Isidoro Bakanja nasceu por volta de 1885, no antigo Congo Belga, África. Converteu-se ao Cristianismo em 1906. No dia 6 de Maio de 1906, aos 21 anos de idade, foi baptizado, sendo o primeiro cristão da sua região. No baptismo, recebeu de presente um Rosário e o Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, que nunca mais deixou de usar. Chamavam-no de o “leigo do Escapulário”.
Isidoro trabalhava na plantação de um colonizador belga, ateu, que não gostava de africanos convertidos. Dizia que rezavam demais e que perdiam tempo. A raiva do patrão foi crescendo e mandou que Isidoro lançasse fora o Escapulário. Isidoro recusou. Por isso foi chicoteado até ao ponto de as suas costas se transformarem numa chaga viva. A ferida infeccionou e, ao longo de seis meses, Isidoro viveu um verdadeiro calvário de sofrimentos. Morreu com o Rosário nas mãos e o Escapulário de Nossa Senhora do Carmo no seu pescoço, no dia 15 de Agosto de 1909. Perdoou ao seu algoz e prometeu rezar por ele quando ingressasse no céu. O Papa João Paulo II beatificou-o em 24 de Abril de 1994 e chamou-o de “mártir do Escapulário”.
Na homilia da cerimónia de beatificação, São João Paulo II disse: “Foste um homem de fé heróica, Isidoro Bakanja, jovem leigo do Zaire. Como baptizado, chamado a difundir a Boa Nova, compartilhaste a tua fé e testemunhaste Cristo com tanta convicção que, aos teus companheiros, te mostraste como um daqueles valorosos fiéis leigos que são os catequistas…
Porque querias permanecer fiel, custasse o que custasse, à fé do teu baptismo, sofreste a flagelação como o teu Mestre. Perdoaste aos teus perseguidores, como o teu Mestre na Cruz, e demonstraste ser artífice de paz e de reconciliação…
Tu nos convidas a acolher, segundo o teu exemplo, o dom que, na Cruz, Jesus nos fez da própria Mãe (cf. Jo 19,27). Revestido com o «escapulário de Maria» continuaste, como Maria e com Ela, a tua peregrinação de fé; como Jesus, o Bom Pastor, chegaste a dar a tua vida pelas ovelhas. Ajuda-nos, a nós que devemos percorrer o mesmo caminho, a dirigir os nossos olhos para Maria e a tomá-la como guia”.