Pai.

Invocações: Irmãos e irmãs, peçamos ao Senhor para que nos “conceda encontrar misericórdia junto de Deus” (2Tm 1, 18), assim como nós temos tido misericórdia para com o nosso próximo. Digamos: Pela tua misericórdia, salva-nos Senhor.

– Por quantos se sentem perdidos, vazios e sem esperança, oremos ao Senhor.

– Por quantos procuram um trabalho e uma vida digna, oremos ao Senhor.

– Por quantos estão doentes e em sofrimento, oremos ao Senhor.

Nesta estação peçamos a graça de saber ensinar os ignorantes: Pedir ao Senhor um coração purificado de todo o mau juízo e preconceito e ser sinal que irradia confiança sobretudo naqueles que vivem na desconfiança de si mesmos e dos outros.

Pai nosso…

V. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

R. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor

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Via Sacra da Misericórdia: 1ª – 2ª Estações

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V. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

R. Amen.

Leitura bíblica (Jo 13, 1): Antes da festa da Páscoa, Jesus, sabendo bem que tinha chegado a sua hora da passagem deste mundo para o Pai, Ele que amara os seus que estavam no mundo, levou o seu amor por eles até ao extremo.

Meditação: A hora de Jesus é a plena manifestação da misericórdia do Pai por toda a Humanidade. Para nós que caminhamos ainda no mundo é uma firme esperança : a misericórdia de Deus não nos abandona, visto que em Jesus, Palavra e Dom de Deus, o amor acompanha-nos desde sempre e permanecerá connosco até ao fim.

Vamos percorrer na fé o trajecto que Jesus fez desde o Pretório de Pôncio Pilatos até ao cimo do Calvário, onde Ele deu a vida pela salvação do mundo. Connosco está também a Virgem Santa Maria. Ela esteve no cimo do Gólgota. Mulher da dor, Mãe de misericórdia, Ela inclina-Se sobre os seus filhos, para ver os seus sofrimentos, para os confortar e reavivar a esperança.

Em cada estação da Via Sacra, no fim, pedimos uma graça relacionada com as obras de misericórdia. O Papa Francisco na Mensagem para a Quaresma deste ano diz: “A misericórdia de Deus transforma o coração do homem e faz-lhe experimentar um amor fiel, tornando-o assim, por sua vez, capaz de misericórdia. É um milagre sempre novo que a misericórdia divina possa irradiar-se na vida de cada um de nós, estimulando-nos ao amor do próximo e animando aquilo que a tradição da Igreja chama as obras de misericórdia corporal e espiritual. Estas recordam-nos que a nossa fé se traduz em actos concretos e quotidianos, destinados a ajudar o nosso próximo no corpo e no espírito e sobre os quais havemos de ser julgados”.

Oremos: Deus Pai, infunde em nós a sabedoria e a força do teu Espírito para que caminhemos com Cristo pelo caminho da cruz, dispostos a doar a nossa vida para manifestar ao mundo a esperança do teu Reino. Por Cristo, Nosso Senhor. Amen.

1ª ESTAÇÃO: JESUS É CONDENADO À MORTE

V. Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Jesus.

R. Que pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.

Leitura bíblica (Mt 27, 26): Pilatos, depois de ter mandado flagelar Jesus, entregou-o para ser crucificado.

Meditação: Num sábado, quando os discípulos passavam pelos campos de trigo e colheram algumas espigas e comeram-nas, a condenação dos fariseus não se fez esperar: “Os teus discípulos estão a fazer uma coisa que não é permitida fazer ao sábado”. A resposta de Jesus conduz-nos ao coração do mistério do Pai que não quer leis e sacrifícios para condenar, mas para oferecer o caminho da salvação aos seus filhos: “Prefiro a misericórdia ao sacrifício”. Quando a lei, mesmo que seja do templo, se torna somente instrumento de condenação e não de reabilitação, está longe da fonte do amor de Deus que é misericórdia.

Invocações: Caríssimos, o Senhor é rico de misericórdia e de compaixão, por isso, com toda a confiança, apresentemos-lhe as nossas súplicas, dizendo: Senhor, dá-nos a tua misericórdia.

– Por todos os que se sentem oprimidos pelo peso das culpas, oremos ao Senhor.

– Por todos os que procuram em ti o perdão e a paz, oremos ao Senhor.

– Pelos que voltam para ti de coração arrependido, oremos ao Senhor.

Nesta estação peçamos a graça de dar pousada aos peregrinos: Ter a capacidade de ver Jesus naqueles que são colocados no meu caminho e estar atento aos sinais de tristeza daqueles com quem vivo ou com quem trabalho, para aliviar o peso da cruz que carregam.

