Maria peregrina na fé

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Não vamos pensar que a fé inicial de Maria foi sempre “de vento em popa”, sem conhecer dificuldades, perturbações ou provocações. Também Maria teve de ir assimilando pouco a pouco o Evangelho anunciado por Jesus. O sim da anunciação foi o início de um longo itinerário para Deus, de uma verdadeira peregrinação na fé. Teve de renovar cada dia a fé profunda com que disse o seu primeiro sim, para o manter fiel durante toda a vida até à entrega do Filho na cruz.

Desde cedo, a sua fé passou por situações que a puseram à prova: o risco de perder o amor de José, seu noivo, por aceitar a maternidade divina, o nascimento do menino num pobre estábulo em Belém, a fuga para o Egipto, a apresentação do menino no templo quando ouviu a desconcertante profecia de Simeão: “uma espada de dor atravessará o teu coração”, a perda de Jesus no templo. Maria vive a “noite da fé” que atinge o seu auge aos pés da cruz unida a Cristo sofredor no seu despojamento total. Mediante a fé, a mãe participa na morte do Filho com fidelidade, de modo bem diferente dos apóstolos, que fugiram.

D. António Marto

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