Como já várias vezes nos demos conta, uma das características mais evidentes da vida de Jesus é a oração. Esta, porém, torna-se ainda mais frequente e intensa nas horas da sua paixão e morte. Reza de modo muito humano, desafogando na presença do Pai a angústia do seu coração. No Jardim das Oliveiras, apesar da angústia mortal que O faz suar sangue, dirige-Se ao Pai com a palavra aramaica Abbá, repleta da ternura e confiança duma criança no seu papá. E Jesus continua nesta dimensão filial até ao fim, quando exclama: «Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito». No mistério desta oração intensa, tudo aparece recapitulado em Cristo: o olhar de Jesus não se fixa apenas nas pessoas ao seu redor, mas vê-nos também a nós, como se quisesse dizer a cada um: «Rezei por ti, na Última Ceia e no madeiro da Cruz». Eis o dado mais belo que poderíeis guardar destas catequeses: não só rezamos com Jesus, mas de certo modo fomos acolhidos no seu diálogo com o Pai, na comunhão com o Espírito Santo. Fomos amados em Cristo Jesus e, mesmo na hora da sua paixão, morte e ressurreição, tudo foi oferecido por nós. (Papa Francisco, Catequese da Audiência Geral (resumo), 16 de Junho, 2021).
Catequese completa