5º Domingo da Páscoa – Ano C

fd124651a39bf737d833f956cda6ad46

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João (Jo 13, 31-35)

Quando Judas saiu do Cenáculo, Jesus disse aos seus discípulos: «Agora foi glorificado o Filho do Homem e Deus foi glorificado n’Ele. Se Deus foi glorificado n’Ele, Deus também o glorificará em Si mesmo e glorificá-l’O-á sem demorara.» «Filhinhos, é por pouco tempo que ainda estou convosco. Dou-vos um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros. Como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros.»

Reflexão

Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros”. Que bela novidade! Aliás, o mandamento  de “amar o seu próximo como a si mesmo” encontra-se já no Livro do Levítico. Então, como compreender esta “novidade”? O próprio Jesus dá-nos a chave: “Como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros”. Só olhando Jesus saberemos como Ele nos amou. Aqui, a medida não sou eu. Aqui, a medida é Jesus. Aqui, a medida é sem medida! Aqui, o amor não é interesseiro. Aqui, o amor é puro, radical, incondicional. Aqui, o amor é até ao fim, e obriga-nos a ter sempre como referência o Senhor Jesus e o seu modo de viver, dando a vida por amor, para sempre e para todos!A sua própria vida é uma prática desta palavra.

Amar como Jesus e em Jesus expressa-se diariamente pela morte ao egoísmo e à busca do poder dominador, para que sejamos servidores, especialmente dos mais humildes, a exemplo do Mestre que “não veio para ser servido, mas para servir” (Mc 10,45).

Este amor é tão fundamental para a comunidade dos discípulos de Jesus que deve tornar-se o seu sinal característico: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros”. É o amor mútuo e concreto que deve distinguir os discípulos de Jesus. A primeira coisa que os discípulos experimentaram é que Jesus amou-os como amigos: ”Já não vos chamo de servos… mas chamo-vos de amigos”. Na Igreja temos que nos querer, simplesmente, como amigos e amigas. E, entre amigos, cuida-se da igualdade, da proximidade e do apoio mútuo. Ninguém está acima de ninguém. Nenhum amigo é senhor dos seus amigos.

Os Actos dos Apóstolos lembra-nos que foi em Antioquia que os discípulos receberam, pela primeira vez, o nome de cristãos. Receberam uma nova designação, da parte dos outros, porque a sua maneira de viver era marcadamente diferente das outras comunidades religiosas da cidade: era marcada pelo amor mútuo.

Palavra para o caminho

O amor que Ele nos teve e tem me espanta a mim mais e me desatina, sendo nós o que somos” (Santa Teresa de Jesus).

Abrir

Queres ser um deles? 

biblia-record (1)

A Igreja precisa de pessoas que saiam da apatia e do indiferentismo e trabalhem pelos irmãos necessitados. E, sobretudo, precisa de apóstolos que tornem Jesus Cristo conhecido e amado. Queres ser um deles?

Santo Henrique de Ossó

Abrir

Exame de consciência

jesus-teaches-the-twelve_1128355_inl

Exame de consciência é aprender com tudo o que acontece, é tirar lições de vida. (…) Fazer um exame de consciência, mais que diário, várias vezes ao dia. No fim de um acontecimento, no fim de uma conversa, perguntar: “O que é que isto me ensina, o que é que eu aprendi com esta situação?” Não é só ver no que é que falhámos, mas, melhor do que isso, ver em que é que acertámos! O que é que se pode desenvolver? É esta a grande pedagogia do Evangelho, alimentada pela pedagogia do perdão, de um Deus que acha sempre que se pode recomeçar, mesmo falhando.

Vasco P. Magalhães, sj

Abrir

4º Domingo da Páscoa – Ano C

il-buon-pastore

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João (Jo 10, 27-30)

As minhas ovelhas escutam a minha voz: Eu conheço-as e elas seguem-me. Dou-lhes a vida eterna, e nem elas hão-de perecer jamais, nem ninguém as arrancará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos e ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai. Eu e o Pai somos Um.»

