Creio na Igreja católica
O adjectivo católico evoca, em primeiro lugar, a expansão geográfica: a Igreja está destinada a estender-se a todas as nações (ela tem, neste sentido, vocação universal). Mas a palavra evoca, sobretudo, a “plenitude da graça e da verdade” que é confiada à Igreja católica, desde o dia de Pentecostes, e lhe permite evangelizar todo o homem e todos os homens. A Igreja é católica porque Cristo a chamou a confessar toda a fé, a guardar e celebrar todos os sacramentos, a anunciar a boa nova na sua totalidade e enviou-a a todos os povos. A catolicidade da Igreja manifesta-se na capacidade que ela tem de acolher na sua diversidade as aspirações e as situações dos homens, de reunir na verdade e, sem as reduzir, a infinita variedade das culturas e das realidades humanas, tanto individuais como sociais.
Este programa não está, de certo, totalmente realizado. A fé católica e a Igreja não atingiram ainda a totalidade dos homens nem a totalidade das suas vidas, quer em toda a superfície da terra quer no interior de cada diocese. Todavia, pelo poder do Espírito que lhe é dado, a Igreja é capaz de enraizar o Evangelho nas diversas culturas, de maneira a ser uma força de conversão das correntes de pensamento e dos sistemas de valores em desacordo com o pensamento de Deus. Por este mesmo Evangelho de que ela é depositária, a Igreja está em condições de fazer desabrochar nas culturas o que corresponde ao bem autêntico dos homens.
A confissão da catolicidade da Igreja é também a afirmação de uma tarefa: a tarefa de abertura, de evangelização, de alargamento da comunidade cristã.