– «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que Ela concebeu é obra do Espírito Santo» (v. 20). Nesta altura, José confia totalmente em Deus, obedece às palavras do Anjo e recebe Maria. Foi precisamente esta confiança inabalável em Deus que lhe permitiu aceitar uma situação humanamente difícil e, num certo sentido, incompreensível. Na fé, José compreende que o menino gerado no ventre de Maria não é seu filho, mas o Filho de Deus, e ele, José, será o seu guardião, assumindo plenamente a sua paternidade terrena. O exemplo deste homem manso e sábio exorta-nos a elevar o olhar e a impeli-lo mais além. Trata-se de recuperar a surpreendente lógica de Deus que, longe de pequenos ou grandes cálculos, é feita de abertura a novos horizontes, a Cristo e à sua Palavra. (Papa Francisco, Angelus, 19 de Dezembro, 2019).
– Este Evangelho mostra-nos toda a grandeza de alma de São José. Ele estava a seguir um bom projecto de vida, mas Deus reservava para ele outro desígnio, uma missão maior. José era um homem que ouvia sempre a voz de Deus, profundamente sensível ao seu desejo secreto, um homem atento às mensagens que lhe chegavam do fundo do coração e das alturas. Não se obstinou em perseguir aquele seu projecto de vida, não permitiu que o rancor lhe envenenasse a alma, mas esteve pronto para se pôr à disposição da novidade que, de forma desconcertante, lhe se apresentava. Era um homem bom. Não odiava, e não permitiu que o rancor lhe envenenasse a alma. (Papa Francisco, Angelus, 22 de Dezembro, 2013).
– São José anuncia os prodígios do Senhor, testemunhando a virgindade de Maria, a acção gratuita de Deus, e guardando a vida terrena do Messias. Veneremos portanto o pai legal de Jesus (cf. CIC, 532), porque nele se delineia o homem novo, que olha com confiança e coragem para o futuro, não segue o próprio projecto, mas confia-se totalmente à misericórdia infinita d’Aquele que realiza as profecias e inaugura o tempo da salvação. (Papa Bento XVI, Angelus, 19 de Dezembro, 2010).