11º Domingo do Tempo Comum – Ano A

Hoje, no Evangelho, Jesus chama os doze Apóstolos pelo nome e envia-os. Ao enviá-los, pede-lhes que anunciem uma só coisa: “Ide e proclamai que o Reino dos Céus está próximo” (Mt 10, 7). É o mesmo anúncio com que Jesus iniciou a sua pregação: o Reino de Deus, quer dizer o seu senhorio de amor, tornou-se próximo, vem até nós. Esta não é uma notícia mais entre tantas, mas a realidade fundamental da vida: a proximidade de Deus, a proximidade de Jesus.

Isto é o primeiro que temos de dizer às pessoas: Deus não está longe, é Pai, que te conhece e te ama, que te toma pela mão  mesmo quando os caminhos são difíceis e também quando cais e te custa a levantar e a retomar o caminho; Ele, o Senhor, está aí, contigo, Ele conhece o caminho, Ele está contigo, ele é teu Pai, meu Pai e nosso Pai! A proximidade de Deus ajuda-nos a vencer o medo, a abrir-nos ao amor a crescer no bem e a sentir a necessidade e a alegria de anunciar.

Como fazer para anunciar que Deus está próximo? No Evangelho Jesus aconselha a não dizer muitas palavras, mas a realizar muitos gestos de amor e de esperança no nome do Senhor: “Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça, dai de graça” (Mt 10, 8). Este é o coração do anúncio: o testemunho gratuito, o serviço. Digo-vos uma coisa: deixam-me perplexos os “palradores” com o seu muito falar e nada fazer.

Acreditamos na proximidade de Deus e confiamos n’Ele? Sabemos olhar para diante com confiança, como uma criança que sabe que é levada nos braços do pai? Sabemos sentar-nos no colo do Pai com a oração, com a escuta da Palavra, aproximando-nos dos Sacramentos? Sabemos infundir coragem aos outros e tornamo-nos próximos de quem sofre e está só, de quem está longe e também de quem é hostil para connosco? Esta é a concretização da fé, isto é o que conta.

Papa Francisco, Angelus (resumo), 18 de Junho, 2023