Jesus trouxe ao mundo uma esperança nova, comportando-Se como a semente: fez-Se pequeno como um grão de trigo caído na terra, que se desintegra e morre para dar fruto. No ponto extremo do seu abaixamento, que é também o ponto mais alto do amor, germinou a esperança. E germinou precisamente pela força do amor, pois o amor, que é a vida de Deus, renovou tudo o que atingiu. Jesus transformou o nosso pecado em perdão, a nossa morte em ressurreição, o nosso medo em confiança. Assim, na cruz, nasceu e renasce sempre a nossa esperança. Quando escolhemos a esperança de Jesus, pouco a pouco descobrimos que a forma vitoriosa de viver é a da semente que morre. Não há outro caminho para vencer o mal e dar esperança ao mundo. É verdade que este amor passa pela cruz, pelo sacrifício, como sucedeu com Jesus. A cruz é passagem obrigatória, mas não é o destino: o destino é a glória, como nos mostra a Páscoa. Nestes dias da Semana Santa, deixemo-nos envolver pelo mistério de Jesus que, morrendo como o grão de trigo, nos dá vida. É Ele a semente da nossa esperança. Contemplemos Jesus crucificado, fonte de esperança. Pouco a pouco compreenderemos que esperar com Jesus é aprender a ver, já desde agora, a planta na semente, a Páscoa na cruz, a vida na morte. Far-nos-á bem parar diante do Crucificado, fixá-Lo e dizer-Lhe: «Convosco nada está perdido. Convosco sempre posso esperar. Vós sois a minha esperança».
Papa Francisco, Resumo da Audiência Geral de 12 de Abril de 2017