Reflexão

Nós crentes, dizemos que acreditamos em Deus mas muito frequentemente na prática vivemos como se Ele não existisse. Temos dificuldade em caminhar na “presença de Deus”. Analisamos as nossas crises e planificamos o trabalho, pensando unicamente nas nossas possibilidades. Esquecemo-nos que o mundo está nas mãos de Deus, e não nas nossas. Ignoramos que o Grande Pastor que cuida e guia a vida de cada ser humano é Deus. Vivemos, habitualmente, como cristãos “órfãos” que perderam o seu Pai. Sentimo-nos sós e cada um defende-se como pode.

Segundo o relato evangélico, Jesus está em Jerusalém e nessa ocasião diz, falando das suas “ovelhas”, que elas escutam-no e seguem-no: Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos e ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai.

Segundo Jesus, Deus supera a todos. Que nós estejamos em crise, não significa que Deus esteja em crise. Que nós cristãos percamos o ânimo e desanimemos, não quer dizer que Deus ficou sem forças para nos salvar. Que nós tenhamos dificuldade em dialogar com o homem de hoje, não significa que Deus já não encontre caminhos para falar ao coração de cada pessoas. Que as pessoas abandonem as nossas comunidades e igrejas, não quer dizer que escapem das mãos protectoras de Deus.

Deus é Deus. Nenhuma crise religiosa nem nenhuma mediocridade da Igreja poderá arrebatar esses filhos e filhas a quem ama com amor infinito. Deus não abandona ninguém. Tem os seus caminhos que não são necessariamente os que nós pretendemos impôr-Lhe.

Palavra para o caminho

Segundo Karl Rahner, teólogo alemão do século passado, “o cristão do futuro ou será um místico, isto é, uma pessoa que experimentou algo, ou não será cristão. Porque a espiritualidade do futuro não se apoiará mais numa convicção unânime, evidente e pública, nem num ambiente religioso generalizado, mas na experiência e decisão pessoais”. O que muda o coração do homem e o converte não são as palavras, as ideias e as razões, mas a escuta sincera da voz de Deus. É essa escuta sincera de Deus, que transforma a nossa solidão interior em comunhão vivificante e fonte de vida nova.

Abrir

Um segredo para guardar sempre a paz no coração

Girls Praying in Library --- Image by © Don Hammond/Design Pics/Corbis

Quero confiar-te um segredo… para guardar sempre a paz no coração… Se nos assalta uma pena ou uma nuvem se esconde no céu claro da nossa alma, deixemos por um momento os nossos afazeres, transportemo-nos ao Coração de Jesus […], digamos-Lhe em segredo que nada poderá separar-nos do Seu amor… depois retomemos com mais ânimo o nosso trabalho e, serenas, amemos ainda mais o bom Deus. Gostas da ideia? Metamos mãos à obra!

Beata Elias de São Clemente

Abrir

Espírito Santo, eu me abandono a Ti…

 hqdefault

Espírito Santo, ilumina-me. Que devo fazer e de que maneira devo encontrar Jesus? Os discípulos eram muito ignorantes; estavam com Jesus e não entendiam Jesus. Também eu estou na casa de Jesus e não entendo Jesus… A mínima coisa me perturba e agita. Sou demasiado delicada; não tenho suficiente generosidade para fazer sacrifícios por Jesus…

Ó Espírito Santo, quando Tu enviaste aos discípulos Teus raios de Luz, eles partiram [a anunciar a Reino]; já não eram o que eram antes; a sua força foi renovada, os sacrifícios tornaram-se-lhes fáceis; conheceram melhor Jesus do que quando Ele estava com eles. Fonte de paz, de luz, vem iluminar-me. Tenho fome, vem alimentar-me; tenho sede, vem dessedentar-me; sou cega, vem iluminar-me; sou pobre, vem enriquecer-me; sou ignorante, vem instruir-me. Espírito Santo, eu me abandono a Ti…

