Um “pai dos pobres”

Ângelo Paoli foi um homem obediente, aberto aos caminhos de Deus e sempre disponível para o que lhe pedissem os superiores. O novo Beato viveu profundamente a devoção da cruz e difundiu-a pastoralmente ao longo de toda a sua vida. A vida de Ângelo Paoli caracterizou-se pelo atendimento solícito e caridoso dos necessitados da sua época. Fê-lo com verdadeira paixão, acercando-se dos pobres como um verdadeiro contemplativo que vê neles o próprio Cristo, Cristo sofredor, pobre e crucificado. Daí a sua célebre frase que costumava repetir com verdadeira devoção: “Quem ama a Deus deve procurá-lo entre os pobres”. Soube descobrir nos mais ricos e poderosos a pobreza que por vezes se esconde por detrás da riqueza económica. Sem julgá-los, conseguiu o seu respeito e soube ganhá-los para a causa dos pobres, envolvendo-os em projectos socais e chamando-os, de forma verdadeiramente, profética, com suavidade, à conversão e à caridade. O Papa Clemente XI que era seu amigo insistiu para que no seu túmulo se pusesse a inscrição “pai dos pobres”. Viveu com intensidade a sua vocação carmelita e segundo os biógrafos pode ter sido a devoção mariana que o orientou para o Carmelo, a Ordem de Maria.

Fernando Millán Romeral, Encomendo-vos os meus pobres e os meus enfermos… Carta do Padre Geral à Família Carmelita

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