O mundo e a própria Igreja pedem-nos hoje um testemunho claro e autêntico de vida. “O nosso desejo é que as pessoas vejam o que os carmelitas estão chamados a ser” (PG 2019-25).
O Beato Tito recorda-nos que a nossa vida converte-se em testemunho quando é acompanhada pelas obras. O carmelita dos Países Baixos lembra aos seus confrades: “É preferível ser um ignorante, mas cheio de fé, do que um sábio sem sentimentos… Porque somente o homem que actua intimamente unido a Deus pode estar verdadeiramente unido ao próximo. Só o que se alimenta de Deus pode dar testemunho de Deus com as obras”. Noutra ocasião, afirmou: “O que embeleza a nossa vida em comum não é tanto o direito e o dever mas a ajuda e a misericórdia”. A Igreja necessita dos santos de todos os dias, os que levam a vida comum com coerência, os “santos ao pé da porta”, mas também daqueles que têm a coragem de aceitar a graça de serem testemunhas até ao fim, até à morte. Todos eles – entre os quais se encontra o nosso Irmão Tito – são o sangue vivo da Igreja.
Fr. Míċeál O’Neill, Excerto resumido da Carta “A cruz é a minha alegria”