Jesus, luz do mundo, diz aos seus discípulos que também eles são luz do mundo. Isto significa que nós, acolhendo a luz de Cristo, a luz que é Cristo, tornamo-nos luminosos, irradiamos a luz de Deus. (…)
Irmãos e irmãs, o convite de Jesus para ser luz do mundo é claro: nós, seus discípulos, somos chamados a refulgir como uma cidade situada no alto, como um candelabro cuja chama nunca deve estar apagada. Por outras palavras, antes de nos preocupar com as trevas que nos rodeiam, antes de esperar que algo à nossa volta se clareie, somos obrigados a brilhar, a iluminar com a nossa vida e as nossas obras as cidades, as aldeias e os lugares que habitamos, as pessoas que frequentamos, as atividades que realizamos. É o Senhor que nos dá a força, a força de n’Ele sermos luz para todos; porque todos devem poder ver as nossas boas obras e, vendo-as – lembra-nos Jesus – abrir-se-ão com estupefação a Deus e dar-Lhe-ão glória (cf. Mt 5, 16): se vivermos como filhos e irmãos na terra, as pessoas descobrirão que têm um Pai nos céus. A nós, pois, é-nos pedido para arder de amor: não suceda que a nossa luz se apague, que desapareça da nossa vida o oxigénio da caridade, que as obras do mal tirem o ar puro ao nosso testemunho.
Papa Francisco, Viagem ao Sudão do Sul, 5 de Fevereiro, 2023