Duas verdades evocadas pelo Escapulário

São duas, pois, as verdades evocadas pelo sinal do Escapulário: por um lado, a contínua protecção da Virgem Santíssima, não só ao longo do caminho da vida, mas também no momento da suprema passagem para a plenitude da glória eterna; por outro, a consciência de não se poder limitar a devoção a Maria a meras orações e serviços prestados a fim de a honrar em algumas circunstâncias, devendo antes aquele constituir um “hábito”, ou seja, uma orientação constante da própria conduta pessoal, imbuída de oração e vida interior, mediante a prática frequente dos sacramentos e o exercício concreto das obras de misericórdia espirituais e corporais.

 São João Paulo II

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17º Domingo do Tempo Comum – Ano B

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João (Jo 6, 1-15) 

Depois disto, Jesus foi para a outra margem do lago da Galileia, ou de Tiberíades. Seguia-o uma grande multidão, porque presenciavam os sinais miraculosos que realizava em favor dos doentes. Jesus subiu ao monte e sentou-se ali com os seus discípulos. Estava a aproximar-se a Páscoa, a festa dos judeus. Erguendo o olhar e reparando que uma grande multidão viera ter com Ele, Jesus disse então a Filipe: «Onde havemos de comprar pão para esta gente comer?» Dizia isto para o pôr à prova, pois Ele bem sabia o que ia fazer. Filipe respondeu-lhe: «Duzentos denários de pão não chegam para cada um comer um bocadinho.» Disse-lhe um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro: «Há aqui um rapazito que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é isso para tanta gente?» Jesus disse: «Fazei sentar as pessoas.» Ora, havia muita erva no local. Os homens sentaram-se, pois, em número de uns cinco mil. Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os pelos que estavam sentados, tal como os peixes, e eles comeram quanto quiseram. Quando se saciaram, disse aos seus discípulos: «Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca». Recolheram-nos, então, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada que sobejaram aos que tinham estado a comer. Aquela gente, ao ver o sinal milagroso que Jesus tinha feito, dizia: «Este é realmente o Profeta que devia vir ao mundo!» Por isso, Jesus, sabendo que viriam arrebatá-lo para o fazerem rei, retirou-se de novo, sozinho, para o monte.

Reflexão

O Papa Francisco disse que neste acontecimento relatado pelo evangelho deste Domingo lê-se três mensagens:

A primeira é a compaixão: “Diante da multidão que o segue e – por assim dizer – «não o deixa em paz», Jesus não reage com irritação, não diz: «Estas pessoas incomodam-me!». Não, não. Mas reage com um sentimento de compaixão, porque sabe que não o procuram movidos pela curiosidade, mas pela necessidade. Mas prestemos atenção: compaixão – aquilo que Jesus sente – não é simplesmente sentir piedade; é algo mais! Significa com-padecer-se, ou seja, identificar-se com o sofrimento alheio, a ponto de o carregar sobre si…”.

A segunda é a partilha: “É útil confrontar a reacção dos discípulos, diante de pessoas cansadas e famintas, com a de Jesus. São diferentes. Os discípulos pensam que é melhor despedir a multidão, para que possa ir comprar algo para comer. Jesus, ao contrário, diz: Dai-lhes vós mesmos de comer!..”.

E a terceira mensagem: “O prodígio dos pães prenuncia a Eucaristia. Vê-se isto no gesto de Jesus, que «abençoou» (v. 19) antes de partir os pães e de os distribuir à multidão. É o mesmo que fará Jesus na última Ceia, quando instituirá o memorial perpétuo do seu Sacrifício redentor. Na Eucaristia, Jesus não oferece um pão, mas o pão de vida eterna, doa-se a Si mesmo, oferecendo-se ao Pai por amor a nós”.

Palavra para o caminho

O pão é multiplicado porque alguém “muito pequeno” renuncia a conservar para si as suas próprias seguranças arriscando fazer-se passar por ridículo e fracassar. O “rapazinho” da narração evangélica fia-se em Jesus, mesmo quando ele nada tinha prometido. O rapazito é uma pessoa insignificante, os pães são poucos e os peixes ainda menos. Tudo começa pela generosidade. Passando pelas mãos de Jesus tudo se converte em grande e belo. Há uma desproporção entre o que somos e o que Deus nos faz chegar a ser, se nos pusermos nas suas mãos. “Nada é impossível para Deus”. O nosso povo na sua sabedoria afirma: “O pouco com Deus é muito e o muito sem Deus é nada”.

