“Anjo” quer dizer “enviado”. Em todo o Antigo Testamento encontramos estas figuras que, em nome de Deus, ajudam a orientar os homens. É suficiente recordar o livro de Tobias, onde aparece a figura do anjo Rafael, que assiste o protagonista em numerosas vicissitudes. A presença tranquilizadora do anjo do Senhor acompanha o povo de Israel em todas as suas vicissitudes boas e más. No início do novo Testamento, Gabriel é enviado para anunciar a Zacarias e a Maria os ditosos acontecimentos que se encontram no princípio da nossa salvação; e um anjo, do qual não se diz o nome, adverte José, orientando-o naquele momento de incerteza. Um coro de anjos anuncia aos pastores a boa notícia do nascimento do Salvador; assim, serão também os anjos que anunciarão às mulheres a notícia jubilosa da sua ressurreição. No final dos tempos, os anjos hão-de acompanhar Jesus na sua vinda na glória (cf. Mt 25, 31). Os anjos servem Jesus, que certamente é superior a eles, e esta sua dignidade é aqui, no Evangelho, proclamada de maneira clara, embora discreta. Efectivamente, também na situação de pobreza e humildade extremas, quando é tentado por Satanás, Ele permanece o Filho de Deus, o Messias, o Senhor.
Estimados irmãos e irmãs, excluiríamos uma parte notável do Evangelho, se deixássemos de lado estes seres enviados por Deus, que anunciam a sua presença no meio de nós e constituem um sinal da mesma. Invoquemo-los com frequência, a fim de que nos sustentem no compromisso de seguir Jesus a ponto de nos identificarmos com Ele. (Bento XVI, Angelus, 1 de Março de 2009).
Oração
Deus eterno e omnipotente, que destinastes a cada nação o seu Anjo da Guarda, concedei que, pela intercessão e patrocínio do Anjo de Portugal, sejamos livres de todas as adversidades. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amen.