Decorria o ano de 1566, quando na cidade de Florença, Itália, na nobre família dos Pazzi, nasceu uma menina a quem seus pais puseram o nome de Catarina que muito cedo se viu marcada pela presença de Deus. A infância, adolescência e juventude nunca lhe desviaram o olhar de Jesus. Gostava imenso de rezar e de reunir no seu palácio meninos e meninas a quem falava de Jesus e a quem distribuía comida, brinquedos, roupas e guloseimas.
Desde muito nova se sentia atraída pelo ministério da Paixão de Jesus. Quando aos 17 anos lhe falaram em casamento, Catarina respondeu que o seu único esposo era Cristo. Entrou, por isso, no convento das Carmelitas onde tomou o hábito de Nossa Senhora do Carmo, mudando então o nome de Catarina para Maria Madalena, pois dizia querer amar tanto a Jesus como esta Santa do Evangelho. O seu lema e o seu testemunho era: «O Amor não é amado». Por isso se entregou ao Amado em doação total. A sua vida foi marcada pela Cruz e pela Luz, pela Noite Escura e tenebrosa e pela Chama Viva de Amor resplandecente, pelo sofrimento e pela mais doce e profunda alegria que na terra se pode experimentar. Viveu intensamente o mistério da Cruz de Cristo como intensamente viveu na terra a felicidade dos santos do Céu. Desejava ir a terras de missão para a todos falar de Cristo e todos converter ao seu Amor.
Andava sempre na presença de Deus, de tal modo que uma freira do seu convento, e quando Ir. Maria Madalena cozia o pão, afirmou ver o Menino Jesus ajudando nos preparativos e iluminando o forno para que a Santa pudesse colocar o pão.
No dia 25 de Maio de 1607, sexta-feira, voou para o Céu esta carmelita, enquanto a seu pedido as irmãs cantavam cânticos de louvor ao Senhor.
Hino
Tu, que já cantas o hino / que só as virgens entoam, / vê, do céu, tantos eleitos, / que o Carmelo, hoje, povoam.
Bens da terra, Madalena, / tiveste em conta de nada: / servir a Deus, só, quiseste, / como fiel desposada.
Por ser Cristo tua vida, / que imenso amor te prendeu! / Ele ungiu teu coração / e trocou-o pelo Seu.
Da mente a sublimes voos / pelo Espírito te alçaste; / de amor ardente, ferida, / alta mística ensinaste.
Simples e obediente, / teu coração ilibado / deixou no claustro e na Igreja / o seu rastro perfumado.
Glória a quem a ti, por mestra, / às almas quis apontar. / Que esse Deus Trino, para sempre, / por ti possamos gozar.