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Solenidade do Profeta Elias – 20 de Julho

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Alguns peregrinos que foram do Ocidente para a Terra Santa escolheram o Monte Carmelo e estabeleceram-se junto da fonte chamada de Elias. Nesse lugar permanece ainda viva a memória do profeta cheio de zelo pelo Senhor, cuja palavra arde como uma tocha; o profeta que está na presença de Deus, sempre disposto a servi-Lo e a cumprir a sua Palavra; o profeta que mostra ao povo o verdadeiro Senhor; o profeta que estimula os seus a decidir-se a orientar a sua existência unicamente para o Senhor; o profeta atento à voz de Deus e ao grito dos pobres, que sabe defender os direitos do Único e dos seus predilectos, os últimos.

A Bíblia conta de Elias as maiores maravilhas e faz os mais belos elogios: pela sua oração Deus enviou abundantemente a chuva depois de um longo e rigoroso período de seca. Fugindo do terrível rei Acab e escondido numa gruta, o Senhor ordenou a um corvo que durante muitos dias levasse pão a Elias. Na sua fuga ia o profeta esfomeado. Era o tempo da seca. Foi pois neste período que Elias abençoou uma viúva pedindo ao Senhor que, enquanto durasse a seca, não lhe faltasse nem a farinha nem o azeite para o seu sustento e do seu filho, em reconhecimento pela hospitalidade desta família pobre que socorreu o faminto profeta de Deus. E, mais tarde, tendo morrido o único filho desta viúva, Elias ressuscitou o menino. No monte Carmelo Elias fez descer fogo sobre o sacrifício, mostrando assim que o deus Baal e os seus profeta eram falsos. Novamente viu-se forçado a fugir de Acab e da sua mulher Jezabel. Faminto e desalentado no deserto a ponto de desejar morrer, Deus alimenta-o através de um anjo com pão e água, e encoraja-o a caminhar durante quarenta dias e quarenta noites até ao monte de Deus, o Horeb. Uma vez aqui, Deus mostrou-se a Elias já não nos tradicionais sinais do Antigo Testamento, do fogo, do terramoto ou do forte vento, mas numa brisa suave. Esta nova experiência de Deus dá-lhe olhos novos, abre um novo horizonte e devolve a Elias a liberdade para a acção, a vitória sobre o medo, a vontade de continuar a lutar pela causa de Deus em defesa da vida do povo, e dá-lhe, ao mesmo tempo, a consciência clara de não ser o dono da luta nem o único a defender a causa de Deus.

Elias converteu-se assim, para os primeiros carmelitas e os irmãos que lhes sucederam, na primeira pessoa que tinha incarnado o ideal de vida que os tinha estimulado a deixar as suas casas. Sentiram-se, em certo sentido, filhos seus, herdeiros de uma riqueza espiritual que, por diferentes caminhos, tinha chegado até eles. Os carmelitas de então, como os de hoje, têm Elias como seu “Pai”, não no sentido histórico ou material, mas pelos valores que a sua figura exprime.

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16º Domingo do Tempo Comum – Ano B

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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos (Mc 6, 30-34) 

Naquele tempo os Apóstolos reuniram-se a Jesus e contaram-lhe tudo o que tinham feito e ensinado. Disse-lhes, então: «Vinde, retiremo-nos para um lugar deserto e descansai um pouco.» Porque eram tantos os que iam e vinham, que nem tinham tempo para comer. Foram, pois, no barco, para um lugar isolado, sem mais ninguém. Ao vê-los afastar, muitos perceberam para onde iam; e de todas as cidades acorreram, a pé, àquele lugar, e chegaram primeiro que eles. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, então, a ensinar-lhes muitas coisas.

