A festa é uma das dimensões que marcam o ritmo da vida familiar. É uma “invenção” de Deus: o relato da criação, no Génesis, fala que Deus repousou no sétimo dia. Assim, aprendemos que é preciso dedicar um tempo para contemplar e regozijar-se com o trabalho bem feito. A festa, portanto, não é sinónimo de preguiça, mas tempo de dirigir um olhar amoroso e agradecido a tantas realidades que nos circundam: os filhos, os netos, a nossa casa, os amigos, a nossa comunidade. A festa também possui uma dimensão sagrada. É um Mandamento que tem por fim lembrar ao homem que ele foi criado à imagem de Deus e que ele é senhor do trabalho, não seu escravo. Por isso, a obsessão pelo lucro que torna tantas pessoas escravas do trabalho é algo contrário à dignidade humana, bem como a ganância que leva a querer transformar o descanso num negócio, para ganhar dinheiro. Acima de tudo, a festa é o tempo do encontro com Deus. Na Eucaristia dominical, Jesus nos dá a sua presença, o seu amor, o seu sacrifício, transfigurando todas as realidades, a começar pela própria vida familiar.
Papa Francisco