Ano da Fé – LVI

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Creio na Igreja una

Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica”. Estas são as “notas” da Igreja. Elas não descrevem a Igreja só do exterior; indicam a verdade profunda do seu mistério. Tal como só há um único Cristo, também só pode haver um único “corpo” de Cristo, uma única “esposa” de Cristo, isto é, uma única Igreja de Jesus Cristo. Ele é a cabeça, a Igreja é o corpo. Juntos formam o “Cristo total” (Santo Agostinho).

A unidade da Igreja é um dom do Espírito Santo. Esta unidade é visível e, segundo a promessa de Cristo (cf. Mt 16, 18), não pode ser jamais perdida. Exprime-se na profissão de uma só fé, formulada por um mesmo Credo. Está fundada no único baptismo que faz de todos os discípulos de Cristo um só povo. A Eucaristia, sacramento de unidade, fortifica, constrói e renova sem cessar esta comunhão dos crentes, guardando-os unidos pelos laços da caridade.

A unidade da Igreja não é unicamente de uma boa organização ou de uma disciplina firme: é da ordem da “comunhão”. Esta comunhão é comunhão com o Pai e com o seu Filho, Jesus Cristo, no Espírito (cf. 1Jo 1, 3) e comunhão dos discípulos entre si na caridade. Esta unidade manifesta-se de maneira privilegiada, na comunhão dos bispos entre si e com o sucessor de Pedro (Papa), a quem é confiada a autoridade sobre a Igreja universal.

A unidade da Igreja é rica em virtude da variedade dos carismas, que corresponde à diversidade dos dons de Deus. Os carismas são, com efeito, graças particulares, “manifestações” (cf. 1Cor 12, 7) do Espírito Santo para a edificação do povo de Deus.

A história passada e presente da Igreja deixa transparecer tensões, conflitos e mesmo divisões. Estas rupturas, que contradizem a vontade formal de Cristo (cf Jo 13, 21), são para o mundo um objecto de escândalo e constituem um obstáculo à evangelização. É por isso que o Vaticano II fez da restauração da unidade entre todos os cristãos uma das suas grandes preocupações.

A maioria das pessoas não faz ideia do que Deus poderia fazer delas se somente elas se colocassem à disposição d’Ele (Santo Inácio de Loyola).

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