Cristo libertou-nos

Na sua Carta aos Gálatas, Paulo convida os cristãos a permanecerem firmes na liberdade recebida no Batismo e que Cristo lhes conquistara na Cruz. Foi na Cruz, onde Jesus Se deixou cravar, que Deus colocou a fonte da libertação radical do ser humano. Parece incrível que a fonte da liberdade possa estar precisamente no ponto onde acabamos despojados de toda a liberdade, isto é, na morte. Mas foi o próprio Jesus que o disse: «É por isto que meu Pai Me tem amor: por Eu oferecer a minha vida, para a retomar depois. Ninguém ma tira, mas sou Eu que a ofereço livremente. Tenho poder de a oferecer e poder de a retomar» (Jo 10, 17-18). Com plena liberdade, Jesus entrega-Se à morte; sabe que só assim pode obter a vida para todos. É o mistério do amor de Deus. Paulo experimentara em si próprio este mistério de amor, chegando a dizer: «Eu estou crucificado com Cristo» (2, 9). Na Cruz, cravou «a carne com as suas paixões e desejos» (5, 24). Neste ato de suprema união com o Senhor, o Apóstolo sabe que recebeu o maior dom da sua vida: a liberdade. E não podia suportar que os Gálatas, depois de ter conhecido e acolhido a verdade de Cristo, se deixassem atrair por propostas enganadoras, passando da presença libertadora de Jesus para a escravidão do pecado, do legalismo, etc. Ninguém pode ser feito escravo em nome de Jesus, que nos torna livres! Tudo isto nos faz ver a grande fé que animava Paulo, e como era grande a sua intimidade com Cristo. Quanto a nós, se, por um lado, sentimos o muito que ainda falta para nos parecermos com o Apóstolo, por outro enche-nos de coragem o seu testemunho. (Resumo da catequese da Papa Francisco, 6 de Outubro, 2021). 

Catequese completa 

https://www.vatican.va/content/francesco/pt/audiences/2021/documents/papa-francesco_20211006_udienza-generale.html