A liberdade cristã, fermento universal de libertação

Na chamada à liberdade tal como Paulo a explica na Carta aos Gálatas, descobrimos o verdadeiro sentido da inculturação do Evangelho: ser capazes de anunciar a Boa Nova de Cristo Salvador, respeitando aquilo que existe de bom e verdadeiro nas culturas. A visão paulina da liberdade é inteiramente iluminada e fecundada pelo mistério de Cristo, que, «pela sua encarnação – como recorda Concílio Vaticano II –, Se uniu de certo modo a cada homem» (GS, 22). Assim a liberdade que Jesus nos alcançou, com a sua morte e ressurreição, não entra em conflito com as culturas e tradições que recebemos. Na verdade, o Batismo permite-nos obter a plena liberdade de filhos de Deus; e ao mesmo temos que permanecemos inseridos nas nossas raízes culturais, abrimo-nos ao universalismo da fé que penetra e abraça todas as culturas, desenvolvendo até à plenitude as sementes de bem nelas contido. Segundo explica o Apóstolo, acolher a fé obriga a renunciar, não ao coração das culturas e tradições, mas apenas àquilo que nelas possa obstaculizar a novidade e pureza do Evangelho. Para quem adere a Jesus, não conta ser circuncidado ou não circuncidado, ser judeu ou pagão; o que conta é a fé que atua pelo amor. A Igreja tem, na sua própria natureza, a abertura a todos os povos e às culturas de todos os tempos, porque Cristo nasceu, morreu e ressuscitou por todos. (Resumo da catequese da Papa Francisco, 13 de Outubro, 2021).

Catequese completa 

https://www.vatican.va/content/francesco/pt/audiences/2021/documents/papa-francesco_20211013_udienza-generale.html