Santa Maria de Jesus Crucificado

Abrir

3º Domingo da Páscoa – Ano C

main-boat

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João (Jo 21, 1-19)

Algum tempo depois, Jesus apareceu outra vez aos discípulos, junto ao lago de Tiberíades, e manifestou-se deste modo: estavam juntos Simão Pedro, Tomé, a quem chamavam o Gémeo, Natanael, de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos. Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar.» Eles responderam-lhe: «Nós também vamos contigo.» Saíram e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada. Ao romper do dia, Jesus apresentou-se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele. Jesus disse-lhes, então: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?» Eles responderam-lhe: «Não.» Disse-lhes Ele: «Lançai a rede para o lado direito do barco e haveis de encontrar.»

Lançaram-na e, devido à grande quantidade de peixes, já não tinham forças para a arrastar. Então, o discípulo que Jesus amava disse a Pedro: «É o Senhor!» Simão Pedro, ao ouvir que era o Senhor, apertou a capa, porque estava sem mais roupa, e lançou-se à água. Os outros discípulos vieram no barco, puxando a rede com os peixes; com efeito, não estavam longe da terra, mas apenas a uns noventa metros.

Ao saltarem para terra, viram umas brasas preparadas com peixe em cima e pão. Jesus disse-lhes: «Trazei dos peixes que apanhastes agora.» Simão Pedro subiu à barca e puxou a rede para terra, cheia de peixes grandes: cento e cinquenta e três. E, apesar de serem tantos, a rede não se rompeu. Disse-lhes Jesus: «Vinde almoçar.» E nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-lhe: «Quem és Tu?», porque bem sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe. Esta já foi a terceira vez que Jesus apareceu aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.

Depois de terem comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, tu amas-me mais do que estes?» Pedro respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que eu sou deveras teu amigo.» Jesus disse-lhe: «Apascenta os meus cordeiros.» Voltou a perguntar-lhe uma segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-me?» Ele respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que eu sou deveras teu amigo.» Jesus disse-lhe: «Apascenta as minhas ovelhas.» E perguntou-lhe, pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu és deveras meu amigo?» Pedro ficou triste por Jesus lhe ter perguntado, à terceira vez: ‘Tu és deveras meu amigo?’ Mas respondeu-lhe: «Senhor, Tu sabes tudo; Tu bem sabes que eu sou deveras teu amigo!» E Jesus disse-lhe: «Apascenta as minhas ovelhas. Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais novo, tu mesmo atavas o cinto e ias para onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as mãos e outro te há-de atar o cinto e levar para onde não queres.» E disse isto para indicar o género de morte com que ele havia de dar glória a Deus. Depois destas palavras, acrescentou: «Segue-me!»

Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”

O teólogo canadiano Bernard Lonergan (1904-1984) afirmou que “crer é estar enamorado de Deus”, porque Deus é Amor.

Nada nos aproxima, melhor, do núcleo da fé cristã do que a experiência do enamoramento. O enamoramento é, provavelmente, a experiência mais elevada da existência humana. Nada há de mais alegre. Nada enche tanto o coração. Nada liberta, com mais força, da solidão e do egoísmo. Nada ilumina e dá força à vida com mais plenitude. Os místicos sabem-no. Sentem-se tão atraídos por Deus, que Ele começa a ser o centro das suas vidas, a luz e a alegria que as enchem. Não sabem viver sem Deus. Sem Ele a tristeza e o luto tomariam conta deles. Nada nem ninguém poderia preencher o vazio dos seus corações.

Alguém poderia pensar que tudo isto é reservado unicamente para pessoas especialmente dotadas para viver o mistério de Deus. Na realidade, estes crentes enamorados de Deus estão a dizer-nos para onde aponta a verdadeira fé: ser crente é, primeiramente, viver “enamorado” por Deus.

