Pensamentos para a vivência da Quaresma – 2

– Se queres ver restaurada em ti aquela morada que Deus edificou no primeiro homem, adorna a tua casa com a modéstia e a humildade, torna-a resplandecente com a luz da justiça, enfeita-a com o ouro das boas obras, e, em lugar das paredes e dos mosaicos, ornamenta-a com a fé e com a grandeza de ânimo; e, por cima de tudo, como cúpula e coroamento de todo o edifício, coloca a oração (São João Crisóstomo).

– Também não foi por precisar dos nossos serviços que nos mandou segui-l’O, mas para nos dar a salvação. Seguir o Senhor é receber a salvação, tal como seguir a luz é receber a luz (Santo Ireneu).

– De facto, a nossa vida, enquanto somos peregrinos na terra, não pode estar livre de tentações, e o nosso aperfeiçoamento realiza-se precisamente através das provações. Ninguém se conhece a si mesmo se não for provado, ninguém pode receber a coroa se não tiver vencido, ninguém pode vencer se não combater, e ninguém pode combater se não tiver inimigos e tentações (Santo Agostinho).

– Depois de tantos benefícios recebidos e de tantos outros que esperamos ainda, não teremos vergonha de Lhe negar a única retribuição que pede, o amor para com Ele e para com o próximo?

– Os preceitos evangélicos, irmãos caríssimos, outra coisa não são que ensinamentos divinos, fundamentos para edificar a esperança, alicerces para consolidar a fé, alimento para revigorar o coração, leme para dirigir o caminho, refúgio para garantir a salvação. Enquanto instruem na terra os espíritos dóceis dos fiéis, conduzem-nos para o reino dos Céus (São Cipriano).

– Nunca devemos julgar os homens perdidos sem remédio, nem deixar de ajudar com toda a diligência os que se encontram em perigo. Pelo contrário: reconduzamos ao bom caminho os que se extraviaram e afastaram da verdadeira vida, e alegremo-nos com o seu regresso à comunhão daqueles que vivem recta e piedosamente (São Astério de Amasseia).

– O Senhor fez sua a debilidade da nossa humilde condição, e se permanecermos no seu amor e na confissão do seu nome, venceremos o que Ele venceu e receberemos o que Ele prometeu. Por isso, quer se trate de cumprir os mandamentos ou de suportar a adversidade, há-de ressoar sempre aos nossos ouvidos a voz do Pai que assim se fez ouvir: Este é o meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência: escutai-O (São Leão Magno).

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