Pensamentos para a vivência da Quaresma – 3

– A quaresma é tempo de limpar e enfeitar a casa por dentro. Convém que vivamos sempre de modo sábio e santo, dirigindo a nossa vontade e as nossas acções para aquilo que sabemos agradar a Deus (São Leão Magno).

– Para os judeus, ao Egipto seguiu-se o deserto; para ti ao êxodo deste mundo seguir-se-á o Céu (São João Crisóstomo).

– Vinde, filhos, escutai-me e ensinar-vos-ei o temor do Senhor. Portanto, se o temor do Senhor é ensinado, deve-se aprender. Não nasce do terror, mas da instrução racional; não precede da perturbação da natureza, mas da observância dos mandamentos, das obras de uma vida inocente e do conhecimento da verdade. Para nós, o temor de Deus fundamenta-se no amor e atinge a sua plenitude no exercício da perfeita caridade. O nosso amor a Deus leva-nos a seguir os seus conselhos, a cumprir os seus mandamentos, a confiar nas suas promessas (Santo Hilário).

– Através das práticas tradicionais do jejum, da esmola e da oração, expressões do empenho de conversão, a Quaresma educa para viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo (Bento XVI).

– Descansar em Deus e contemplar as suas delícias, é o grande banquete da alegria plena e da tranquilidade sem fim (Santo Ambrósio).

– Homem, sê para ti mesmo a medida da misericórdia; deste modo alcançarás misericórdia como quiseres, quanto quiseres e com a prontidão que quiseres basta que te compadeças dos outros com generosidade e prontidão (São Pedro Crisólogo).

– Se tu me dizes: “Mostra-me o teu Deus” eu posso responder-te: “Mostra-me o homem que há em ti, e eu te mostrarei o meu Deus”. Mostra-me, portanto, como vêem os olhos da tua mente e como ouvem os ouvidos do teu coração. A alma do homem deve ser pura como um espelho resplandecente. Quando um espelho está baço, não pode o homem contemplar nele o seu rosto; do mesmo modo, quando há pecado no homem, não lhe é possível ver a Deus (São Teófilo de Antioquia).

– Só a oração vence a Deus. Por isso ela não tem outra finalidade senão tirar do caminho da morte as almas dos defuntos, robustecer os fracos, curar  os enfermos, libertar os possessos, abrir as portas dos cárceres, desatar as cadeias dos inocentes. Ela perdoa os pecados, afasta as tentações, extingue as perseguições, conforta os pusilânimes, enche de alegria os generosos, encaminha os peregrinos, acalma as tempestades, detém os salteadores, alimenta os pobres, ensina os ricos, levanta os que caíram, sustenta os que vacilam, confirma os que estão de pé (Tertuliano).

 

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