Para o enamorado não é nenhum peso recordar a pessoa amada, sintonizar com ela, corresponder aos seus desejos. Para o crente enamorado de Deus, não é nenhum peso estar em silêncio diante dele, acolhê-lo em oração, escutar a sua vontade, viver do seu Espírito. A religião não é obrigação, é enamoramento.

Neste contexto, a cena evangélica do diálogo entre Jesus e Pedro tem uma relevância especial: “Simão, filho de João, tu amas-me?”. A resposta de Pedro é comovedora: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”.

Palavra para o caminho

O texto do evangelho para o 3º Domingo da Páscoa (Ano C) não pode ser mais actual para os cristãos: só a presença de Jesus ressuscitado, o seu alento e a sua palavra podem dar eficácia e fecundidade ao trabalho evangelizador dos seus discípulos. Caso contrário é infrutífero: “Naquela noite não pescaram nada”. A “noite” significa na linguagem do evangelista João a ausência de Jesus. A Luz verdadeira que vem a este mundo para iluminar todos os homens é Jesus (João 1,9). Sem esta Luz, que é Jesus, andamos às escuras, na noite, na dor, no fracasso, na incompreensão.

Abrir

Quão inefável é a tua condescendência

cristo_misericordioso_grande_07042013180616

Ó Jesus! Se eu pudesse dizer a todas as pequenas almas quão inefável é a tua condescendência!… Sinto que, se por um impossível, encontrasses uma alma mais débil, mais fraca do que a minha, deleitar-Te-ias a cumulá-la de favores ainda maiores, se ela se abandonasse com inteira confiança à Tua misericórdia infinita.

Santa Teresa do Menino Jesus

Abrir

2º Domingo da Páscoa – Ano C

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João (Jo 20, 19-31)

Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhe-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes serão retidos». Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão na seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!» Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto». Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome.

Reflexão

Meu Senhor e meu Deus!” Fazemos, frequentemente, a experiência de uma fé “inquieta”, que não fica em repouso, que procura compreender. A dúvida, então, faz parte desta fé. Certamente, pode haver dúvidas destrutivas, aquela que nasce, por exemplo, de uma inveja, porque se desconfia da infidelidade do outro. Tal não é a dúvida de Tomé. Ele gostaria de acreditar no que lhe dizem os companheiros. Tomé não diz que os seus companheiros estão a mentir ou que estão enganados. Apenas afirma que o testemunho deles não lhe basta para aderir à sua fé. Ele necessita viver a sua própria experiência. E Jesus não o recriminará em nenhum momento.

Tomé pôde expressar as suas dúvidas dentro do grupo de discípulos. Ao que parece não se escandalizaram. Não o expulsam para fora do grupo. Tampouco, eles acreditaram nas mulheres quando lhes anunciaram que viram Jesus ressuscitado. O episódio de Tomé deixa antever o longo caminho que o pequeno grupo de discípulos teve que percorrer  até chegar à fé em Cristo ressuscitado.

As comunidades cristãs deveriam ser, em nossos dias, um espaço de diálogo onde poderíamos partilhar honestamente as dúvidas, as interrogações e as buscas dos fiéis de hoje. Nem todos vivemos, no nosso interior, a mesma experiência. Para crescer na fé necessitamos do estímulo e do diálogo com outros que partilham a nossa mesma inquietação.

Porém, nada pode substituir a experiência de um contacto pessoal com Cristo no fundo da própria consciência. Segundo o relato evangélico, aos oito dias apresenta-se de novo Jesus. Não critica Tomé pelas suas dúvidas. A sua resistência em acreditar revela a sua honestidade. Jesus mostra-lhe as suas feridas. Não são “provas” da ressurreição, mas “sinais” do seu amor e entrega até à morte. Por isso,  convida-o a aprofundar as suas dúvidas com confiança: “Não seja incrédulo, mas fiel”. Tomé renuncia a qualquer outra verificação. Já não sente necessidade de provas. Só sabe que Jesus o ama e o convida a confiar: “Meu Senhor e meu Deus” (Jo 20, 28).

