Introdução: Somos filhos pródigos com as nossas fraquezas, culpas e pecados, mas não desistimos de acreditar no imenso amor que o nosso Pai comum, que é Deus, tem por cada um de nós. Façamos um breve exame de consciência, não no contexto em que o filho pródigo ficou reduzido a guardador de porcos, mas na casa do Pai, com Ele a abraçar-nos e a fazer-nos festa.
– Tenho-me encontrado com Deus, «Pai de Misericórdia», mantendo um ritmo diário de oração e procurando viver na sua presença?
– Tenho participado, com frequência na celebração da Eucaristia, e comungado aquele que me amou até à morte de cruz e que hoje se continua a entregar a mim?
– Defendo-me das impurezas no amor, do egoísmo em pensamentos, palavras, actos e omissões? Procuro cultivar um amor sempre de melhor qualidade, mais no estilo do amor generoso e puro com que o Coração de Jesus me ama?
– Evito os pensamentos maldosos e a severidade condenatória nos juízos que faço sobre outras pessoas?
– Como uso a minha língua? Com dureza farisaica ou com benevolência e misericórdia? Deparo comigo a ser mais advogado de defesa ou de acusação do meu próximo?
– Nas minhas conversas procuro evitar tudo o que se pareça ao «terrorismo dos mexericos», segundo a expressão do Papa Francisco? Defendo-me das vertigens do pessimismo e do criticismo, evitando levantar más famas ou colocar rótulos injustos nas pessoas?
– Quando me sinto ofendido, como reajo? Com ira e rancor, ou com paciência e misericórdia? Abro o meu coração para aceitar desculpas e oferecer gratuitamente o perdão, como Deus faz comigo?
– Pago o mal com outro mal, tendencialmente pior, ou procuro vencer o mal recebido com o bem por mim oferecido? Sei responder às provocações com paciência e misericórdia?
– Tenho a devida estima pelo sacramento da reconciliação ou confissão? Sei abeirar-me com humildade e confiança deste sacramento especializado em misericórdia, a fim de ter misericórdia de qualidade divina para oferecer aos outros?
– Cumpro os meus deveres de justiça, em relação à família e ao trabalho? Deixo-me levar por impulsos de dureza e intransigência, ou procuro ser misericordiosamente justo?
– Dou o devido lugar na minha vida à presença e intercessão maternal de Maria, «Mãe de Misericórdia»? Aprendo na sua escola a ser clemente e compassivo, a ver os outros, a Igreja e o mundo com olhos misericordiosos?
Conclusão: O Papa Francisco lembra-nos que «Deus nunca Se cansa de nos perdoar. Nós é que nos cansamos de pedir perdão». Levemos para as nossas famílias e locais de convivência e trabalho a experiência de sermos perdoados por Deus com generosa misericórdia. Distribuamos às pessoas que convivem connosco os presentes de misericórdia que o Senhor nos oferece.