Pai nosso…

V. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

R. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

2ª ESTAÇÃO: JESUS CARREGA COM A CRUZ ÀS COSTAS

V. Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Jesus.

R. Que pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.

Leitura bíblica (Jo 19, 17): Jesus, levando a cruz às costas, saiu para o chamado Lugar da Caveira, que em hebraico se diz “Gólgota”.

Meditação: Ao dirigir-se para o Calvário, carregando a cruz, Jesus mostra-nos como é empenhativo e sério o que ele ensinou ao proclamar as Bem-aventuranças: “Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia”. Jesus percorre o caminho da mansidão e do amor aos inimigos, carregando uma cruz formada pelas durezas do nosso coração. A sua bem-aventurança, que o peso da cruz esconde, não é visível aos nossos olhos, mas é uma realidade que nasce no íntimo de quem confia no amor infinito de Deus, na sua misericórdia por nós pecadores.

Invocações: Caríssimos, o Senhor é rico de misericórdia e de compaixão, por isso, com toda a confiança, apresentemos-lhe as nossas súplicas, dizendo: Dai-nos, Senhor, a tua paz.

– Para que te sigamos com generosidade pelo caminho da cruz, oremos ao Senhor.

– Para que encontremos em ti a força de sermos humildes e mansos, oremos ao Senhor.

– Para que não fiquemos paralisados pelo medo e nos acobardemos perante os insultos de quem quer pôr a ridículo a nossa Fé e a fidelidade à Palavra de Deus e à Igreja, nossa Mãe, oremos ao Senhor.

Nesta estação peçamos a graça de consolar os tristes: Viver a Alegria de ser Cristão e ser Apóstolo da Alegria sobretudo com os mais tristes, sós e marginalizados.

Pai nosso…

V. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

R. Mãe de misericórdia, imprime no meu coração as chagas do Senhor.

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Domingo de Ramos – Ano C

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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas (Lc 22,14-23,56) 

Dada a extensão do evangelho do Domingo de Ramos, Ano C, apenas fazemos a citação bíblica (Lc 22,14-23,56) para que quem desejar encontrá-lo e lê-lo, possa fazê-lo.

Reflexão

Quase não há comunidade cristã em Portugal que não comemore hoje, com muita alegria, a entrada de Jesus em Jerusalém. Porém, para não reduzirmos o Domingo de Ramos a mero folclore, é importante ter presente o que significava para Jesus este acontecimento e também para o evangelista.

Diz o profeta Zacarias: “Exulta de alegria, filha de Sião! Solta gritos de júbilo, filha de Jerusalém!Eis que o teu rei vem a ti; Ele é justo e vitorioso; vem, humilde, montado num jumento, sobre um jumentinho, filho de uma jumenta. Ele exterminará os carros de guerra da terra de Efraim e os cavalos de Jerusalém; o arco de guerra será quebrado. Proclamará a paz para as nações. O seu império irá de um mar ao outro e do rio às extremidades da terra” (Zc 9, 9-10). Este era um trecho muito importante na espiritualidade dos “pobres de Javé”, que esperavam a chegada do Messias libertador. Nesta esperança situam-se Maria e José e os discípulos de Jesus. Foi dentro desta espiritualidade que Jesus foi criado.

Zacarias traçava as características do messias: seria um rei, “justo e pobre”, não de guerra, mas de paz! Viria estabelecer uma sociedade diferente da sociedade opressora do tempo de Zacarias (e de Jesus, e de nós) – onde os poderosos e violentos oprimiam os pobres e pacíficos! Naquele tempo um rei jamais entraria numa cidade montado num jumento – o animal do pobre camponês – mas num cavalo branco de raça! Jesus, fazendo a sua entrada assim em Jerusalém, faz uma releitura da profecia de Zacarias, e identificou-se com o rei pobre, da paz, da esperança dos pobres e desprezados!

Se não tivermos isto presente perdemos totalmente o sentido da entrada de Jesus em Jerusalém, correndo o risco de celebrar a entrada de Jesus em Jerusalém como se fosse a entrada de um governante do Império romano – ou dos impérios dos nossos tempos – com pompa, imponência, e demonstração de poder e força.

