Ano da Fé – XIII

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Os anjos

Falando de “coisas visíveis e invisíveis”, a fé cristã está a referir-se, ao mesmo tempo ao que cai debaixo da experiência sensível e ao que a ultrapassa. Aos olhos da fé, as realidades invisíveis não são menos reais do que as visíveis. Se os nossos sentidos não as podem alcançar, nem por isso estamos autorizados a dizer que são fruto da nossa imaginação. Entre as criaturas invisíveis de que fala a Bíblia, e que a Tradição cristã venera, contam-se os anjos. Na Bíblia, alguns anjos são reconhecidos pelo seu nome, sobretudo Miguel, Gabriel e Rafael. A designação que atribuímos a estes seres espirituais está associada à missão, que a tradição bíblica descreve: são mensageiros, enviados. Hoje, para dar credibilidade à existência destes seres espirituais precisamos de purificar o nosso pensamento de todas as imagens infantilizadas que lhes estão associadas Para muitas pessoas, os anjos são coisas apenas das crianças, um produto do imaginário infantil. Por outro lado, temos de admitir que será sempre difícil qualquer tipo de linguagem para nos referirmos às «coisas invisíveis». Fazem parte de uma dimensão à qual só podemos aceder pela fé. «Excluiríamos uma parte notável do Evangelho, se deixássemos de lado estes seres enviados por Deus, que anunciam a sua presença no meio de nós e constituem um sinal da mesma» (Bento XVI). A cada pessoa está atribuído um anjo específico: o anjo da guarda. Acompanha-a desde a infância até à morte com a sua protecção e intercessão.

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