Reflexão

O nosso texto começa com a narração do regresso dos discípulos que, entusiasmados, contam a Jesus a forma como se tinha desenrolado a missão que lhes fora confiada. Na sequência, Jesus convida-os a irem com Ele para um lugar isolado e a descansarem um pouco. Os discípulos foram, com Jesus, para um lugar deserto; mas as multidões adivinharam para onde Jesus e os discípulos se dirigiam e chegaram primeiro. Ao desembarcar, Jesus viu as pessoas, teve compaixão delas (“porque eram como ovelhas sem pastor”) e pôs-se a ensiná-las.

A primeira coisa que o evangelista destaca é o olhar de Jesus. Não se irrita porque interromperam os seus planos. Olha-os demoradamente e comove-se. O seu coração intui a desorientação e o abandono em que se encontram os camponeses daquelas aldeias. Na Igreja temos de aprender a olhar para o povo como o olhava Jesus: captando o sofrimento, a solidão, o desconcerto ou o abandono que sofrem muitos e muitas.

A partir desse olhar, Jesus descobre a necessidade mais profunda daquelas pessoas: “andam como ovelhas sem pastor”. Vivem sem que ninguém cuide, realmente, delas. Não têm um pastor que as guie e defenda.

Movido pela compaixão, Jesus “pôs-se a ensiná-las”. Sem pressa, dedica-se pacientemente a ensinar-lhes a Boa Notícia de Deus. Não o faz por obrigação. Não pensa em si mesmo. Comunica-lhes a Palavra de Deus, comovido pela necessidade que têm de um pastor.

Não podemos permanecer indiferentes diante de tanta gente que, dentro das nossas comunidades cristãs, procuram um alimento mais sólido do que aquele que recebe. Não são poucos os cristãos que buscam ser melhor alimentados. Necessitam de pastores que lhes transmitam o ensinamento de Jesus.

Palavra para o caminho

Estes cinco versículos do Evangelho deste Domingo põem em relevo duas coisas: dão um retrato de Jesus formador dos discípulos e indicam que anunciar a Boa Nova de Jesus não é só uma questão de doutrina, mas sobretudo de acolhimento, bondade, ternura, disponibilidade, revelação do amor de Deus.

Marcos define o conteúdo do ensino de Jesus como “Boa Nova de Deus” (Mc 1, 14). A Boa Nova que Jesus proclama vem de Deus e revela algo sobre Deus. Em tudo o que Jesus diz e faz reflecte-se os traços do rosto de Deus. Reflecte a experiência que Ele mesmo tem de Deus, a experiência do Pai. Revelar Deus como Pai é a fonte, o conteúdo e o fim da Boa Nova de Deus.

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Solenidade de Nossa Senhora do Carmo – 16 de Julho

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Flor do Carmelo, vide florescente, esplendor do Céu, Virgem Mãe, singular. Doce Mãe, mas sempre Virgem, aos teus filhos dá teus favores, ó estrela do mar” (São Simão Stock).

Os primeiros eremitas do Monte Carmelo, local da Terra Santa onde nasceu a Ordem do Carmo, construíram no meio das suas celas uma capela, centro das suas vidas, onde diariamente se reuniam para celebrar em conjunto a Eucaristia. Esta capela dedicaram-na à Bem-Aventurada Virgem Maria. Com este gesto, o primeiro grupo de Carmelitas escolheu-a como Padroeira, comprometendo-se deste modo a estar ao seu serviço e a esperar dela confiadamente a sua protecção. Tinham orgulho em ser chamados de Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo e defenderam este título com toda a energia, quando viram ameaçado o direito de ter este nome.

Na Virgem Maria, os Carmelitas encontram a imagem perfeita de tudo o que eles esperam: entrar numa relação íntima com Cristo, estar totalmente abertos à vontade de Deus e deixar que as suas vidas sejam transformadas pela Palavra de Deus. Os Carmelitas consideraram sempre Maria como a Padroeira da Ordem, e proclamaram-na como Mãe e Formosura do Carmelo. Os Carmelitas vivem em intimidade espiritual com ela, para que possam aprender dela a viver como filhos de Deus.

É impossível falar de devoção mariana no Carmelo, sem mencionar o Escapulário. Este é o símbolo de toda a riqueza da devoção a Maria Santíssima. O símbolo do Escapulário acentua os dois aspectos fundamentais da vida Carmelita: a nossa devoção para com Maria, a Mãe de Jesus, e a protecção da parte dela para connosco.

