Perseverar no amor

Hoje falaremos da perseverança na oração, partindo da exortação a orar sem cessar que nos faz São Paulo na Primeira Carta aos Tessalonicenses (cf. 5,17). Mas como é possível, uma vez que a nossa vida é fragmentada, com tantos momentos diversos que dificultam manter a concentração? Temos a resposta para tal dilema na tradição da espiritualidade cristã, que ensina que a oração deve ser como o “fogo sagrado” que ardia nos antigos templos, sempre alimentado para não se apagar. Na prática, significa que podemos estar em atitude orante em todas as circunstâncias da nossa vida diária, como uma partitura em que colocamos a melodia da nossa existência. No fundo, trata-se de ter presente que Deus sempre se lembra de nós e que também nós devemos lembrar-nos sempre d’Ele. Por fim, não esqueçamos que a tradição monástica cristã sempre deu uma grande importância ao trabalho, pois este ajuda a evitar que a oração se desligue da vida concreta. Com efeito, do mesmo modo que no ser humano tudo é binário – temos dois braços, dois olhos, duas mãos – assim também a oração e o trabalho são complementares, criando uma circularidade entre a fé e a vida que mantém aceso o fogo do amor. (Papa Francisco, Audiência Geral (resumo), 9 de Junho, 2021).

Catequese completa

https://www.vatican.va/content/francesco/pt/audiences/2021/documents/papa-francesco_20210609_udienza-generale.html