Permanecer juntos foi a condição exigida por Jesus para receber o dom do Espírito Santo; pressuposto da sua concórdia foi uma oração prolongada. Desta forma, encontramos delineada uma formidável lição para cada comunidade cristã. Por vezes pensa-se que a eficiência missionária dependa principalmente de uma programação atenta e da sucessiva inteligente realização mediante um empenho concreto. Sem dúvida, o Senhor pede a nossa colaboração, mas antes de qualquer resposta nossa é necessária a sua iniciativa: é o seu Espírito o verdadeiro protagonista da Igreja. (Bento XVI, Homilia, 4 de Junho, 2006).
No Pentecostes, a Igreja é constituída não por uma vontade humana, mas pela força do Espírito de Deus. E é imediatamente claro como este Espírito dá vida a uma comunidade que é uma só e, ao mesmo tempo, universal, superando deste modo a maldição de Babel (cf. Gn 11, 7-9). Com efeito somente o Espírito Santo, que cria unidade no amor e na aceitação recíproca das diversidades, pode libertar a humanidade da tentação constante de uma vontade de poder terreno que quer dominar e uniformizar tudo. (Bento XVI, Homilia, 11 de Maio, 2008).
A fim de que o Pentecostes se renove no nosso tempo, talvez seja necessário — sem nada tirar à liberdade de Deus — que a Igreja esteja menos “angustiada” com as actividades e mais dedicada à oração. É quanto nos ensina a Mãe da Igreja, Maria Santíssima, Esposa do Espírito Santo. (Bento XVI, Homilia, 31 de Maio, 2009).
Oração
Espírito Santo, Espírito de Jesus e do Pai, fonte inesgotável de harmonia, nós Vos confiamos o mundo, consagramo-Vos a Igreja e os nossos corações. Vinde, Espírito criador, harmonia da humanidade, renovai a face da terra. Vinde, Dom dos dons, harmonia da Igreja, tornai-nos unidos em Vós. Vinde Espírito do perdão, harmonia do coração, transformai-nos, como Vós sabeis, por meio de Maria. (Papa Francisco, Homilia, 28 de Maio, 2023).