«Mas se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã é também a vossa fé. E resulta até que acabamos por ser falsas testemunhas de Deus, porque daríamos testemunho contra Deus afirmando que Ele ressuscitou a Cristo» (1 Cor 15, 14-15). Com estas palavras, São Paulo põe drasticamente em relevo a importância que a fé na ressurreição de Jesus Cristo tem para a mensagem cristã no seu conjunto: ela é o seu fundamento. A fé cristã fica de pé ou cai com a verdade do testemunho segundo o qual Cristo ressuscitou dos mortos.
(…) Somente se Jesus ressuscitou é que aconteceu algo de verdadeiramente novo, que muda o mundo e a situação do homem. Então Ele, Jesus, torna-Se o critério em que nos podemos fiar; porque, então, Deus manifestou-Se verdadeiramente.
(…) De facto, se na ressurreição de Jesus se tratasse apenas do milagre de um cadáver reanimado, em última análise isso não nos interessaria de forma alguma. Com efeito, não seria mais importante do que a reanimação, devida à habilidade dos médicos, de pessoas clinicamente mortas. Para o mundo enquanto tal e para a nossa existência, nada teria mudado.
(…) Os testemunhos neotestamentários não deixam qualquer dúvida sobre o facto de na «ressurreição do Filho do Homem», ter sucedido algo totalmente diverso. A ressurreição de Jesus foi a evasão para um género de vida totalmente novo, para uma vida já não sujeita à lei do morrer e do transformar-se, mas situada para além disso – uma vida que inaugurou uma nova dimensão de ser homem.
(…) Jesus não voltou a uma vida normal deste mundo, como sucedera com Lázaro e os outros mortos ressuscitados por Ele. Ele saiu para uma vida diversa, nova: saiu para a vastidão de Deus e é a partir dela que se manifesta aos seus.
Bento XVI
“Caminhos Carmelitas” faz votos de uma Santa e Feliz Páscoa para os seus Amigos e leitores e respectivas Famílias, e que a Ressurreição de Jesus a todos reanime e encha de Alegria.