Oração a Nossa Senhora do Carmo

Santíssima Virgem Maria, Esplendor e Glória do Carmelo, vós olhais com especial ternura os que se revestem com o vosso Santo Escapulário. Cobri-me com o manto da vossa maternal protecção, pois a Vós me consagro hoje e para sempre. Fortalecei a minha fraqueza com o vosso poder. Iluminai a escuridão do meu espírito com a vossa sabedoria. Aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade. Adornai a minha alma com muitas graças e virtudes. Assisti-me na vida, consolai-me na morte com a vossa presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho(a) dedicado(a), para que  possa louvá-La por toda a eternidade. Amen.

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Rumo à Solenidade de Nossa Senhora do Carmo – 3

Maria viveu todos os momentos da sua vida em fé 

Antífona: Flor do Carmelo, vide florescente, esplendor do Céu, Virgem Mãe, singular. Doce Mãe, mas sempre Virgem, aos teus filhos dá teus favores, ó estrela do mar.

Toda a vida de Maria foi uma peregrinação na fé. É proclamada feliz por Isabel, porque acreditou, mas como esta bem-aventurança de Maria foi provada ao longo da sua vida!… Na Anunciação, Maria abre-se a Deus e à Sua proposta de amor e aqui inicia a Sua caminhada de fé! Maria e José vão sendo introduzidos, durante os anos da vida escondida em Nazaré, neste contacto com um Jesus tão humano e tão igual a nós, na prova da noite da fé. Mais tarde, já na vida pública, Maria sofrerá ao ver que Jesus e o Seu ensino não são bem aceites…Vai vendo como tudo isto O encaminha para a Cruz… Mas foi junto à Cruz que Maria viveu a grande prova da fé. Todas as palavras recebidas na Anunciação aparecem desmentidas no Calvário… Ao ver Jesus morto, Maria padece a noite mais escura. Comunga o Seu aniquilamento . A provação da sua fé torna-A intimamente participante da morte de Jesus, por amor de todos. E assim se torna Mãe da Humanidade. A provação da fé de Maria, condu-La à plenitude do Amor do Pai, que gera uma multidão de filhos e que Maria acolhe como Mãe!

Virgem Maria, concede-nos acolher em fé cada um dos momentos da nossa vida, como meio para nos unirmos intimamente a Teu Filho Jesus, e a nossa vida se tornar fecunda em amor, ajudando a gerar novos filhos para toda a Igreja. 

Ave Maria…

Oração

Santíssima Virgem Maria, Esplendor e Glória do Carmelo, vós olhais com especial ternura os que se revestem com o vosso Santo Escapulário. Cobri-me com o manto da vossa maternal protecção, pois a Vós me consagro hoje e para sempre. Fortalecei a minha fraqueza com o vosso poder. Iluminai a escuridão do meu espírito com a vossa sabedoria. Aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade. Adornai a minha alma com muitas graças e virtudes. Assisti-me na vida, consolai-me na morte com a vossa presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho(a) dedicado(a), para que  possa louvá-La por toda a eternidade. Amen.

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Rumo à Solenidade de Nossa Senhora do Carmo – 2

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Maria aprende a ser discípula de Jesus e torna-Se, junto à Cruz, Mãe fecunda da Igreja

Antífona: Flor do Carmelo, vide florescente, esplendor do Céu, Virgem Mãe, singular. Doce Mãe, mas sempre Virgem, aos teus filhos dá teus favores, ó estrela do mar.

Maria foi aprendendo, na interioridade do Seu Coração, onde ponderava e conservava todas as coisas, de como Jesus A foi convidando a passar de mãe a discípula, e este caminho não foi fácil para Ela. Maria ao pronunciar o seu Fiat, faz a Deus uma entrega sem limites, para tudo o que Ele quiser realizar n’Ela. Abandona-Se totalmente, sem reservas. Vai compreendendo que deve deixar Jesus seguir o Seu destino, que não O voltará a ter, senão tornando-Se discípula. O próprio Jesus foi a cruz quotidiana de Sua Mãe. Chamou-A a renunciar ao seu vínculo maternal para O seguir como discípula. Ele próprio renunciava, quotidianamente, à Sua mãe. Será junto à cruz que Maria perde Jesus, Se torna discípula e recebe, já não apenas o Seu Filho único, mas uma multidão de filhos.

