O logotipo da Família Carmelita
Observa bem o símbolo do logótipo com todos os seus detalhes e procure decifrá-los, pois tudo tem um sentido: os três círculos, as estrelas, as palavras, o desenho, a figura central, a combinação das palavras, das linhas e dos círculos. Procura descobrir a ligação que há entre os três círculos e as várias palavras.
O símbolo do logótipo é um resumo do carisma e da espiritualidade da Família Carmelita. Por uma feliz coincidência a combinação dos três círculos fez surgir no centro o escudo do Carmo com as três estrelas-guia (Maria, Elias e Eliseu), e a palavra contemplação (mística) como fonte e fruto de tudo o que se vive no Carmelo.
Situando o sexto dia no conjunto da novena
Neste sexto dia a ênfase cai na vivência da espiritualidade carmelita. Este logótipo do Carmelo resume toda a espiritualidade num desenho que pode ser meditado, comentado e partilhado em grupo como a síntese de tudo o que já rezámos e meditámos nos cinco dias anteriores da novena.
Os três círculos trazem as palavras centrais do nosso carisma e espiritualidade: Oração, Fraternidade, Missão profética. Ou seja: “fraternidade orante no meio do povo”. Se a Fraternidade for banhada pela Oração, ela produz Ternura na maneira de conviver entre irmãos e irmãs e com o povo. Se a Fraternidade procura ser Profética, ela produz Solidariedade. Se a Fraternidade, nascida da contemplação e alimentada pela oração, procura ser verdadeira ela gera uma mística que se compromete na luta pela Justiça.
O objectivo a ser alcançado no sexto dia da novena
– Resumir o que significam para cada um, na sua vida pessoal, familiar e comunitária, as três virtudes centrais: oração, fraternidade e missão profética.
– Fazer uma revisão de como pratico estas três virtudes centrais do ideal do Carmelo.
Atitude orante a ser cultivada no sexto dia da novena
Como Carmelitas, devemos dar muita atenção à contemplação, à vida na presença de Deus, pois este é o centro da nossa missão na Igreja. Por isso, convém retomar, novamente, as práticas orantes, sugeridas nos cinco dias anteriores da novena e intensificá-las.
Padroeiro: São João da Cruz, grande místico
Nasceu em Fontiveros, perto de Ávila, em Espanha, em 1542. Entrou na Ordem do Carmo aos 21 anos de idade. Desde o início, tinha o grande desejo de levar uma vida mais austera, mais fiel à Regra de Santo Alberto. Uma conversa providencial com Teresa de Jesus impediu-o de sair da Ordem e fez com que se tornasse a pessoa chamada por Deus para iniciar a reforma do Carmelo masculino. No dia 28 de Novembro de 1568, em Duruelo, Frei João da Cruz inicia a primeira comunidade reformada de religiosos Carmelitas contemplativos.
João sofreu muito da parte dos seus próprios confrades que o prenderam em prisão domiciliária durante nove meses. Mas foram estes mesmos sofrimentos que o ajudaram a relativizar tudo em vista do absoluto de Deus e a aprofundar o sentido da vida. O resultado destas experiências, ele as comunicava nas suas meditações, nas inúmeras cartas e nos seus escritos: “Subida do Monte Carmelo”, “Noite Escura”, “Cântico Espiritual” e “Chama Viva de Amor” que, até hoje, estão entre os escritos mais lidos da mística.
Frei João da Cruz foi um grande místico contemplativo. Ele nos ensina a relativizar as ideias e as imagens que temos de Deus. Deus é sempre maior do que tudo aquilo que a respeito dele pensamos ou afirmamos. João da Cruz ensina que a nossa segurança não pode estar nas nossas ideias sobre Deus, mas sim em Deus, Ele mesmo.