Palavra para o caminho

Tomé, é chamado Gémeo (Dídimo)! Irmão gémeo! Irmão gémeo de quem? Meu e teu, assim pretende o narrador. De vez em quando, também nós não estamos com a comunidade. Como Tomé, chamado Gémeo. Por vezes, também duvidamos e queremos provas. Como Tomé, chamado Gémeo. Salta à vista que também devemos estar com a comunidade. Como Tomé, chamado Gémeo. E professar convictamente a nossa fé no Ressuscitado, que nos preside e nos precede sempre.

Não devemos assustar-nos ao sentir que brotam em nós dúvidas e interrogações. As dúvidas, vividas de forma sadia, salvam-nos de uma fé superficial. As dúvidas estimulam-nos a ir até ao final na nossa confiança no Mistério de Deus encarnado em Jesus.

Abrir

Frases sobre a Ressurreição de Cristo

Statue at Los Angels Temple

* Mas a primeira pedra a fazer rolar para o lado nesta noite (noite da vigília pascal) é esta: a falta de esperança, que nos fecha em nós mesmos. O Senhor nos livre desta terrível armadilha: sermos cristãos sem esperança, que vivem como se o Senhor não tivesse ressuscitado e o centro da vida fossem os nossos problemas (Papa Francisco).

* A ressurreição deu a expressão definitiva e mais completa do poder messiânico, que estava em Jesus Cristo. Verdadeiramente Ele é o Enviado por Deus. É o Filho de Deus. E a palavra que provém dos seus lábios é divina (São João Paulo II).

* O Domingo é o dia da ressurreição, é o dia dos cristãos, é o nosso dia ( São Jerónimo).

* Ora, se se prega que Jesus ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns de vós que não há ressurreição de mortos? Se não há ressurreição dos mortos, nem Cristo ressuscitou. Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé (1 Coríntios 15, 12-14).

* A ressurreição de Cristo é a nossa esperança (Santo Agostinho).

* A fé em Cristo crucificado e ressuscitado é o âmago de toda a mensagem evangélica, o núcleo do nosso Credo (Bento XVI).

* Vemos e continuaremos a ver problemas perto e dentro de nós. Sempre existirão, mas esta noite (noite da vigília pascal) é preciso iluminar tais problemas com a luz do Ressuscitado, de certo modo «evangelizá-los». Evangelizar os problemas. Não permitamos que a escuridão e os medos atraiam o olhar da alma e se apoderem do coração, mas escutemos a palavra do Anjo: o Senhor «não está aqui; ressuscitou!»; Ele é a nossa maior alegria, está sempre ao nosso lado e nunca nos decepcionará (Papa Francisco)

* O mistério da Ressurreição, em que Cristo aniquilou a morte, penetra o nosso velho tempo com a sua poderosa energia, até que tudo Lhe seja submetido (Catecismo  §1169).

* O Senhor está vivo e quer ser procurado entre os vivos. Depois de O ter encontrado, cada um é enviado por Ele para levar o anúncio da Páscoa, para suscitar e ressuscitar a esperança nos corações pesados de tristeza, em quem sente dificuldade para encontrar a luz da vida. Há tanta necessidade disto hoje. Esquecendo-nos de nós mesmos, como servos jubilosos da esperança, somos chamados a anunciar o Ressuscitado com a vida e através do amor; caso contrário, seremos uma estrutura internacional com um grande número de adeptos e boas regras, mas incapaz de dar a esperança de que o mundo está sedento (Papa Francisco).

* Constituído Senhor pela sua ressurreição, Cristo… actua já, pela força do Espírito Santo, nos corações dos homens; não suscita neles apenas o desejo da vida futura, mas, por isso mesmo, anima, purifica e fortalece também aquelas generosas aspirações, que levam a humanidade a tentar tornar a vida mais humana e a submeter para esse fim toda a terra (Concílio Vaticano II).

 

Abrir