3ª Estação: Jesus é condenado pelo Sinédrio
V. Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Jesus!
R. Que pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!
Do Evangelho de São Marcos (14, 55.60-64): Os príncipes dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um testemunho contra Jesus para Lhe dar a morte, mas não o encontravam. O sumo-sacerdote levantou-se no meio de todos e perguntou a Jesus: “não respondes nada ao que eles depõem contra ti?” “és Tu o Messias, Filho do Deus bendito?”. Jesus respondeu-lhe: “ Eu sou”. Todos sentenciaram que Jesus era réu de morte.
O Sinédrio, o grande Concelho de anciãos, sacerdotes e escribas, reunido em assembleia extraordinária, num lugar onde não era costume e a uma hora não habitual, decide a morte de Jesus. Um tribunal, sinal de justiça, actua injustamente condenando o justo. A inocência é declarada culpada. Querer condenar à morte, falsear testemunhos, fazer calar o que interpela pela sua coerência e pureza de vida, tem sido e é atitude frequente.
Oremos: Senhor Jesus, calado diante do tribunal, condenado à morte, esbofeteado e cuspido: que grande lição de silencio e de humildade nos dais, a nós que falamos tanto e julgamos negativamente! Concedei-Nos a graça de viver em perdão, de nunca condenar ninguém e de não nos escandalizarmos facilmente. Vós que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.
4ª Estação – Jesus é negado por Pedro
V. Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Jesus!
R. Que pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!
Do Evangelho de São Marcos (14, 66-72): Estando Pedro em baixo no átrio, aquecendo-se, veio uma das criadas e ao ver Pedro disse-lhe: “tu também estavas com o Nazareno, com Jesus.” Ele porém negou, dizendo: “nem sei nem entendo o que dizes.” Saindo fora, ao vestíbulo, cantou um galo. Tendo a criada visto Pedro outra vez, disse aos presentes: “este é dos d’Ele.” Ele novamente negou. Tendo passado um pouco, disseram-lhe os presentes: “na verdade, tu és um dos d’Ele, pois és galileu.” Ele começou a fazer imprecações e a jurar: “não conheço Esse Homem de Quem falais”. Nesse momento o galo cantou pela segunda vez. Então Pedro recordou-se do que Jesus lhe tinha dito: “antes que o galo cante duas vezes, tu já Me terás negado três vezes.” E começou a chorar.
Na noite da Paixão, diante de um tribunal de mulheres e soldados, cheio de medo e suor, Pedro negou publicamente a sua ligação com o Nazareno. Pedro, tu que ouviste o canto do galo, tu que choraste a tua negação, não ouves os gritos dos cobardes, dos que negam para não serem condenados? Não vês os negadores de sempre, a quem a alma treme no corpo?
Oremos: Senhor Jesus, a luz serena e bondosa dos Vossos olhos penetrou na noite; os Vossos olhos luminosos cruzaram-se com os olhos envergonhados de Pedro. Concedei-nos que sejamos sinceros e fortes na debilidade das nossas lágrimas, e que saibamos chorar a nossa cobardia, para podermos voltar a ver o Vosso rosto. Vós que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.