Canta, Igreja, o Rei do mundo
Que se esconde sob os véus;
Canta o sangue tão fecundo,
Derramado pelos seus, e o mistério tão profundo
De uma virgem, mãe de Deus!
Um menino nos foi dado,
Veio aos servos o Senhor.
Foi na terra semeado
O seu verbo salvador.
Ao partir nos foi deixado,
Pão da vida, pão de amor.
Celebrando a despedida,
Com os doze Ele ceou,
Toda a Páscoa foi cumprida,
Novo rito inaugurou.
E seu corpo, pão da vida,
Aos irmãos ele entregou.
Cristo, o Verbo omnipotente,
Deu-nos nova refeição:
Faz-se carne realmente
O que deixa de ser pão.
E o vinho é sangue ardente:
Vence a fé, gosto e visão.
Ao divino Sacramento inclinados adoremos,
Pois do Antigo Testamento
A promessa recebemos,
E em perfeito cumprimento
Já presente aqui a temos.
Por tão nova realidade
Da divina Eucaristia,
À Santíssima Trindade
Dêmos graças cada dia,
Arda a fé e a caridade
Em pleníssima harmonia.
Amen.
A Eucaristia chama-nos à primazia de Deus e ao amor aos irmãos. Este Pão é, por excelência, o Sacramento do amor. É Cristo que se oferece e se parte por nós e nos pede que façamos o mesmo, para que a nossa vida seja trigo moído e se torne pão que alimenta os irmãos. (Papa Francisco, 11 de Junho, 2023).