Edith Stein nasceu em Breslau no dia 12 de Outubro de 1891, no seio de uma família judaica. Tendo procurado apaixonadamente a verdade através de profundos estudos filosóficos, encontrou-a mediante a leitura da autobiografia de Santa Teresa de Jesus. Foi baptizada no dia 1 de Janeiro de 1922 na Igreja Católica e em 1933 entrou no Carmelo de Colónia. Morreu mártir da fé cristã nos fornos crematórios dos campos de concentração de Auschwitz no dia 9 de Agosto de 1942, durante a perseguição nazi, oferecendo o seu holocausto pelo povo de Israel. Mulher de inteligência e cultura singulares, deixou numerosos escritos de elevada doutrina e de profunda espiritualidade. Foi canonizada por João Paulo II, no dia 11 de Outubro de 1998.
Excerto da homilia da beatificação
A longa luta para uma decisão pessoal de aderir à fé em Jesus Cristo terminou só em 1921, quando ela começou a ler a “Vida de Santa Teresa de Ávila”, livro escrito pela própria Santa e encontrado na casa de uma amiga. Ficou imediatamente impressionada pela leitura e não a deixou enquanto não chegou ao fim. “Quando terminei à leitura, disse a mim mesma: Esta é a verdade”. Esteve a lê-lo durante a noite toda, até ao amanhecer. Naquela noite ela encontrou a verdade; não a verdade da filosofia, mas a Verdade em Pessoa, o “Tu” amoroso de Deus. Edith Stein estava à procura da verdade e encontrou Deus. Sem mais delongas, pediu para ser baptizada e recebida na Igreja católica.(…) Apesar do seu grande apreço pela ciência, Edith Stein vai percebendo com maior clareza que a essência do ser cristão não é o saber mas o amar.
Quando enfim, em 1933, Edith Stein entrou no Carmelo de Colónia, este passo não significou para ela uma fuga do mundo ou das próprias responsabilidades, mas uma participação ainda mais decidida no seguimento da cruz de Cristo. No seu primeiro colóquio com a Priora daquele Carmelo, ela disse: “O que pode ajudar-nos não é a actividade humana, mas a paixão de Cristo. O meu desejo é participar nela”. Por isso mesmo, no momento da vestição não pôde expressar outro desejo senão o de ser chamada, na vida religiosa, “da Cruz”. E, no santinho que recordava a sua profissão perpétua, ela pôs a frase de São João da Cruz: “A minha única missão de agora em diante será amar ainda mais”.
Papa São João Paulo II