13ª Estação: Jesus morre na cruz
V. Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Jesus!
R. Que pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!
Do Evangelho de S. Marcos (Mc 15, 33-36): Jesus exclamou com voz forte: “Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonaste?” Alguém correu a embeber uma esponja em vinagre e deu-Lhe a beber. Então Jesus, soltando um grande brado, expirou.
Todo o moribundo experimenta a sombra da angústia e da solidão, o abandono total. Mas, o Pai poderá abandonar o Filho? O brado de Jesus é um brado misterioso, de sofrimento total, de esperança contra toda a esperança. Os lábios de Jesus confessam outro mistério; a sede do Seu corpo é sede divina.
Oremos: Senhor Jesus, Vós morrestes para nos dar a vida; com a Vossa morte reconciliastes tudo, na Vossa morte aprendemos a lição suprema do amor. Depois da Vossa morte, já tem sentido a nossa morte. Tende compaixão de todos os mortos! Ensinai-nos a saber viver para saber morrer como Vós. Vós que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.
14ª Estação: Jesus é depositado no sepulcro
V. Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Jesus!
R. Que pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!
Do Evangelho de São Lucas (Lc 23, 50-54): Um membro do Conselho, chamado José, homem recto e justo, não tinha concordado com a decisão nem com o procedimento dos outros. Era natural de Arimateia, cidade da Judeia, e esperava o Reino de Deus. Foi ter com Pilatos, pediu-lhe o corpo de Jesus e, descendo-o da cruz, envolveu-O num lençol e depositou-O num sepulcro talhado na rocha, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. Era o dia da Preparação e já brilhavam as luzes do sábado.
No fim da tragédia, há este remate de ternura e dramatismo; Jesus é sepultado, para que o Seu corpo não ficasse exposto e entregue à noite. Jesus é despregado e descido da cruz. O lençol conhece o último contacto da pele, já tranquila, maltratada, de Jesus. O corpo de Jesus vai estrear um sepulcro. Tudo faz silêncio, terrível silêncio. O silêncio de Deus. E pelas frestas da pedra rolada para a entrada do sepulcro sai o aroma do corpo ungido de Cristo, o aroma da iminente ressurreição.
Oremos: Senhor Jesus, meditámos a Vossa Paixão, contemplámos a Vossa Morte, chegámos ao Vosso sepulcro. Vós que estivestes três dias sepultado, concedei-nos a graça de entender que a nossa vida e a nossa morte é uma espera da ressurreição gloriosa. Vós que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.