Tito destacou-se como um artesão da paz. O trabalho pela paz não é só uma tarefa dos governantes ou dos políticos. Insistiu que todos somos co-responsáveis e podemos fazer mais em favor da paz. Nunca faltaram – realçou Brandsma – na história da humanidade “arautos” que anunciaram e trabalharam pela paz.
Assumiu convictamente a sua referência a Cristo como “Rei da paz” e “mensageiro da paz”. Tito adverte corajosamente que se não há uma conversão verdadeira que coloque a paz no centro do coração de cada homem e mulher, e, por conseguinte, na alma das sociedades, a eclosão de uma nova guerra é somente uma questão de tempo (como foi, e, lamentavelmente, continua a ser).
A paz é possível e rejeitará a ideia, facilmente manipulável por determinadas ideologias, de que a guerra e a violência são inevitáveis porque são inerentes à condição humana. De facto, em várias ocasiões reflectiu sobre a responsabilidade que tem a imprensa católica na sociedade moderna, para impulsionar a paz, denunciando o armamentismo, a xenofobia, ou a exaltação da nação ou da raça. “Depois das igrejas, a imprensa é o melhor púlpito para anunciar a verdade, e não só para responder aos que nos atacam, mas para proclamar a verdade dia após dia… A imprensa é a força da palavra contra a violência das armas. É a força da nossa luta pela verdade”.
Para Brandsma a imprensa não é um instrumento de combate ao serviço de uma ideologia ou de um poder, mas um instrumento de encontro, de diálogo, de procura honesta e sincera da verdade. O jornalismo é uma tarefa que exige uma certa atitude interior.
Fr. Míċeál O’Neill, Excerto resumido da Carta “A cruz é a minha alegria”