Maria, dá-nos um coração generoso para dizer sempre “sim”, um coração simples, humilde, paciente, purificado, abandonado a Deus como o Teu, para que o Amor de Deus Se possa manifestar livremente em nós, na nossa vida e nos outros, e assim sermos verdadeiros discípulos de Jesus, fecundos em obras de amor para toda a Igreja. 

Ave Maria…

Oração

Santíssima Virgem Maria, Esplendor e Glória do Carmelo, vós olhais com especial ternura os que se revestem com o vosso Santo Escapulário. Cobri-me com o manto da vossa maternal protecção, pois a Vós me consagro hoje e para sempre. Fortalecei a minha fraqueza com o vosso poder. Iluminai a escuridão do meu espírito com a vossa sabedoria. Aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade. Adornai a minha alma com muitas graças e virtudes. Assisti-me na vida, consolai-me na morte com a vossa presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho(a) dedicado(a), para que  possa louvá-La por toda a eternidade. Amen.

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Rumo à Solenidade de Nossa Senhora do Carmo – 1

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Maria medita todos os acontecimentos da Sua vida, no silêncio do seu coração

Antífona: Flor do Carmelo, vide florescente, esplendor do Céu, Virgem Mãe, singular. Doce Mãe, mas sempre Virgem, aos teus filhos dá teus favores, ó estrela do mar.

Maria é a mulher da vida interior, virgem silenciosa e fiel. É da contemplação de Jesus, e dos acontecimentos da vida do Seu Menino, que nasce em Maria a necessidade de entrar no Seu Coração, nesse lugar de silêncio e adoração, e aí conservar todas estas coisas. Também nós, quando não compreendemos o agir de Deus na nossa vida, precisamos de nos recolher em silêncio, no nosso coração. Aí devemos esperar a luz do Espírito Santo que nos há-de iluminar e esclarecer, reconhecendo que tudo vem da vontade de Deus. “Meditar dia e noite na Lei do Senhor” é viver, como Maria, com os olhos postos em Cristo, reconhecendo-O presente em tudo. Maria chama-nos também a entrarmos no nosso coração, onde se reza a Deus, se recebe a Sua luz e se aprende a Sua vontade, e a comunhão íntima com Deus e com os irmãos. O Carmelo é Casa de Comunhão para todos nós seus filhos, porque o Carmelo é o Coração imenso da nossa Mãe sempre aberto para nos acolher!

Virgem Maria, Senhora do silêncio, ensina-nos a descobrir Jesus no meio dos acontecimentos da nossa vida, para nos unirmos mais intimamente a Ele, compreendendo o Seu agir e a Sua vontade, e assim O irradiarmos para os outros, nos nossos gestos de fraternidade, de amor, ternura e comunhão. 

Ave Maria…

Oração

Santíssima Virgem Maria, Esplendor e Glória do Carmelo, vós olhais com especial ternura os que se revestem com o vosso Santo Escapulário. Cobri-me com o manto da vossa maternal protecção, pois a Vós me consagro hoje e para sempre. Fortalecei a minha fraqueza com o vosso poder. Iluminai a escuridão do meu espírito com a vossa sabedoria. Aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade. Adornai a minha alma com muitas graças e virtudes. Assisti-me na vida, consolai-me na morte com a vossa presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho(a) dedicado(a), para que  possa louvá-La por toda a eternidade. Amen.

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O Senhor os apertará contra o peito

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O Senhor conduzirá o seu rebanho para as pastagens, reunirá os pequenos cordeiros e os apertará contra o seu peito”. E como se todas essas promessas não bastassem, o mesmo profeta, cujo olhar inspirado mergulhava já nas profundidades eternas, exclama em nome do Senhor: “Como uma mãe acaricia o seu filho, assim eu vos consolarei; levar-vos-ei ao colo e acariciar-vos-ei sobre os meus joelhos”. Ó querida madrinha! Depois de semelhante linguagem, nada mais resta senão calar-nos, chorar de gratidão e de amor…

Santa Teresinha do Menino Jesus 

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