A liberdade realiza-se na caridade

Na Carta aos Gálatas, o apóstolo Paulo introduz-nos na grande novidade da fé, da “vida nova” recebida no Baptismo, com o dom maior de sermos filhos de Deus. Renascidos com Cristo, passamos de uma religiosidade de preceitos a uma fé viva, tendo como centro a comunhão com Deus e com os irmãos. Passamos da escravidão do medo e do pecado à liberdade dos filhos de Deus. Mas esta liberdade expressa-se plenamente na vivência da caridade, e aqui, uma vez mais, estamos diante do paradoxo do Evangelho: somos livres quando nos colocamos ao serviço dos demais. Como se explica esse paradoxo? Pela caridade, pelo amor. Foi o amor de Cristo que nos libertou, e é o amor que nos liberta da escravidão do egoísmo. A liberdade guiada pelo amor torna livres os outros e a nós mesmos, e conduz-nos a servir especialmente os mais pobres, reconhecendo nestes o rosto de Cristo. Uma das concepções modernas de liberdade afirma: “a minha liberdade termina onde começa a tua”. Trata-se de um conceito individualista, onde falta a dimensão comunitária. A pandemia ensinou-nos o quanto necessitamos uns dos outros. Afirmamos e cremos que os outros não são um obstáculo à minha liberdade, mas a possibilidade de realizá-la plenamente, pois a nossa liberdade nasce do amor de Deus e cresce na caridade. (Resumo da catequese da Papa Francisco, 20 de Outubro, 2021).

Catequese completa

https://www.vatican.va/content/francesco/pt/audiences/2021/documents/papa-francesco_20211020_udienza-generale.html