O evangelho da Eucaristia deste Domingo (Lc 22,14-23,56) apresenta já a condenação e morte de Jesus. A morte de Jesus tem de ser entendida no contexto daquilo que foi a sua vida. Desde cedo, Jesus apercebeu-Se de que o Pai O chamava a uma missão: anunciar a Boa Nova aos pobres, sarar os corações feridos, pôr em liberdade os oprimidos. Para concretizar este projecto, Jesus passou pelos caminhos da Palestina “fazendo o bem” e anunciando a proximidade de um mundo novo, de vida, de liberdade, de paz e de amor para todos. Ensinou que Deus era amor e que não excluía ninguém, nem mesmo os pecadores; ensinou que os leprosos, os paralíticos, os cegos não deviam ser marginalizados, pois não eram amaldiçoados por Deus; ensinou que eram os pobres e os excluídos os preferidos de Deus e aqueles que tinham o coração mais disponível para acolher o Reino.

O projecto libertador de Jesus entrou em choque – como era inevitável – com as autoridades políticas e religiosas que não estavam dispostas a aceitar a conversão proposta por Jesus. Por isso, prenderam Jesus, julgaram-n’O, condenaram-n’O e pregaram-n’O na cruz onde morreu.

A morte de Jesus é a consequência lógica do anúncio do Reino. A morte de Jesus é o culminar da sua vida; é a afirmação última, porém mais radical e mais verdadeira (porque marcada com sangue), daquilo que Jesus pregou com palavras e com gestos: o amor, o dom total, o serviço.

Palavra para o caminho

Ao contemplar o crucificado, diferentemente dos que escarneciam e diziam a Jesus para descer da cruz, nós dizemos: “Jesus, não desças da cruz”. Em quem poderiam esperar tantos torturados injustamente? Onde poderiam colocar a sua esperança tantas mulheres humilhadas, violentadas e sem defesa alguma? A que se agarrariam os doentes crónicos e os moribundos? Quem poderia oferecer consolo a tantas vítimas das guerras, terrorismos, fomes e misérias? Não, não desças da cruz pois se não te virmos “crucificado”, junto de nós, ver-nos-emos ainda mais “perdidos”. Quem nos poderia entender?

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A próxima carmelita a ser canonizada: Isabel da Trindade

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À luz da eternidade é que a alma vê realmente o que são as coisas. Como tudo aquilo que não foi feito para Deus e com Deus é vazio! Marque tudo com o selo do amor! Só isso permanece. Sim, que a vida é coisa séria: cada minuto é-nos dado para nos “enraizarmos” mais em Deus, para que a semelhança com o nosso divino Modelo seja mais marcante, a união mais íntima. Mas, para que se realize este plano que é do próprio Deus, eis o segredo: esquecer-se abandonar-se, não se ter em conta, olhar para o Mestre, nada mais atender do que a Ele, receber de igual modo como provindo directamente do Seu amor, a alegria ou a dor; é isso que estabelece a alma em tão serenas alturas!…

Beata Isabel da Trindade

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Frases sobre Jesus Redentor – II

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* A Paixão do Redentor é meio eficacíssímo para destruir a inimizade e conduzir a alma a grande santidade (São Paulo da Cruz).

* Choro as dores e as humilhações do meu Senhor. O que mais me faz chorar é que os homens, por quem ele sofreu tanto, vivem esquecidos dele (São Francisco de Assis).

* Jesus Cristo, morrendo, apagou a nossa condenação com o seu sangue para que assim recuperássemos a esperança do perdão e da salvação eterna (Santo Afonso Maria de Ligório).

* O coração de Jesus foi ferido, a fim de nos mostrar pela chaga visível o seu amor invisível (São Boaventura).

* É preciso propagar a Paixão de Cristo para que os homens aprendam a ciência do amor divino (São Paulo da Cruz).

* Na cruz, quando Cristo suportava em sua carne o dramático encontro entre o pecado do mundo e a misericórdia divina, pôde ver a Seus pés a presença consoladora da Mãe (Nossa Senhora) e do amigo (S. João) (Papa Francisco).

* Jesus entra em Jerusalém para morrer na cruz. E é precisamente aqui que refulge o seu ser Rei segundo Deus; o seu trono real é o madeiro da cruz (Papa Francisco).

* Na cruz, Jesus sente todo o peso do mal e, com a força do amor de Deus, vence-o, derrota-o na sua ressurreição. Esse é o bem que Jesus realiza por todos nós sobre o trono da cruz (Papa Francisco).

* O caminho de Jesus é o do amor fiel até o fim, até o sacrifício da vida: é o caminho da cruz. Por isso, o caminho da fé passa através da cruz…  (Papa Francisco).

* Olha aquela Cruz, aqueles sofrimentos, aquela morte cruel de Jesus por ti. Após tantas e tão grandes provas de amor não podes duvidar que ele te ama e te ama muito (São Tomás de Vilanova).

*Quem não se enamora de Deus, vendo Cristo morto na Cruz, não se abrasará jamais (São Francisco de Assis).

 

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