Deus é amor, um amor que se dá, que chama e surpreende

Perante as experiências de fracasso, de amargura e até do facto de as coisas não resultarem como se esperava, aparece sempre uma subtil e perigosa tentação que convida ao desânimo, a desistir. É a psicologia do sepulcro que tinge tudo de resignação, fazendo-nos apegar a uma tristeza adocicada que corrói, como a traça, toda a esperança. Assim se consolida a maior ameaça que se pode enraizar numa comunidade: o pragmatismo cinzento da vida, na qual aparentemente tudo procede dentro da normalidade, mas na realidade a fé vai-se apagando e degenerando na mesquinhez (cf. Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 83) (…).

Um dos grandes desgostos e obstáculos, que hoje sentimos, situa-se não tanto ao nível da compreensão de que Deus é amor, mas no facto de termos chegado a anunciá-Lo e testemunhá-Lo duma maneira tal, que, para muitos, este não é o seu nome. Mas Deus é amor, um amor que se dá, que chama e surpreende.

Papa Francisco, Homilia, Sófia (Bulgária), 5 de Maio de 2019

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Dia da Mãe: 5 de Maio

Oração pelas Mães

Senhor, nosso Deus, obrigado pela Mãe que nos deste! A sua presença serena inspira-nos confiança; o seu serviço constante ensina-nos a amar; a sua vida simples desperta-nos para a fé; o seu olhar profundo inspira-nos bondade; a sua ternura leva-nos a acolher; o seu rosto tranquilo fala-nos do Teu rosto materno.

Neste dia a elas dedicado, o universo inteiro canta, Senhor, as maravilhas que operaste nestas criaturas tão bonitas: obra prima das Tuas mãos criadoras. Acompanha e ajuda, Senhor, as nossas Mães nas alegrias e nas lágrimas,nos trabalhos e nas preocupações, e, quando a idade avançar e as suas forças diminuírem, que redobre a nossa ternura e a nossa presença junto delas.

Senhor, nosso Deus, temos também presentes, agradecemos e rezamos pelas nossas Mães que já partiram deste mundo: que lá no Céu gozem da Tua presença junto de Maria, nossa querida Mãe.

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“Eis a tua mãe” (Jo 19, 27)

Acolher Maria na nossa vida, como mãe, é cumprir a vontade de Jesus que, na pessoa de João, no-La confiou. Não podemos acolher Jesus na nossa vida sem acolher Maria, sua e nossa Mãe. Como Seus filhos, todos nós acorremos a Ela nas nossas múltiplas necessidades.

 Santo Henrique de Ossó

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Maio, mês de Maria. O Terço

– O Terço é a oração que sempre acompanha a minha vida; é também a oração dos simples e dos santos… é a oração do meu coração (Papa Francisco).

– Mediante o Rosário, o povo cristão aprende com Maria a contemplar a beleza do rosto de Cristo, e a experimentar a profundidade do seu amor (São João Paulo II).

– Felizes as pessoas que rezam bem o Santo Rosário, porque Maria Santíssima lhes obterá graças na vida, graças na hora da morte e glória no Céu (Santo António Maria Claret).

– O Rosário é “arma” espiritual na luta contra o mal, contra a violência, pela paz nos corações, nas famílias, na sociedade e no mundo (Bento XVI).

– O Terço é a minha oração predilecta. A todos, exorto, cordialmente, que o rezem (São João Paulo II).

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Feridas da cruz, alfabeto de amor

Jesus chega de portas fechadas (cf. João 20,19-31)… Dirige-se a Tomé… Não se impõe, propõe-se: põe aqui o teu dedo e olha para as minhas mãos; estende a tua mão e mete-a no meu lado. Jesus respeita a dificuldade e as dúvidas; respeita os tempos de cada um e a complexidade do acreditar; não se escandaliza, repropõe-se. Que belo seria se também nós fossemos formados, como no cenáculo, mais para o aprofundamento da fé do que para a obediência; mais à procura do que ao consenso. Quantas energias e quanta maturidade seriam libertadas!

Jesus expõe-se a Tomé com todas as feridas abertas. Oferece duas mãos chagadas onde se pode repousar e retomar o sopro da coragem. Pensavam que a ressurreição teria suprimido a paixão, fechado os furos dos pregos, curado as chagas. Mas não: elas são a narrativa do amor escrita sobre o corpo de Jesus com o alfabeto das feridas, irremovíveis, como o próprio amor. A Cruz não é um simples acidente de percurso a ultrapassar com a Páscoa, é o porquê, o sentido.

Eremes Ronchi

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Gostaria de Te perguntar, Jesus

Se não fosse atrevimento, gostaria de Te perguntar, Jesus, e que me respondesses: por que me amas tanto? 

Sei com certeza que me amais mais do que eu posso amar. É evidente que o Teu amor por mim não tem medida. Não duvido, nem posso duvidar do amor infinito que me tens, ao ver a Tua cruz, as Tuas chagas, o Teu Coração trespassado pela lança e o Teu Corpo convertido em comida e bebida para mim…

Santo Henrique de Ossó

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Ver Jesus

Senhor Jesus, / Há tanta gente que Te procura à pressa e Te quer ver. / Mas quando dizem que Te querem ver, / Não é para Te conhecer. / É o teu rosto, a cor dos teus olhos e cabelos, / A tez da tua pele, a tua forma de vestir que os atrai e contagia. / Querem ver-te como se fosse numa fotografia.

Mas Tu, Senhor Jesus Ressuscitado,/ Quando Te dás a conhecer a nós, / Não mostras o rosto, / Uma fotografia, / O cartão de cidadão. / Se fosse assim, / Mal seria que os teus amigos Te não reconhecessem.

E o facto é que, / Quando surges no meio deles, / Não Te reconhecem. / E em vez do rosto, / São, afinal, as mãos e o lado que apresentas. / Entenda-se: é a tua maneira de viver que nos queres fazer ver. / Na verdade, a tua identidade é dar a vida, / É dar a mão e o coração. / É essa a tua lição, a tua paixão, a tua ressurreição.

Senhor, dá-nos sempre desse pão!

António Couto

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Das chagas de Jesus vem a misericórdia

Oito dias depois, isto é, exactamente como hoje, repete-se a aparição: Jesus vem ao encontro da incredulidade de Tomé, convidando-o a tocar as suas chagas. Elas constituem a fonte da paz, porque são o sinal do imenso amor de Jesus que derrotou as forças hostis ao homem, o pecado e a morte. Convida-o a tocar as chagas. É um ensinamento para nós, como se Jesus dissesse a todos nós: “Se tu não estás em paz, toca as minhas chagas”.

Tocar as chagas de Jesus, que são os tantos problemas, dificuldades, perseguições, doenças, de tantas pessoas que sofrem. Tu não estás em paz? Vai, vai visitar alguém que é o símbolo da chaga de Jesus. Toca a chaga de Jesus. (…)

As chagas de Jesus são um tesouro, delas vem a misericórdia. Sejamos corajosos e toquemos as chagas de Jesus. Com estas chagas Ele está diante do Pai, mostra-as ao Pai, como se dissesse: “Pai, este é o preço, estas chagas são o que paguei pelos meus irmãos”. Com as suas chagas Jesus intercede diante do Pai, dá-nos a misericórdia se nos aproximamos e intercede por nós. Não esqueçamos as chagas de Jesus.

Papa Francisco, Regina Coeli, 28 de Abril de 2019

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